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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

RIO PAPAQUARA POLUÍDO - Canasvieiras, SC



O Rio Papaquara, um dos principais do Norte da Ilha de Santa Catarina, é seriamente afetado pelo despejo de esgoto. Essa é a conclusão de uma pesquisa sobre a qualidade da água na bacia hidrográfica do rio desenvolvida durante nove meses por professores e alunos dos cursos técnicos em Meio Ambiente e Saneamento do Campus Florianópolis. De sete pontos do rio analisados, apenas na nascente a água apresentou condições normais, sem a influência do homem.

A pesquisa foi desenvolvida por meio de um acordo de cooperação técnico entre o IF-SC e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em seis pontos analisados 11 vezes durante o inverno, primavera e verão do ano passado, foram registradas quantidades acima do aceitável de fosfato, nitrogênio e coliformes fecais, o que indica lançamento de esgoto na água do Rio Papaquara. O resultado da poluição é o surgimento excessivo de algas e a proliferação de bactérias que consomem o oxigênio diluído na água, causando morte de outras espécies e conseqüentemente, redução da biodiversidade. Além disso, a alta concentração de coliformes fecais representa risco à saúde das comunidades que vivem no entorno do rio.

Uma das coordenadoras da pesquisa, a professora Débora Monteiro Brentano, do curso de Meio Ambiente, conta que o trecho mais crítico fica perto da comunidade Vila União, onde há uma estação de tratamento de esgoto. O índice de oxigênio diluído – oxigênio da atmosfera que se dilui na água, usado na respiração dos seres vivos – encontrado naquele local pelos pesquisadores do IF-SC em uma das medições foi de 0,32 mg/l, quando o normal é um valor acima de 6 mg/l (na nascente do rio, por exemplo, o valor chegou a 7,04 mg/l). “Neste ponto o rio tende a um estado em que o oxigênio inexiste, liberando gases malcheirosos como o metano", diz Débora. Os dados sugerem que esgoto in natura esteja sendo despejado no rio naquele trecho.

Outros pontos do rio também sofrem com a ação do homem. Numa das análises feitas em água coletada perto da ponte sobre o Rio Papaquara, na entrada de Canasvieiras, foi encontrando um índice de 13 mil coliformes fecais para 100 ml de água, quando o máximo aceitável são 200 coliformes por 100 ml. Todos os dados foram repassados ao Instituto Chico Mendes, órgão do governo federal responsável pela Estação Ecológica de Carijós, uma área de proteção ambiental por onde passa o rio.

Além da professora Débora Brentano, participaram da pesquisa o professor Eduardo Chaves e os estudantes Thiago Victorette, Izabelle Damian, Mayara Cardozo e Guilherme Santos.

Um comentário:

rio papaquara disse...

por favor fiscalisam,
pois continuam jogando aterro,
entulhos,lixos restos de demolição,
proximo ao rio papaquara no lado direito da sc 401,
entrando pela rua das goiabas.Ali é pra ser aria verde,ja estão shegando bem proximo ao rio.
estou pedindo socorro.
me ajudem a denunciar,
pois não me dão respostas.
obrigado.