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quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Brasil está entre os países com menores riscos para se investir em negócios verdes, diz Deutsche Bank
Uma pesquisa do banco alemão Deutsche Bank sobre o risco de investimento em oportunidades ligadas as mudanças climáticas apontou Alemanha, China, França, Brasil, Austrália e Japão como sendo os países mais atrativos para os investidores nesta área.
O relatório ‘Rastreador das Políticas de Mudanças Climáticas: Uma análise de investidores’ (http://www.dbcca.com/dbcca/EN/investment-research/investment_research_1780.jsp), lançado nesta segunda-feira (26), analisa as diretrizes climáticas e os índices de risco de investimento em 109 países, estados e regiões com base nas políticas governamentais.
O Deutsche Bank alerta que as políticas e planos atuais não terão sucesso suficiente na redução das emissões de gases do efeito estufa para reverter mudanças sérias no clima global.
Mesmo se as 270 políticas analisadas alcançassem o resultado máximo possível, as emissões em 2020 ainda excederiam a quantidade necessária para limitar o aumento das temperaturas médias em 2ºC. Para alcançar tal meta, o relatório diz que as emissões teriam que ser reduzidas em uma quantidade equivalente as atuais emissões anuais norte-americanas.
Mais capital é necessário para mobilizar o setor de mudanças climáticas e é preciso mais ações por parte dos governos para atrair recursos, afirma. Os investidores são mais atraídos para países ou regiões com planos governamentais a longo prazo, transparentes, abrangentes e integrados, apoiados por incentivos fortes, como tarifas de alimentação da rede (feed-in tarifs).
Grandes emissores como os Estados Unidos e o Reino Unido não apresentam transparência, longevidade e garantias suficientes nos seus quadros regulatórios para atrair investidores, alega o banco. A Itália foi considerada o pior país para negócios nesta área.
O relatório aponta a eficiência energética como uma forma de alcançar reduções significativas e a longo prazo nas emissões. Para isso, os governos devem agir sobre as falhas no mercado, incentivando o emprego de capital no setor.
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FONTE : Fernanda B. Müller, da Carbono Brasil (Envolverde/CarbonoBrasil)
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