|
Biodiversidade
| |
|
País com a maior biodiversidade do planeta, o Brasil deve ficar de fora da primeira rodada de negociações do acordo da ONU sobre distribuição e remuneração dos usos de recursos genéticos. Apesar de ter sido um dos primeiros a assinar o documento e de ter tido um papel importante na sua criação, o Brasil ainda não ratificou o acordo no Congresso. Sem isso, o país não poderá opinar na regulamentação do pacto, que deverá entrar em vigor em breve, segundo a ONU. O objetivo do Protocolo de Nagoya é garantir a divisão justa e equitativa de benefícios gerado pelo usos dos recursos genéticos e da biodiversidade - FSP, 6/7, Ciência, p.C11. |
|
A bancada ruralista no Congresso demonstra publicamente que vê a ratificação do Protocolo de Nagoya como uma potencial ameaça ao agronegócio brasileiro. "Nós somos contra a ratificação do protocolo. Hoje, o que brilha no Brasil é a agropecuária. Mas poucas coisas, como a mandioca e o abacaxi, são naturalmente brasileiras. Soja, café, suínos, laranja e tantas outras são importadas. Imagine se nós tivermos de pagar royalties sobre tudo isso?", diz o deputado Luiz Carlos Heinze (PP/RS), líder da Frente Parlamentar da Agropecuária. O secretário da Convenção da Diversidade Biológica da ONU, Bráulio Dias, diz que o protocolo não vai encarecer a produção. "Ele não é retroativo às culturas que já existem", destaca - FSP, 6/7, Ciência, p.C11. |
|
Dois macaquinhos raros nasceram no zoológico de Bauru, no interior paulista, que passou a ser o primeiro do País a reproduzir, em cativeiro, um filhote de macaco bugio-de-mãos ruivas e crias da espécie sauim-de-coleira. A primeira espécie, recorrente na Amazônia e Mata Atlântica de alguns Estados do Nordeste, é considerada de alta vulnerabilidade. A segunda, quase extinta, é restrita apenas a poucas matas no entorno de Manaus e por isso é foco do programa de conservação do Instituto Chico Mendes - OESP, 7/7, Metrópole, p.A15. |
| |
|
Amazônia
| |
|
A Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós (Atap) - formada por empresas de logística e tradings como Cargill, Bunge e Hidrovias do Brasil - se reunirá em caráter extraordinário no próximo dia 10, em Belém, para discutir uma ação conjunta que dê celeridade à liberação de licenças que permitirão o escoamento de parte dos grãos do Centro-Oeste pela chamada "saída Norte" do país. O temor é que a demora nas liberações acabe fazendo com que as empresas percam a "janela hidrológica" da Amazônia - o período de seca necessário para avançar com as obras dos terminais de transbordo posicionados no rio Tapajós, que passarão a fazer o escoamento de soja e milho até os portos marítimos do Pará - Valor Econômico, 7/7, Agropecuária, p.B11. |
|
"Um dos grandes problemas é a abertura de um enorme canal de 20 km de extensão e de 25 metros de profundidade, que vai ligar o Rio Xingu ao reservatório intermediário da casa de força principal. Até agora, somente 1 quilômetro foi construído. A expectativa é de que o canal seja concluído até o fim deste ano, o que dificilmente deverá ocorrer. A construção desse verdadeiro rio artificial, que parece um trabalho sem-fim, exigirá a escavação de 110,8 milhões de metros cúbicos de rocha e solo, o equivalente ao volume extraído para a construção do Canal do Panamá. Prevê-se também a construção de 27 diques", editorial - OESP, 7/7, Notas e Informações, p.A3. |
| |
|
Clima
| |
|
O número de pessoas desalojadas ou desabrigadas devido às chuvas no Rio Grande do Sul chegou a 20 mil, segundo o relatório divulgado no domingo (6) pela Defesa Civil do Estado. Ao todo, são 127 municípios afetados. Em Itaqui, 9.138 pessoas estão alojadas em casas de parentes e outras 672 foram para abrigos - FSP, 7/7, Cotidiano, p.C3. |
|
A estiagem recorde enfrentada pelo Sudeste do País tem feito cada vez mais cidades de São Paulo e de Minas Gerais adotarem o racionamento, para reduzir o consumo de água, ou decretarem estado de emergência. Além do desabastecimento, a seca tem prejudicado também setores como a agricultura e o turismo dessas cidades. Em Minas Gerais, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado na quinta-feira, neste ano 129 municípios já decretaram estado de emergência por falta de água. Em alguns até o abastecimento da população corre risco, enquanto que em outros é a economia que está à beira do colapso com prejuízos, sobretudo, para a agricultura - OESP, 7/7, Metrópole, p.A12. |
| |
|
Água
| |
|
Sem chuva à vista, o sistema Cantareira já opera com menos de 20% da capacidade desde sexta-feira. A medição considera o "volume morto". O sistema Cantareira é o responsável por atender 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, praticamente metade da população da região metropolitana. Desde que o "volume morto" foi adotado na captação, o sistema perdeu 7,3 pontos percentuais. Nos últimos dez dias, o volume do reservatório esvaziou 1,7 ponto percentual. Neste domingo, operava com 19,4% da capacidade. Para garantir água até março de 2015, a Sabesp projetava uma redução média de até 1,5 ponto percentual a cada dez dias, além da elevação do volume de chuva nos próximos meses do ano - FSP, 7/7, Cotidiano, p.C3. |
|
Aguardada como a solução para a crise do Sistema Cantareira, a próxima temporada de chuvas não deve livrar o principal manancial paulista do estado crítico. Análise do comitê que monitora a seca nos reservatórios revela que o sistema tem 25% de chance de acumular 546 bilhões de litros entre dezembro e abril de 2015. Essa seria a quantidade de água suficiente para repor o volume morto usado emergencialmente e devolver ao Cantareira 37% da sua capacidade antes do próximo período de estiagem - OESP, 7/7, Metrópole, p.A11. |
|
Na tentativa de evitar o racionamento de água oficial na Grande São Paulo, a Sabesp já gastou cerca de R$ 160 milhões com obras para suprir a histórica crise de estiagem do Sistema Cantareira. Cerca de 65% das despesas ocorreram em contratos sem licitação, prática permitida por lei em casos de emergência ou de calamidade pública - OESP, 7/7, Metrópole, p.A12. |
|
"As notícias mostram que esquerda e direita, pobres e ricos estão juntos ao ameaçar o abastecimento de São Paulo. A água que bebemos vem de conjuntos de rios e represas localizados ao norte (Cantareira) e ao sul (Guarapiranga). A água brota de fontes que dependem de áreas verdes para sua renovação. Ao longo das décadas, as terras em volta dos mananciais que abastecem os dois sistemas têm sido ocupadas e o espaço de absorção da água das chuvas, reduzido. Com isso, as fontes de água ficam mais secos, os rios diminuem e, claro, as represas também. Cidades com capacidade de planejamento e respeito à lei, como Nova York, reservaram as matas em volta de seus mananciais como parques protegidos há muitas décadas", artigo de Leão Serva - FSP, 7/7, Cotidiano, p.C2. |
|
"A Sabesp diminuiu a propaganda na TV em favor da moderação. A companhia diz mantê-la no rádio, em jornais e revistas. Parece claro que se trata de decisão política, com vistas a diminuir o prejuízo eleitoral numa época em que tantos espectadores voltam suas atenções para transmissões de jogos da Copa. O governador Geraldo Alckmin tampouco voltou a falar dos encargos que prometera impor às contas de quem aumentasse o consumo. A medida, se implementada, talvez cobrasse seu preço nas urnas. Aos paulistas interessa ver crescer sua segurança hídrica -o que não será possível se o governo continuar a planejar com um olho no cronograma eleitoral e o outro nas nem sempre confiáveis previsões meteorológicas", editorial - FSP, 7/7, Editoriais, p.A2. |
| |
|
Geral
| |
|
"Alguns técnicos que têm se perpetuado há décadas em cargos de comando no ICMBio e nas instituições que o precederam na tarefa de (supostamente) cuidar de nossas unidades de conservação não acreditam em visitação aos Parques Nacionais como ela é feita no resto do mundo. Têm a convicção de que os visitantes são um mal, que destroem a natureza, e que devem ser desestimulados a passear nas áreas que, por lei, foram designadas com esse fim. Eles têm subtraído o direito à visitação de parcelas expressivas de nossos parques nacionais. Como resultado, hoje temos nos 70 Parques Nacionais brasileiros uma malha de trilhas sinalizadas e manejadas que não chega a 300 quilômetros", artigo de Pedro Cunha e Menezes - O Globo, 7/7, Opinião, p.15. |
|
"Não há melhor exemplo do jogo de empurra que tem paralisado obras pequenas e grandes a cargo do governo federal do que a extensão de 3 km de acostamento na BR-101 no Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), um gargalo que tem causado diversos acidentes, elevação de custos para as empresas e congestionamentos nos fins de semana e na estação de férias, quando milhares de turistas afluem às praias de Santa Catarina. Noticia-se agora que, com a recente concessão de licença do Ibama, os últimos acertos estão sendo feitos para realizar a obra, planejada há 44 anos, batendo o recorde brasileiro de atraso", editorial - OESP, 6/7, Notas e Informações, p.A3. |
|
A ONU alinha os detalhes finais do plano de metas que vai suceder o Objetivos do Milênio, que termina em 2015. O novo compromisso deverá ser mais amplo, com número de metas superior ao dobro do que o antecessor: 17 em vez de oito. E, desta vez, a saúde não terá tanto destaque. Agora é a vez do desenvolvimento sustentável, seguindo movimento que havia sido acordado na Rio+20. A reunião mais recente do grupo escalado para decidir os pontos-chave do novo plano ocorreu semana passada, em Nova York. O novo compromisso deverá ter um prazo de 15 anos para ser cumprido - OESP, 7/7, Metrópole, p.A15. |
| |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário