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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
PORTO ALEGRE : MP ajuíza ação de reparação contra mulher que agrediu cão
Vizinho flagrou mãe "ensinando" filho a espancar filhote em condomínio de
Porto Alegre
Vizinho flagrou mãe ensinando filho a espancar
filhote Crédito: Reprodução / Youtube / CP
A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto
Alegre ajuizou uma ação civil pública de reparação contra Fabiana Santos Vanacor
de Souza devido aos maus-tratos causados a um filhote de cão da raça poodle,
ocorridos em 10 de maio.
Os maus-tratos a animais são considerados
condutas lesivas ao meio ambiente pelas Constituições Federal e Estadual. A
possibilidade de ressarcimento por danos extrapatrimoniais está prevista na lei
de crimes ambientais. A ação do Ministério Público (MP) pede à Justiça a fixação
de justa compensação pelos danos morais coletivos, levando em conta a extensão
do dano ambiental, o grau de culpabilidade da agressora e sua condição
financeira, o caráter punitivo e pedagógico para a prevenção e desestímulo de
novos danos ambientais. Vídeo de maus tratos é veiculado na
internet
Um vídeo veiculado na internet com imagens fortes de maus
tratos contra um filhote de poodle toy, registradas em um condomínio na zona
Norte de Porto Alegre, se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Um vizinho
filmou Fabiana Santos Vanacor de Souza "ensinando" o filho a espancar o
cãozinho, no pátio interno do apartamento.
Em razão da repercussão do vídeo, a
Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente recebeu, em 22 de maio,
diversos pedidos de providência em relação aos maus-tratos por parte da ré, que
incentivava que o filho de três anos procedesse da mesma forma.
Segundo
o MP, as imagens mostraram que as agressões continuaram mesmo após o cão
desmaiar devido ao espancamento. Nenhum tipo de socorro foi providenciado pela
mulher, evidenciando sentimento de menosprezo à vida do filhote, de
aproximadamente 40 dias.
Em depoimento, a ré informou que havia pedido um
cachorro de presente de dia das mães ao marido, achando que iria fazer bem às
crianças, e que ela mesma escolheu o animal pela Internet. No entanto, segundo a
mulher, no segundo dia em que o cachorro estava na casa, fez suas necessidades
em diversos lugares, o que a deixou nervosa e motivou as agressões. Durante o
depoimento, disse que ficou chocada com as imagens protagonizadas por ela mesma
e que não conseguiu visualizar o vídeo até o final.
De acordo com o MP, a
ação reforça que “os atos praticados pela ré, induvidosamente, agrediram
violentamente a dignidade ecológica da sociedade brasileira. Basta ver que a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre, atendendo aos anseios da população, acabou
editando uma Moção de Repúdio ao fato, evidenciando a nocividade e a repreensão
transindividual que o acontecimento acarretou”
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