Animais de Santuário são beneficiados após chuvas no Colorado
20 de setembro de 2013
Enquanto o estado americano do Colorado começa a reconstruir as áreas atingidas pelas recentes inundações que assolaram toda a sua região, alguns residentes mais peludos parecem estar aproveitando para dar mergulhos nas águas remanescentes.
As pesadas chuvas que deixaram Colorado em estado de emergência pouparam os 110 ursos pardos, 56 leões e 70 tigres que vivem no Santuário Animal Colorado Wild, em Keenesburg. O abrigo de 2,9 km² de área está localizado a aproximadamente 48 km de Denver.
Pat Craig, fundador e diretor executivo do Santuário, disse ao Huffington Post que os animais estavam bem e até mesmo se divertindo com a água.
“Os ursos têm muita gordura corporal e por isso gostam de boiar”, contou Craig ao The Denver Post. “É engraçado vê-los flutuando pelo lago”.
O Santuário postou algumas fotos em sua página do Facebook , mostrando os animais suspensos na água e deu aos seus seguidores a seguinte atualização:
“As enchentes não afetaram os animais daqui e estão todos bem. O Santuário fica em um terreno elevado e não está perto de nenhum rio – então as chuvas torrenciais encheram lagos e lagoas que estão em várias partes do refúgio. Os tigres já começaram a nadar nos lagos e os ursos estão fazendo suas estripulias na água também. Nós tivemos sorte e estamos comovidos com a preocupação de todos e as orações. Obrigada a todos vocês – os animais estão gratos por esse maravilhoso apoio!”
Segue algumas fotos de animais no Santuário após as chuvas:
Veja um vídeo que mostra tigres em lago no Santuário:
Nota da Redação: Embora seja algo a se comemorar, o fato das chuvas terem abastecido de água os lagos e lagoas do Santuário não representou nada mais do que devolver-lhes a condição natural. Se antes estavam sem água, é devido à extrema seca que afeta hoje não só esta região mas grande parte do planeta. É contraditório, pois, que se comemore um status de algo que sempre deveria ter sido, como se fosse excepcional. Os animais selvagens que vivem em refúgios e santuários não têm tido, muitas vezes, nem esse elemento básico que deve fazer parte de um habitat natural, que são os reservatórios naturais de água – rios, lagos e lagoas.
É importante também lembrar que estes animais do Santuário tiveram tal “sorte”, porém muito pouco se sabe de uma infinidade de outros animais que estavam na natureza e em áreas urbanas nos dias das fortes chuvas. Segundo uma reportagem do Huffington, na semana das fortes chuvas, o Serviço de Meteorologia Nacional chegou a usar as palavras “quantidades de chuva bíblicas” para expressar o risco aos residentes locais. A reportagem, no entanto, comenta esta expressão dizendo que as quantidades de chuva podem ter sido “bíblicas”, mas elas foram provocadas indiretamente pelas mãos humanas, referindo-se à devastação do planeta que levou aos enormes desequilíbrios climáticos que se apresentam hoje como grande desafio à vida humana e à natureza.
Desmatamento, queima de combustíveis fósseis, emissão excessiva de gás carbônico na atmosfera, consumismo exacerbado e consequente acúmulo de lixo, pecuária e desenvolvimento urbano desmedido são alguns dos principais fatores que levaram à situação em que se vive hoje, com a seca atingindo o planeta, o derretimento das calotas polares e eventuais desastres naturais como fases de excesso de chuvas em alguns pontos.
Os animais humanos conseguem lidar ainda, de uma forma ou de outra, com esses percalços, embora não se saiba até quando. Mas os animais não-humanos são vitimados em massa, em número desconhecido e incalculável, sendo este mais um fator a contribuir para o declínio de muitas espécies e para mais sofrimento a estes seres, como se já não tivessem sofrimento suficiente impingido pelos humanos das mais variadas formas.
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