A captação de energia solar através de painéis fotovoltaicos em residências já é possível em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Porém, o custo ainda é elevado e, por isso, muitas pessoas não conseguem aderir a esse modelo sustentável de consumo de energia. Para melhorar este quadro, norte-americanos apostam no conceito de comunidade solar.
As comunidades solares são uma alternativa de auto-instalação, nas quais em vez de os moradores instalarem seu próprio painel solar, compram um para deixar em um local externo a fim de que outras pessoas possam também utilizar.
O pioneiro neste segmento é Paul Spencer, que se baseou no Coletivo de Energia Limpa – iniciativa que construiu a primeira instalação solar de comunidade em 2010 e agora tem 25 fazendas em quatro estados norte-americanos.
Ele teve a ideia da comunidade solar após trabalhar em uma rede de desenvolvimento habitacional, e descobriu que alguns edifícios não conseguiam manter painéis solares.
Governo, empresas e cidadãos
Em seu primeiro negócio, Spencer entrou em contato com uma concessionária local, onde conseguiu apoio. A ideia era que a instituição investisse em painéis, enquanto ele cuidaria dos materiais e os moradores dos condomínios pagariam uma taxa inicial para a utilização do serviço, reduzindo o valor que pagaria normalmente na conta de energia.
O projeto foi bem aceito e, desde o primeiro projeto, ele conseguiu cerca de duas mil assinaturas pelo serviço, incluindo proprietários pessoais, municípios e empresas. Os valores são diversificados: instituições privadas aderem a iniciativa por até US$ 1 milhão para residências, que pagam aproximadamente 400 dólares iniciais para utilizar o benefício. Pessoas físicas podem comprar um painel de três gigawatt por cerca de US$ 9.000.
Segundo Spencer, as pessoas que aderiram o serviço conseguiram economizar aproximadamente 7% no primeiro ano. Além da taxa inicial os adeptos pagam uma pequena taxa para a manutenção das placas.
“O projeto proporciona energia solar para muito mais pessoas. Você não precisa ter um telhado perfeito porque as placas não ficam situadas lá. Não tem com o que se preocupar”, explicou Spencer ao site Fast.Co Exist. Recentemente, ele recebeu US$ 13 milhões em financiamento privado para triplicar suas instalações nos próximos 18 meses e está negociando com 38 estados norte-americanos.
E então: seria uma boa aqui no Brasil?
* Publicado originalmente no site EcoD.
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