greenpeace 300x200 A janela de oportunidade climática
Durante lançamento da quarta versão do relatório do IPCC, ativistas protestaram pedindo ação imediata para salvar o clima. Foto: Pedro Armestre/Greenpeace
Quinta edição do relatório do IPCC é um lembrete oportuno de que precisamos agir com urgência para evitar catástrofes climáticas.
Mais atenção aos avisos do grupo de cientistas internacionais em relação às mudanças climáticas e suas consequências. Esse é o pedido do Greenpeace aos governos, investidores e grandes empresários que devem agir enquanto ainda há tempo de evitar mudanças climáticas catastróficas e perigosas.
O encontro do painel do clima da ONU (IPCC) começou ontem (23) e termina sexta-feira (27) após divulgação dos resultados do primeiro volume da quinta edição do relatório que estuda as mudanças climáticas até 2100. Mais de 50 mil comentários de 259 cientistas de 39 países diferentes confirmam a responsabilidade do ser humano no aquecimento do planeta e atualizam as previsões sobre as mudanças no sistema climático e o que se pode esperar para o futuro, dependendo das escolhas feitas em termos de uso da energia e de uso da terra.
O relatório é um lembrete da escolha fundamental e urgente que os países precisam fazer: continuar acelerando os impactos das mudanças climáticas ou agir agora e colocar em prática as soluções.
“A ciência das mudanças climáticas já está bem estabelecida, mas o que ainda falta são ações urgentes por parte dos governos. Se eles falharem em estabelecer e colocar em prática as soluções, são estes governos e empresas que eles defendem que devem ser responsabilizado. Nosso futuro está ameaçado e temos cada vez menos tempo para agir, mas não é tarde demais”, afirmou Stephanie Tunmore, da Campanha de Clima do Greenpeace Internacional.
Esta edição do relatório é ainda mais precisa que a anterior e confirma a importância de se diminuir o uso de combustíveis fósseis nas matrizes energéticas. As grandes vilãs do clima, da atmosfera, dos oceanos, do derretimento das calotas polares, do aumento do nível do mar, das alterações nos ciclos da água e da intensificação de alguns eventos climáticos extremos causaram e causam dificuldades para muitas das populações mais vulneráveis no mundo.
Essa lista ainda pode aumentar, piorar e se agravar se continuarmos queimando combustíveis fósseis e derrubando as florestas. Mas toda história que tem vilão…tem mocinho também. E no caso das mudanças climáticas são as energias renováveis, mais baratas, limpas e que são páreo duro para os combustíveis fósseis.
O desenvolvimento das energias renováveis demonstra que a transição para energias limpas já começou. Se os governos incentivarem ainda mais as renováveis e a proteção das florestas, ainda temos a chance de manter o aquecimento global abaixo de 2oC, um limiar que os governos concordaram que não ultrapassariam.
“Os governos mundiais estabeleceram a meta de manter o aquecimento global em até 2oC em relação à temperatura de 19xx. A falta de ação ou a ação por parte dos governadores, investidores e grandes empresários é o que decidirá onde o mundo vai chegar, mas uma vez que o relatório do IPCC for publicado não teremos dúvidas sobre as consequências dessas decisões. Não haverá desculpas”, afirmou Tunmore.
* Publicado originalmente no site Greenpeace.
(Greenpeace)