O London Array entrou oficialmente em operação nesta quinta-feira (4) e suas 175 turbinas, localizadas no estuário do rio Tâmisa, já estão produzindo 630MW, consolidando assim o projeto como a maior fazenda eólica do mundo. O consórcio do projeto prepara agora a segunda fase de construção, que pode elevar a geração de energia para 870MW, o que seria o suficiente para atender 700 mil residências britânicas e evitar a emissão de 1,2 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano.
“Este é um grande dia para o Reino Unido e uma vitória para as energias renováveis. O London Array demonstra que estamos prontos para construir grandes projetos. Isso porque, quando se trata de energia limpa, o Reino Unido possui um dos melhores ambientes para investimentos”, afirmou o primeiro-ministro britânico, James Cameron.
O custo estimado de todo o projeto do London Array é de R$ 5,7 bilhões, a serem divididos entre as companhias E.ON, Dong Energy e Masdar. A Shell fazia parte do consórcio, mas abandonou a iniciativa alegando custos muito altos.
Em uma nota, John Sauven, diretor executivo do Greenpeace britânico, saudou a inauguração da fazenda eólica, mas cobrou mais atuação do governo para incentivar as energias renováveis.
“Para que a fonte eólica offshore continue a fornecer empregos e crescimento econômico para o Reino Unido e atinja a paridade de preço com a nuclear até 2020, David Cameron precisa fazer mais do que apenas aparecer para cortar a fita vermelha na cerimônia de inauguração de projetos. É necessário dar ao setor renovável a confiança de políticas de logo prazo, para assim retirarmos completamente o carbono da nossa matriz elétrica”, escreveu Sauven.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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