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terça-feira, 30 de julho de 2013

Manchetes Socioambientais - Boletim de 30 de julho de 2013

Direto do ISA

 
  Novo relatório confirma o descompasso entre o ritmo da obra e o cumprimento das condicionantes socioambientais - Direto do ISA, 30/7.
  Em tempos de retrocesso da agenda socioambiental brasileira, o artigo de Márcio Santilli lembra que a tendência é criticar fortemente o governo e as forças políticas mais visíveis. Com isso, vai passando batido o canhestro posicionamento de outras forças políticas de grande importância no cenário nacional - Blog do PPDS, 29/7.
   
 

Desenvolvimento Humano

 
  O Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros, que mede o desempenho em expectativa de vida, escolaridade e renda, subiu 47,5% nas últimas duas décadas - saindo do nível "muito baixo" para outro considerado "alto". Segundo o IDHM, o percentual de cidades com índice "muito baixo", que era de 85,8% em 1991, caiu para 0,6% em 2010. Mesmo sendo a área que mais evoluiu, a educação ainda é a única que alcança só um nível "médio" - que rebaixa a nota dos municípios. As cidades que mais melhoraram seu IDHM estão no Norte e no Nordeste, mas ainda têm os menores índices. Melgaço, no Pará, tem o pior índice geral do país e também o mais baixo em educação. O topo da atual tabela é dominado pelas mesmas cidades desde 2000: São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP) e Florianópolis (SC) - FSP, 30/7, Cotidiano, p.C1 e C7; OESP, 30/7, Metrópole, p.A15 a A18. O Globo, 30/7, Economia, p.25 a 28.
  Localizado no coração do Jalapão, o município de Mateiros (TO) teve o maior crescimento no IDHM entre 2000 e 2010 no País. A cidade sobrevive, basicamente, do ecoturismo e do plantio de soja, na região que faz divisa com a Bahia. É também o único lugar do Brasil onde nasce o capim dourado, matéria-prima de bijuterias, bolsas, utensílios domésticos e diversas outras peças, trabalhadas pelos moradores da comunidade Mumbuca, onde moram os descendentes de quilombolas. Mateiros é o principal destino dos turistas que vão para a região de dunas e cachoeiras que ficou conhecida após a criação, em 2001, do Parque Estadual do Jalapão - OESP, 30/7, Metrópole, p.A17; FSP, 30/7, Cotidiano, p. C7.
   
 

Geral

 
  Ao mesmo tempo em que enfrentam o agravamento de disputas pela terra, os povos indígenas brasileiros passam por um verdadeiro renascimento cultural. Uma série de livros e trabalhos acadêmicos resgata parte de sua cultura oral e mostra que narrativas e mitos milenares nunca foram tão atuais num momento em que a sociedade discute os caminhos para a sustentabilidade. A reportagem de capa do Caderno O Globo Amanhã discute a contribuição dos ameríndios sobre a relação do homem com a natureza - O Globo, 30/7, Amanhã, p.12 a 19.
  "Desde 2007 a ONG Proinpa, a cadeia de restaurantes Alexander Coffee e a Biodiversity International têm trabalhado juntas para explorar as oportunidades de agroturismo em Santiago de Okola, uma pequena comunidade rural à beira do Lago Titicaca. A ideia era testar como o agroturismo poderia ser usado para gerar subsistência sustentável para comunidades locais fortemente afetadas pela migração de jovens. O Lago Titicaca é um importante ponto de diversidade de onde grãos alimentares andinos, como a quinoa e o cañihua, são originários.A aliança possibilitou aos parceiros trabalhar juntos e encontrar novos mercados para diversas lavouras tradicionais que estavam desaparecendo", artigo de Emile A. Frison e Israel Klabin - OESP, 30/7, Espaço Aberto, p.A2.
  A mais nova ameaça de atraso na construção da controversa hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, parte do Ibama. O risco de paralisação da obra é citado em documento publicado na quinta-feira passada. Trata-se da análise sobre o 3o. relatório da Norte Energia S.A. para acompanhamento do Plano Básico Ambiental. Segundo o Ibama, 7 das 23 exigências sociais e ambientais listadas no plano não são atendidas. Entre elas, obras de saneamento, equipamentos de saúde e educação e cadastramento da população a ser reassentada na cidade de Altamira (PA) e região. "Fica claro o descompasso entre as obras de construção da UHE Belo Monte e a implementação das medidas mitigadoras e compensatórias. Tal descompasso poderá se refletir em atraso na emissão da licença de operação (...) e consequente enchimento dos reservatórios" - FSP, 30/7, Mercadp, p.B3.
  Uma experiência da sociedade civil mostra que é possível enfrentar o difícil clima do semiárido nordestino sem gastar rios de dinheiro. O trabalho bem-sucedido buscou soluções simples e baratas, que ajudam quase 500 mil famílias a amenizar o impacto da seca. Ele é resultado da maior mobilização da sociedade civil no Nordeste, onde três mil entidades - entre sindicatos, associações comunitárias, instituições religiosas, ongs e conselhos municipais - participam da Articulação no Semiárido. A rede ASA, como é mais conhecida, surgiu em 1999, com a proposta de implantar 1 milhão de cisternas no agreste e no sertão nodestinos, para garantir água potável a 5 milhões de famílias - O Globo, 30/7, Amanhã, p.8 a 11.
 
Com o derretimento do Ártico, a liberação repentina de grandes quantidades de metano - um gás de efeito estufa pelo menos 20 vezes mais potente do que o dióxido de carbono - é uma "bomba-relógio econômica", que pode explodir a um custo de US$ 60 trilhões (ou R$ 134 trilhões) para a economia global, segundo concluiu um estudo recente, publicado na "Nature". Os efeitos sobre o clima global podem ser catastróficos por aumentar o nível dos oceanos, provocar desertificação e condições climáticas extremas - O Globo, 30/7, Amanhã, p.20 a 22.
  "Nossa tarefa na Global Ocean Commission é mostrar como o oceano pode ser administrado sustentável e equitativamente no século 21. Trabalhando independentemente, nós analisaremos toda evidência que conseguirmos reunir e a destilaremos numa lista prática de afazeres para ser encaminhada aos líderes globais - um conjunto de medidas pragmáticas e eficientes que, se forem implementadas, reverterão o atual cenário de degradação do alto-mar e o restaurarão à plena saúde e produtividade", artigo de Luiz Fernando Furlan - OESP, 30/7, Espaço Aberto, p.A2.
   
 

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