A poluição atmosférica seria diretamente responsável pela morte de mais de 2,1 milhões de pessoas a cada ano, mostra um novo estudo publicado na última semana pelo periódico Environmental Research Letters.
A principal causa das mortes são as pequenas partículas que se alojam nos pulmões, as chamadas PM2,5, geradas pela queima de combustíveis fósseis. Essas partículas podem causar câncer (em 7% dos casos) e outras doenças respiratórias (93%).
Outra causa, da qual 470 mil pessoas morem anualmente, é o aumento da poluição de ozônio, criada quando os gases que saem dos escapamentos dos veículos reagem com o oxigênio.
Para chegar a esse resultado, os cientistas usaram modelos climáticos de computador para simular as concentrações de ozônio e PM2,5 nos anos 2000 e 1850. Estudos epidemiológicos foram então utilizados para analisar como os níveis se relacionavam às taxas de morte pelo mundo.
Jason West, da Universidade da Carolina do Norte, afirmou: “Nossas estimativas tornam a poluição atmosférica externa um dos fatores de risco ambiental mais importantes para a saúde. Muitas dessas mortes ocorrem no leste e sul da Ásia, onde a população é alta e a poluição atmosférica é severa.”
Os pesquisadores que desenvolveram o estudo classificaram as áreas do mundo pelo número de mortes prematuras devido à poluição do ar.
A lista inclui o leste da Ásia, onde mais de um milhão de pessoas morrem prematuramente a cada ano pela primeira causa e cerca de 203 mil morrem devido à segunda; a Índia, onde aproximadamente 397 mil pessoas morrem pela primeira causa e 118 mil, pela segunda; o sudeste da Ásia, onde em média 158 mil morrem pela primeira causa, e 33 mil, pela segunda; a Europa, com 158 mil e 32,8 mil mortes, respectivamente; e a América do Norte, com 43 mil e 34,4 mil mortes, respectivamente.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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