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quarta-feira, 31 de julho de 2013

RS : UPF investiga mortes de peixes em Erechim

Amostras da água de lagoa serão analisadas para verificar possível causa


UPF investiga mortes de peixes em Erechim<br /><b>Crédito: </b> Celso Dalla Rosa / Especial / CP
UPF investiga mortes de peixes em Erechim
Crédito: Celso Dalla Rosa / Especial / CP

 
Somente os exames de laboratório de análises químicas da Universidade de Passo Fundo (UPF) poderão determinar qual o produto que provocou a morte de milhares de peixes em uma lagoa às margens da ERS 135, na saída de Erechim para Passo Fundo. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Mario Rogério Rossi, o proprietário da área onde fica a lagoa disse que cerca de quatro toneladas de peixe apareceram mortos, desde o último dia 17, até agora. Ele teria aberto uma vala para enterrar os pescados. O secretário informou ter orientado o proprietário para que forrasse a vala com uma lona, visando impedir a contaminação da área. “Estamos tomando todas as precauções possíveis”, salientou Rossi.

Ele confirmou que foram recolhidas amostras da água da lagoa e de duas sangas (riachos) que desembocam em lugares diferentes do manancial. Os peixes que ainda estão vivos são transportados para outras lagoas da região. Rossi declarou que a Secretaria do Meio Ambiente realiza investigação paralela sobre o caso. O 2º Pelotão de Polícia Ambiental de Erechim conhece o problema desde o dia 17 de julho. Segundo o comandante da Unidade Militar Ambiental, tenente Valdecir Ribeiro da Silva, nos dias 17 e 18 deste mês, começaram a aparecer peixes mortos na lagoa - cerca de uma tonelada. Na ocasião, a Polícia Ambiental expediu Boletim de Ocorrência (BO) contra uma empresa situada às margens da ERS 135. “Os proprietários argumentaram que não partiu dela o descarte do produto que matou os peixes”, esclareceu o comandante.

Nas últimas horas, o volume de animais mortos aumentou para cerca de 4 toneladas, conforme o secretário do Meio Ambiente. Os números definitivos ainda não são conhecidos. A Polícia Ambiental apontou que a maioria dos peixes são tilápias de 1 quilo, em média, e carpas, entre 15 quilos e 25 quilos. Nos dias 17 e 18, quando houve a primeira denúncia, o comandante da Polícia Ambiental de Erechim relatou que os policiais usaram equipamento próprio para analisar a água, sem a precisão de um laboratório químico. “A água estava extremamente poluída, quase sem nada de oxigênio”, frisou Silva. Ainda de acordo com o comandante, o BO contra uma empresa próxima ao local será encaminhado à Polícia Civil e para o Ministério Público (MP).

No final da tarde, um dos sócios da empresa proprietária do lago, mas que atua em outra área, contou que os peixes continuam morrendo. Segundo Airton Dalla Rosa, a área foi povoada com 20 mil a 25 mil peixes. “A ideia era secar a lagoa este ano para comercializar e doar aos nossos funcionários, mas, com a contaminação, o projeto ficou inviável”, lamentou. Ele explicou haver mais de 20 espécies de peixes, inclusive dourados. “Primeiro, começaram a morrer os grandes, agora, até os peixes pequenos estão morrendo” apontou Dalla Rosa. Ele indicou que já passa de quatro toneladas os exemplares mortos.

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Fonte: José Ody / Correio do Povo

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