carvao Banco Mundial confirma que limitará financiamentos para carvãoNo final de junho, um documento preliminar intitulado “Toward a Sustainable Energy Future for All: Directions for the World Bank Group’s Energy Sector” traçava as possíveis novas estratégias do Banco Mundial para seus investimentos em energia e revelava que raramente projetos ligados ao carvão receberão recursos.
“O Banco Mundial deseja ajudar seus clientes a identificar alternativas ao carvão para que façam a transição para energias sustentáveis. Iremos cessar o fornecimento de apoio financeiro para projetos de geração a carvão, exceto nas raras circunstâncias quando nenhuma alternativa para o fornecimento básico de energia seja possível e onde outras fontes de financiamento estejam ausentes”, afirmava o documento.
Nesta quarta-feira (17) a diretoria da entidade aprovou essa nova estratégia, que já está em vigor. O último grande projeto de carvão a ser financiado pelo banco deve ser uma termoelétrica de 600MW no Kosovo.
Segundo o documento, apesar de a transição para novas fontes ser necessária, é preciso lembrar que bilhões de pessoas ainda vivem sem acesso à eletricidade.
“Apoiar o acesso confiável à energia é uma prioridade. A pobreza não terminará enquanto 1,2 bilhão de pessoas continuarem não possuindo eletricidade e 2,8 bilhões, não tendo fornos modernos. A falta de energia limita as oportunidades, a criação de empregos, o desenvolvimento de negócios e o acesso à saúde e educação.”
O presidente Jim Yong Kim está, desde que começou sua gestão à frente do Banco Mundial, tentando fazer com que os recursos da entidade sejam direcionados para projetos que estejam alinhados com a necessidade de limitar as emissões de gases do efeito estufa.
“Queremos deixar claro que um aquecimento global maior do que 2oC é um desastre que temos que evitar. A boa notícia é que existem ações que podemos tomar desde já. Energia sustentável para todos é uma delas. Vamos fornecer recursos e apoio técnico para que todos os países possam ter a energia que precisam para crescer, mas que esse crescimento aconteça de uma forma sustentável”, declarou.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.