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sexta-feira, 5 de julho de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 5/7/2013

Direto do ISA

Mais de oitenta organizações da sociedade civil, movimentos sociais, partidos e parlamentares, entre eles o ISA, assinaram uma nota pública contra a apresentação em regime de urgência, por parte do governo, do Projeto de Lei 5.807/2013, que pretende modificar o Código de Mineração - Direto do ISA, 4/7.
Confira artigo de Márcio Santilli, do Programa de Política e Direito Socioambiental (PPDS) do ISA, sobre as manifestações que tomaram o Brasil em junho - Blog do PPDS, 4/7.

Energia

Pela primeira vez nos últimos cinco anos, o governo federal vai realizar um leilão para oferta de energia elétrica com usinas a carvão. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse ontem que o leilão para oferta de energia para 2018, a ser realizado em agosto, contemplará principalmente usinas térmicas a gás natural, biomassa e carvão. Tolmasquim explicou que a oferta para projetos de geração de térmicas a carvão é necessária porque vários projetos de usinas hidrelétricas não conseguiram ainda licenças ambientais. Além disso, as térmicas a gás não se mostram viáveis por não apresentarem preços competitivos, já que a maior oferta é de GNL (Gás Natural liquefeito), mais caro. O presidente da EPE descartou a construção de novas centrais nucleares no Brasil no curto prazo - O Globo, 5/7, Economia, p.28.
A usina nuclear Angra 1 foi desligada do sistema elétrico nacional nesta quinta-feira, após um problema durante teste em equipamentos, informou a Eletronuclear, empresa do grupo Eletrobras. "O desarme do reator aconteceu devido à atuação não programada de parte das barras de controle - responsáveis por controlar a potência da unidade - durante a realização de um teste periódico nestes equipamentos", informou a empresa, em nota. "Os sistemas da usina operaram corretamente, levando o reator a um desligamento seguro." Segundo a Eletronuclear, técnicos estão investigando a causa do problema para determinar quando Angra 1 retornará à operação. "O evento não ofereceu risco aos trabalhadores, à população ou ao meio ambiente", informou a nota - O Globo, 5/7, Economia, p.28.
O governo federal incluiu a participação da fonte eólica no leilão A-3, previsto para ocorrer em outubro deste ano, segundo Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). O segmento de energia solar também foi colocado na lista para esse leilão, com entrega em três anos. Com a definição, o setor eólico participará de dois leilões em 2013. Em agosto, haverá uma rodada para energia de reserva, que teve 655 projetos inscritos para nove Estados (no Sul e Nordeste do país). As disputas marcadas para este ano demonstram otimismo do governo ante o cenário de 2012, quando houve apenas um pregão. A geração de energia eólica representa atualmente 1,6% da matriz brasileira - FSP, 5/7, Mercado, p.B2.
A Eletronuclear vai responder, até segunda-feira, o pedido de impugnação da licitação dos serviços de montagem eletromecânica da usina nuclear de Angra 3, apresentado pelo consórcio UNA 3, formado pelas empreiteiras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e UTC Engenharia. O consórcio questiona o orçamento do serviço, estimado pela estatal em R$ 2 bilhões, e alega que o valor precisa ser revisto para cima. Segundo a Eletronuclear, o pedido de impugnação, a princípio, não afetará o cronograma da usina. A empresa mantém a previsão de entrada em operação da usina para maio de 2018 - Valor Econômico, 5/7, Empresas, p.B7.

Mudanças Climáticas

"Segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), 'podemos esperar a intensificação de eventos extremos' - tempestades, incêndios, ciclones, ondas de calor mais frequentes, aumentos da temperatura, elevação do nível do mar. 'Energia é o maior desafio', pois essa área responde por dois terços das emissões. E 80% da energia vem de combustíveis fósseis, que continuam a ser subsidiados no mundo. Qual é a lógica, senão a financeira? Os rumos no Brasil também são preocupantes, pois o setor de energia, entre 2005 e 2010, respondeu por 21,5% das emissões. E pelo menos 10% dessa produção é desperdiçada. E de pouco adianta a atitude cética diante do problema, que privilegia a lógica financeira. De 4 mil estudos acadêmicos publicados em 20 anos, 97,1% atribuíram as mudanças do clima a ações humanas", artigo de Washington Novaes - OESP, 5/7, Espaço Aberto, p.A2.
Imagens Socioambientais



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