bike 300x199 10 razões pelas quais a bicicleta te torna mais humano
Foto: Glenda Way

Nesses meses em que eu tenho andando quase que diariamente de bike pela cidade, acabei descobrindo algumas coisas bem particulares sobre a relação do trânsito com os ciclistas. Não vou, de forma nenhuma, dizer que tudo são flores, mas com certeza (em minha experiência) é uma maneira muito mais humana de lidar com as pessoas e com a cidade.
Daí um dia desses, voltando para casa e matutando sobre o assunto, comecei a fazer uma listinha com os motivos que me fazem acreditar nisso. Espia:
1 – Porque no trânsito os outros motoristas olham para você e enxergam uma pessoa, e não um monte de lata com uma pessoa dentro (isso quando dá para ver alguém através da película escura dos vidros);
2 – Porque pedalando você pede passagem olhando nos olhos das pessoas;
3 – Porque quando você faz isso, automaticamente cria-se um vínculo que chega surpreender quem está dirigindo (sim, é triste, mas não olhamos mais nos olhos das pessoas);
4 – Porque quando você para em uma sinaleira, o carro do lado quase sempre puxa conversa ou pergunta alguma coisa sobre sua bicicleta (quando é que, de carro, você conversa amistosamente com o motorista do lado?);
5 – Porque quando alguém é gentil com você, você retribui sorrindo e agradecendo, e não apenas buzinando (e olhe lá);
6 – Porque quando você encontra um amigo no caminho, vocês param e conversam, sem nem precisar estacionar;
7 – Porque você se desloca usando apenas a energia do seu corpo;
8 – Porque andar de bicicleta te deixa mais gentil. Tanto que se você vê alguém precisando de ajuda no meio da rua, você para e se oferece para ajudar;
9 – Porque de bicicleta você aproveita e conhece mais a sua cidade. Como você não perde tempo em engarrafamentos, pode se dar ao luxo de parar e entrar naquela loja nova ou conhecer aquele café que você nunca tinha visto antes;
10 – Porque depois de você, os mais vulneráveis no trânsito são os pedestres. Ou seja, você é responsável por prezar pela segurança das pessoas (vidas, e não objetos).
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* Publicado originalmente no site EcoD.