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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 5/fev/2013


Estudo mostra que Pará pode receber até R$ 2,2 bi em compensações ambientais
Investimentos em empreendimentos que têm sido vistos por grupos ambientalistas e movimentos sociais como uma ameaça para a Amazônia podem ser, também, uma oportunidade. O Pará tem potencial para gerar recursos entre R$ 720 milhões a R$ 2,2 bilhões e investir na estruturação de suas unidades de conservação, barrando o desmatamento e preservando a biodiversidade. Essa estimativa leva em conta a receita da compensação ambiental pelo impacto de obras em seu território - Valor Econômico, 5/2, Brasil, p.A3.

Grupo cerca consulado na Guiana Francesa
Madeireiros e políticos da Guiana Francesa aderiram ao cerco que pescadores locais estão promovendo contra o consulado brasileiro em Caiena. "A imigração de trabalhadores brasileiros está afetando a todos. Não é um protesto contra o Brasil. O que queremos é que o governo francês entenda que estamos sofrendo por conta dessa exploração ilegal" afirmou a diretora do Sindicato de Pescadores da Guiana, Patricia Triplet. Segundo a sindicalista, uma reunião realizada na segunda-feira (05), estabeleceu que o cerco será mantido "até que alguém nos escute" - OESP, 5/2, Nacional, p.A10.


Povos Indígenas

Fogão de Guaranis-Kaiowás é premiado pela ONU
Tecnologia social levada a aldeias indígenas brasileiras conquista primeiro lugar entre iniciativas que promovem desenvolvimento. A história dos fogões foi escolhida entre 120 enviadas por 66 escritórios da agência no mundo inteiro. A tecnologia tem como objetivo aumentar a eficiência energética, reduzindo a pressão sobre o meio ambiente, e garantir mais saúde aos moradores, diminuindo a exposição dos índios à fumaça. Na prática, significou para as primeiras dez famílias beneficiadas o fim do hábito de improvisar um fogão à lenha no chão de casa para cozinhar - O Globo, 5/2, Amanhã, p.28.


Estradas

Concessão de BRs terá mais exigências
O governo decidiu mudar a forma de escolha das empresas que disputarão a próxima rodada de concessão de rodovias, em leilões de sete lotes previstos para abril deste ano. Para aperfeiçoar a seleção e reduzir problemas para a União, não será mais aceito que os consórcios apresentem somente o plano de negócios. O governo vai requerer, a partir de agora, a "garantia de execução contratual". Será uma espécie de seguro, dentro de um mecanismo que incluirá diretamente instituições financeiras no processo de concessão - OESP, 5/2, Economia, p.B4.

Lucro 'inflado' forçou o adiamento de 1° leilão de rodovias
Marcado para a semana passada, 1° leilão teve que ser adiado porque empresas avisaram que não participariam. O governo superestimou as projeções para o retorno financeiro das duas primeiras concessões de rodovias federais do Programa de Investimento em Logística lançado pela presidente Dilma Rousseff em agosto, com previsão total de investimento de mais de R$ 200 bilhões. Insegurança sobre regras das concessões também congela investimentos em ferrovias e portos. Nesta semana, o governo envia uma comitiva ao exterior para "vender" os projetos federais de concessão e atrair investimentos externos - FSP, 5/2, Mercado, p.B1, B3.

Sinal verde
A Cetesb concedeu ontem a licença ambiental de instalação para o Rodoanel Norte, vitrine eleitoral de Geraldo Alckmin. O documento permite início das obras em 45% do trajeto - FSP, 5/2, Painel, p.A4.


Energia

Geração térmica pode custar 3,5% na conta de luz
A geração de energia com o uso das termelétricas em 2013 pode custar 3,5% na conta. A Abrace disse que esse é um cenário pessimista. A geração térmica neste ano é muito maior do que foi em 2011. Em fevereiro daquele ano, as térmicas representavam 3,10% da geração. Hoje, representam 21,5%. O impacto na conta poderá ser menor se o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) desligar as térmicas antes. Oficialmente, o operador aguarda o fim do período de chuvas para ver o nível dos reservatórios das hidrelétricas ao final de abril - FSP, 5/2, Mercado, p.B5.

Governo federal prepara novos incentivos para estimular setor de etanol no país, afirma Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o governo estuda oferecer novos incentivos para o setor de etanol no país. Na semana passada, o governo decidiu elevar, já a partir de maio, a participação do combustível derivado de cana-de-açúcar de 20% para 25% da mistura da gasolina vendida nas bombas. A mudança estava prevista apenas para junho e poderá reduzir o valor da gasolina nos postos - O Globo, 5/2, Economia, p.24.

Nível dos reservatórios continua baixo
As chuvas de janeiro não foram suficientes para devolver ao setor elétrico a tranquilidade quanto ao nível dos reservatórios das hidrelétricas. Nas usinas das regiões Sudeste/Centro-Oeste, janeiro chegou ao fim com 37,46% de armazenamento, praticamente metade de um ano atrás (76,23%). No Nordeste, foram 32,86%, contra 71,72% em janeiro de 2012. No Sul, a quantidade de água retida saiu de 63,28% para 43,77%; no Norte, de 90,02% para 51,08% - O Globo, 5/2, Negócios & Cia, p.26.

ETH muda de nome e prevê investir R$ 1,3 bi
A ETH Bioenergia dará lugar à Odebrecht Agroindustrial. Para a safra 2013/2014, a companhia prevê um investimento de R$ 1,3 bilhão, sendo 90% do montante destinado à expansão de sua área agrícola. O objetivo é moer 26 milhões de toneladas de cana, 30% a mais que o volume processado na safra atual. Com isso, nas contas da companhia, será possível produzir 2 bilhões de litros de etanol, cogerar 2 mil GWh de energia elétrica e fabricar mais de 700 mil toneladas de açúcar - OESP, 5/2, Economia, p.B13.

Guinada polêmica
Com depósitos potenciais de trilhões de metros cúbicos espalhados em bacias sedimentares ao redor do planeta, o gás de xisto passou milhões de anos preso em camadas de rocha entre centenas e milhares de metros de profundidade. Apenas recentemente métodos que já eram usados na indústria petrolífera tradicional foram combinados com inovações para extraí-lo de forma comercialmente viável. A reboque disso, no entanto, crescem os temores de riscos ambientais ainda pouco conhecidos do modo como ele é explorado, assim como a preocupação de que, abundante, acessível e barato, acabe por desestimular os investimentos em fontes de energia limpas, como a eólica e a solar - O Globo, 5/2, Amanhã, p.22-25.


Geral

Dilma vai usar BNDES na reforma agrária
O governo quer intensificar o uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social em projetos de áreas desapropriadas para reforma agrária. No BNDES estão em fase de análise, aprovação ou contratação cinco projetos no valor total de R$ 96,5 milhões para os assentamentos. Entre os projetos há duas propostas de R$ 30 milhões: uma de qualificação da estrutura produtiva de assentamentos gaúchos e outra de estruturação de empreendimentos produtivos coletivos - FSP, 5/2/ Poder, p.A8.

Criticada, Dilma propõe parceria ao MST
Ao lançar ontem em Arapongas, no Norte do Paraná, o programa Terra Forte, de apoio à agroindustrialização de assentamentos da reforma agrária, com investimento oficial de R$ 342 milhões, a presidente Dilma Rousseff propôs ao MST uma parceria para o cadastramento de famílias que vivem em extrema pobreza e que não têm acesso a programas como o Bolsa Família. a direção do MST entregou à presidente uma carta criticando a política de reforma agrária de seu governo. O documento diz que é necessário retomar a criação de assentamentos, e propõe a desapropriação de latifúndios e uma política de crédito específica para famílias assentadas - O Globo, 5/2, O Globo, p.9; FSP, 5/2, Poder, p.A8.

Lei ambiental fortalece governança
Com o Código Florestal recém-aprovado, o Brasil entrou numa nova fase, caracterizada por forte melhoria na governança ambiental. Nesta nova etapa, os produtores rurais passam a ter maior segurança jurídica, principalmente porque o código introduz dois instrumentos: o Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma espécie de RG da propriedade, e o Programa de Regularização Ambiental. O CAR vai ordenar o uso e a ocupação do solo, identificar o produtor perante o órgão ambiental e permitir o acompanhamento das atividades produtivas na propriedade rural georreferenciada - OESP, 5/2, Economia, p.B2.

Rumo ao interior
“O Brasil está interiorizando seu desenvolvimento. Basta averiguar um traço espacial da economia brasileira em 2012: o PIB da Região Centro-Oeste apresentou crescimento de 3,3%, sete vezes maior do que o verificado na Região Sudeste, que subiu apenas 0,5%. Com a expansão da fronteira agrícola instalam-se as agroindústrias e distribuidoras de insumos, trilham-se estradas e ferrovias para transportar a safra, cresce a população atrás do emprego. Novas oportunidades de negócios surgem, chega o comércio, geram-se renda e riqueza onde somente havia poeira, ou mata virgem”, artigo de Xico Graziano, agrônomo, foi Secretário de Agricultura e Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - OESP, 5/2, Espaço Aberto, p.A2.

Efeitos letais da insustentabilidade
"Enfrentamos, nesse início de 2013, mais um dilema: ao passo em que se difundem ideias e interpretações diversas em todos os segmentos sobre o que significa a sustentabilidade ambiental e social do desenvolvimento. A atual crise econômica global, inicialmente percebida nos países industrializados, afeta os países em desenvolvimento nos seus esforços de superação da pobreza e desigualdade, e, por outro lado, reforça posições equivocadas que o crescimento econômico nos desviará do abismo e da crise ambiental planetária", artigo de Rubens Harry Born, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento e Meio Ambiente - O Globo, 5/2, Amanhã, p.29.                

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FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 5/fev/2013.

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