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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 15/fev/2013


Energia

Para garantir Copa, térmicas ficarão ligadas o ano todo
Enquanto prepara uma mudança que, no médio prazo, mudará o perfil energético do Brasil (de hidrelétrico para hidrotérmico), o governo decidiu no curto prazo manter ligadas, durante todo este ano, as térmicas a gás natural e carvão. A afirmação foi feita pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. A medida, segundo Chipp, é manter os reservatórios das hidrelétricas os mais cheios possíveis, para evitar problemas de abastecimento no ano que vem, quando acontece a Copa do Mundo. Em entrevista, Chipp afirmou que não existe previsão nem mesmo para o desligamento das térmicas a óleo, de custo de operação mais elevado - FSP, 15/2, Mercado, p.B4.

2013 marca o surgimento de um novo padrão de geração elétrica no Brasil
"O ano de 2013 configura o advento de um novo padrão de geração elétrica no Brasil, marcado pelo acionamento contínuo das usinas termelétricas (UTE). Essa mudança de paradigma resulta da diminuição da relação entre a energia armazenada nos reservatórios das hidrelétricas e o consumo de eletricidade. Enquanto o volume dos reservatórios não cresce porque a legislação ambiental só permite construir usinas de fio d'água [sem reservatório de acumulação], tipo Belo Monte, a evolução do consumo de energia elétrica cresce com o aumento da atividade econômica e da renda familiar. Assim, o sistema elétrico torna-se mais dependente de fontes complementares. E a fonte complementar mais segura são as UTE", artigo de Nivalde Castro e Roberto Brandão - FSP, 15/2, Mercado, p.B4.

Brasil precisa de mais usinas nucleares
"Em 2016, entrará em funcionamento a terceira usina nuclear brasileira, adicionando 1.405 megawatts de energia firme no sistema elétrico interligado do país exatamente junto aos maiores centros consumidores. Se já estivesse em operação, Angra 3 teria uma tarifa competitiva em relação às demais fontes de energia térmica, com a vantagem de não exigir longas linhas de transmissão e operar quase o ano inteiro. O impacto ambiental das usinas nucleares é muito baixo se comparado a outras fontes de energia, pois ocupam espaço físico relativamente pequeno, e elas têm todas as suas etapas de funcionamento rigorosamente controladas, por motivos de segurança radiológica. É hora de se abrir a discussão. Há uma crise energética à espreita", editorial - O Globo, 15/2, Opinião, p.18.


Geral

Atraso menor é alvo de 2o. pacote de obras
O governo prepara outra rodada de ampliação da malha de transportes, com novos pacotes de obras em rodovias, ferrovias e hidrovias. A EPL (Empresa de Planejamento em Logística), vinculada ao Ministério dos Transportes, vai entregar à presidente Dilma uma "prateleira de projetos", a partir de 2014, com todas as licenças possíveis para que o governo, após encerrar o processo de concessão em curso, possa iniciar logo uma nova rodada de obras. Os primeiros projetos são as ligações ferroviárias entre a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Transnordestina e a extensão da Ferrovia do Centro-Oeste até Porto Velho (RO) e Santarém (PA). Na área de estradas, a intenção é duplicar rodovias que liguem o Norte e o Nordeste com o Centro-Oeste e Sudeste. Há ainda a ideia de expandir hidrovias já existentes, como a Paraná-Tietê e a Tapajós, e criar novas, como a que está em estudo na lagoa dos Patos (RS) ligando o Brasil e o Uruguai - FSP, 15/2, Mercado, p.B4.

Peixes ficam vorazes com ansiolíticos
Pesquisadores da Universidade de Umea, na Suécia, avaliaram em laboratório o efeito de resíduos mínimos de um remédio ansiolítico bastante usado no mundo todo, o oxazepam, na vida de uma espécie de peixe chamada Perca fluviatilis, da mesma família das tilápias. A conclusão é que os peixes se tornaram mais vorazes com a comida, mais destemidos - o que os expunha a perigos - e mais antissociais, atitudes que podem desequilibrar o ambiente da espécie e afetar a reprodução do animal. Os cientistas tiraram como padrão a quantidade de oxazepam encontrada no rio sueco Fyris para simular as concentrações testadas em laboratório - O Globo, 15/2, Ciência, p.32.

Quem pode ser contra inspeção de veículos?
"O tema é vital, principalmente para a Região Metropolitana de São Paulo, que tem mais de 7 milhões de veículos, respondendo pelas maiores emissões. A implantação da inspeção veicular poderia evitar muitos danos, principalmente à saúde, que são calculados em R$ 425 milhões anuais. Um valor que todos os cidadãos pagam - nos impostos, na sua saúde, na implantação e manutenção de estruturas viárias, etc. -, tenham ou não veículo. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo já mostrou que se o metrô não funcionar durante 24 horas, em São Paulo, a poluição do ar aumenta 75%, uma vez que 90% dela é gerada por veículos e 55% das pessoas se deslocam em transporte coletivo", artigo de Washington Novaes - OESP, 15/2, Espaço Aberto, p.A2.

Emergências
"Há uma perplexidade na civilização. Parece incrível que em poucas horas se possa juntar 1 milhão de assinaturas em favor de uma causa e, ainda mais incrível, que não haja qualquer efeito. Surpreende a facilidade com que índios e outras comunidades surgem na mídia, pintados em protesto, apoiados por uma opinião pública solidária e comovida, e a facilidade maior ainda com que os tratores passam sobre suas terras, rios e florestas. O paradoxo da civilização nos leva à ausência de sentido. A crise econômica só perde em abrangência e gravidade para a crise ambiental: todos (ricos e pobres) são ameaçados pelas secas, enchentes e furacões. Nada mais revelador que as fotos de pessoas usando máscaras contra a fumaça numa das cidades mais prósperas e poderosas da China", artigo de Marina Silva - FSP, 15/2, Opinião, p.A2.

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