Relatório chama a atenção para desafio de produzir mais alimentos e energia com menos poluição
por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
O CO2, o nitrogênio, o fósforo, o potássio e o zinco são importantes elementos para a agricultura mundial, pois são utilizados como fertilizantes, ajudando a aumentar a produtividade no setor de alimentos. No entanto, seu uso sem restrições pode trazer prejuízo, trazendo desequilíbrios para o meio ambiente e a saúde humana.
Como lidar com o desafio de produzir mais alimentos para a crescente população mundial utilizando-se dos benefícios desses fertilizantes, sem no entanto causar uma grande degradação ambiental? É essa questão que o relatório “Our Nutrient World”, publicado nesta semana, tenta responder.
O documento mostra como o uso excessivo de fertilizantes criou uma rede de poluição que levou a problemas ambientais, à degradação do solo e à perda de qualidade do ar e da água, o que, por sua vez, pode levar a prejuízos como a perda de segurança alimentar e de biodiversidade. Além disso, esses elementos trazem problemas a outros setores da economia, pois estão presentes também em outras cadeias de produção.
Para lidar com o problema, o relatório aponta dez ações chave que poderiam ajudar a maximizar os benefícios desses nutrientes para a humanidade e minimizar as muitas ameaças, principalmente ao setor agrícola.
Na agricultura, as ações são melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção agrícola; melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção pecuária; e aumentar o valor de equivalência dos fertilizantes de estrume animal.
Já no transporte, as ações seriam desenvolver sistemas de combustão de baixa emissão e energeticamente eficientes, incluindo fontes renováveis; e desenvolver a tecnologia e captura e utilização desses elementos.
Em se tratando de resíduos e reciclagem, as ações seriam melhorar a eficiência de nutrientes na cadeia de alimentos e reduzir o desperdício de alimentos; e reciclar o nitrogênio e o fósforo de sistemas de águas residuais em cidades, agricultura e indústria.
Nos padrões de consumo da sociedade, o documento sugere que se faça economias na energia e no transporte; e se reduza o consumo humano de proteína animal, evitando os excessos.
Por fim, o relatório diz que melhorar a eficiência no uso de nutrientes por toda a cadeia de fornecimento é um desafio para todos os países e que liga todas essas ações, contribuindo para uma economia verde. O texto sugere que até 2020 a eficiência no uso dos nutrientes melhore 20%, o que ajudaria, por exemplo, a economizar 20 milhões de toneladas de nitrogênio por ano.
O documento enfatiza que ainda há poucas ações intergovernamentais para resolver os desafios do nitrogênio, fósforo e outros nutrientes, e sugere que uma abordagem mais conjunta deve ser assumida para motivar ações comuns. No entanto, o relatório ressalta que nossas escolhas como cidadãos também fazem grande diferença, e que as iniciativas também devem partir da população.
O “Our Nutrient World”, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), teve a contribuição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para a pesquisa.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Como lidar com o desafio de produzir mais alimentos para a crescente população mundial utilizando-se dos benefícios desses fertilizantes, sem no entanto causar uma grande degradação ambiental? É essa questão que o relatório “Our Nutrient World”, publicado nesta semana, tenta responder.
O documento mostra como o uso excessivo de fertilizantes criou uma rede de poluição que levou a problemas ambientais, à degradação do solo e à perda de qualidade do ar e da água, o que, por sua vez, pode levar a prejuízos como a perda de segurança alimentar e de biodiversidade. Além disso, esses elementos trazem problemas a outros setores da economia, pois estão presentes também em outras cadeias de produção.
Para lidar com o problema, o relatório aponta dez ações chave que poderiam ajudar a maximizar os benefícios desses nutrientes para a humanidade e minimizar as muitas ameaças, principalmente ao setor agrícola.
Na agricultura, as ações são melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção agrícola; melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção pecuária; e aumentar o valor de equivalência dos fertilizantes de estrume animal.
Já no transporte, as ações seriam desenvolver sistemas de combustão de baixa emissão e energeticamente eficientes, incluindo fontes renováveis; e desenvolver a tecnologia e captura e utilização desses elementos.
Em se tratando de resíduos e reciclagem, as ações seriam melhorar a eficiência de nutrientes na cadeia de alimentos e reduzir o desperdício de alimentos; e reciclar o nitrogênio e o fósforo de sistemas de águas residuais em cidades, agricultura e indústria.
Nos padrões de consumo da sociedade, o documento sugere que se faça economias na energia e no transporte; e se reduza o consumo humano de proteína animal, evitando os excessos.
Por fim, o relatório diz que melhorar a eficiência no uso de nutrientes por toda a cadeia de fornecimento é um desafio para todos os países e que liga todas essas ações, contribuindo para uma economia verde. O texto sugere que até 2020 a eficiência no uso dos nutrientes melhore 20%, o que ajudaria, por exemplo, a economizar 20 milhões de toneladas de nitrogênio por ano.
O documento enfatiza que ainda há poucas ações intergovernamentais para resolver os desafios do nitrogênio, fósforo e outros nutrientes, e sugere que uma abordagem mais conjunta deve ser assumida para motivar ações comuns. No entanto, o relatório ressalta que nossas escolhas como cidadãos também fazem grande diferença, e que as iniciativas também devem partir da população.
O “Our Nutrient World”, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), teve a contribuição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para a pesquisa.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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