Expedição inédita sai de Manaus e sobe o Rio Negro para mapear lugares sagrados
A ideia é refazer parte da rota mítica pela qual os ancestrais chegaram aos lugares onde hoje vivem os diferentes povos tukano no noroeste amazônico, registrando as narrativas orais de conhecedores tradicionais, dos lugares sagrados e míticos de seus povos. Ao longo de três semanas, o ISA irá publicar informes da expedição. Acompanhe! - Notícias Socioambientais, 19/2.
Ibama aponta irregularidades graves no cumprimento de condicionantes de Belo Monte e não pune Norte Energia
Do total de condicionantes socioambientais que a Norte Energia deveria ter cumprido por conta da construção da hidrelétrica de Belo Monte apenas 19% delas foram cumpridas, de acordo com informações do Ibama. Os dados foram publicados no site do órgão em 30 de janeiro de 2013. Um dia antes, (29/1) o órgão ambiental notificou a Norte Energia - Notícias Socioambientais, 18/2.
Monitoramento Participativo da Pesca no Médio Rio Negro é tema de oficinas e capacitação de pesquisadores
Entre 24 de janeiro e 4 de fevereiro, o ISA e parceiros promoveram em Santa Isabel do Rio Negro e em Barcelos, oficinas de trabalho e curso de formação de pesquisadores para realizar o monitoramento da pesca. O objetivo é gerar e disponibilizar informações que sirvam de subsídio à organização das atividades pesqueiras nessa região amazônica, além de fortalecer as associações representativas de classe e a formulação de políticas públicas mais adequadas à realidade local - Notícias Socioambiental, 18/2.
Florestas
Fogo de lenha, floresta no chão
Dez milhões de árvores de florestas nativas ou plantadas foram derrubadas em 2012 para abastecer as indústrias fluminenses. Apenas 11% dessa maderia é oriunda do próprio estado. O principal destino dos 3,6 milhões de m3 que foram consumidos no Rio de Janeiro no ano passado foram parar nos fornos e acabaram virando lenha. Esses dados fazem parte de um estudo inédito da Firjan sobre o uso de madeira no estado. A pesquisa embute um alerta: o Rio precisa ampliar o plantio de florestas para reduzir a pressão sobre matas nativas ou poderá correr o risco de um apagão de madeira - O Globo, 19/2, Amanhã, p.18 a 25.
Tem mogno?
"Em 2003, uma equipe recém-chegada ao Ministério do Meio Ambiente decidiu tornar a exploração ilegal um péssimo negócio. Uma série de operações apreendeu milhares de m3 de mogno no Pará e Mato Grosso. Em vez de leiloar a madeira, ela foi doada para a Fase, com o propósito de constituir um fundo fiduciário para promoção do desenvolvimento social em bases sustentáveis das comunidades da região. O Fundo Dema já apoiou mais de mil iniciativas e projetos. Em 2005 o comércio ilegal de mogno se tornou insignificante. O sucesso serviu de inspiração para o programa de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia, que contribuiu fortemente para a queda de mais de 80% do desmatamento na Amazônia entre 2004 e 2012. Restringir atividades econômicas degradadoras e fomentar atividades sustentáveis são caminhos indispensáveis a serem trilhados", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 19/2, Opinião, p.17.
Energia
Captações para infraestrutura recebem estímulo
O governo já autorizou 30 projetos de infraestrutura, com investimentos estimados em R$ 67 bilhões, a captar recursos no mercado pela emissão de títulos privados com benefícios tributários. Esses papéis garantem uma cobrança menor de impostos. Onze projetos receberam autorização para captar recursos com esse tipo de papel nas últimas semanas. Entre os 30 projetos autorizados até agora estão as usinas hidrelétricas de Céu Azul, Ferreira Gomes e Belo Monte, a linha de transmissão Timóteo Mesquita, Angra 3 e várias centrais geradoras de energia eólica - OESP, 19/2, Economia, p.B5.
Mais energia, menos espaço
O Brasil iniciará, em 2014, a produção de etanol de segunda geração em escala industrial. O etanol 2G, como está sendo chamado, é a principal aposta nacional para aumentar a oferta do produto sem que seja preciso elevar a área plantada de cana-de-açúcar. Isso porque o álcool 2G brasileiro será produzido da celulose obtida da palha e do bagaço da cana, as sobras do processo atual de produção de etanol. Calcula-se que, com essa tecnologia, seja possível elevar em até 50% a produção atual de 20 bilhões de litros de álcool combustível no país. É uma alternativa interessante num momento em que se coloca em xeque a expansão de áreas agrícolas para produção de biocombustíveis em detrimento dos alimentos - O Globo, 19/2, Amanhã, p.26 a 28.
Geral
Paraíso ameaçado
Criado em 2004, o Refúgio Estadual de Vida Silvestre do Rio Pandeiros se espalha por seis mil hectares de Cerrado e de Mata Seca em Januária (MG). Só que o assoreamento provocado pelo desmatamento de veredas e outros tipos de vegetação nas bordas de rios e córregos virou uma ameaça constante. Os perigos não estão dentro do espaço protegido. No entorno da refúgio, uma APA com 210 mil hectares deveria funcionar como uma espécie de proteção ao local. Só que empreendimentos de infraestrutura ou agronegócio fora da reserva estão levando ao assoreamento do Rio Pandeiros. Outros fatores que colocam em risco o refúgio são a expansão desenfreada da fronteira agrícola e plantio de eucaliptos sem critério de sustentabilidade. Além de desmatamento ilegal para a produção de carvão, incêndios, caça e pesca predatória - O Globo, 19/2, Amanhã, p.10 a 11.
Ferrovia entre PA e MA será a primeira que vai a leilão
A ferrovia ligando Açailândia (MA) ao Porto de Vila do Conde, em Belém (PA), foi escolhida para ser a primeira a ser licitada no plano de concessões do governo federal. Na próxima semana será publicada a versão inicial do edital desse trecho, que é o prolongamento da ferrovia Norte-Sul até o Pará. O edital será usado como teste para conhecer a reação do mercado ao novo modelo de concessão. A linha Açailândia-Belém é considerada uma das mais importantes da Norte-Sul. Para o governo, esse é um ponto estratégico de escoamento da produção brasileira, principalmente agrícola e extrativa mineral - FSP, 19/2, Mercado, p.B4; OESP, 19/2, Economia, p.B5; O Globo, 19/2, Economia, p.19.
Comércio ilegal ameaça espécies no planeta
"No Brasil, o problema não é menos preocupante. Redes de tráfico escoam animais silvestres por estradas que cruzam grande parte do país, segundo o Ibama. De 2005 a 2010, o órgão emitiu mais de R$ 600 milhões em multas por crimes envolvendo animais silvestres. No mesmo período, só recolheu apenas 2% desse valor. Todos os anos, 38 milhões de animais são retirados da natureza brasileira. Apenas quatro milhões são vendidos, principalmente no Sudeste. O restante acaba em gaiolas, é solto em locais inadequados ou morre vítima dos maus tratos. Cada pessoa, seja ativista ou comerciante, jornalista ou artesão, turista ou presidente, pode contribuir para acabar com o tráfico e comércio ilegal de espécies silvestres. A hora é agora", artigo de Jim Leape e Maria Cecília Wey de Brito - O Globo, 19/2, Amanhã, p.29.
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