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Água
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A agência paulista reguladora de saneamento aprovou ontem a sobretaxa anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para quem elevar seu consumo de água na Grande São Paulo. Em sua decisão, a Arsesp mudou a metodologia proposta pelo Estado e fixou uma cobrança extra de 40% a 100% referente aos gastos com água --mas não com esgoto, que equivalem a metade da fatura que é enviada pela Sabesp. Na prática, quem recebe atualmente uma conta de R$ 100 (R$ 50 pela água e R$ 50 pelo esgoto) poderá pagar até R$ 150 (R$ 100 pela água e R$ 50 pelo esgoto) caso exceda em mais de 20% a sua média de gastos entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. O cálculo da sobretaxa valerá sobre a água consumida a partir desta quinta (8) --e a cobrança proporcional já virá na conta de fevereiro - FSP, 8/1, Cotidiano, p.C1; OESP, 8/1, Metrópole, p.A14. |
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Cantareira cai pelo 3º dia consecutivo e fica em 6,8%
Cinco dos seis principais reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo sofreram queda ontem. O maior deles, o Sistema Cantareira, voltou a perder volume pelo terceiro dia seguido, apesar das chuvas. O nível do Cantareira caiu 0,1 ponto porcentual, de 6,9% para 6,8%. A pluviometria do dia, no entanto, foi alta: 17,6 milímetros, a maior de janeiro. Já a chuva acumulada é de 32,6 milímetros, cerca da metade do volume caso estivesse chovendo a média histórica - OESP, 8/1, Metrópole, p.A14. |
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"Alckmin finalmente começou a tratar a crise da água em São Paulo de forma compatível com a gravidade do problema --os riscos de impactos na saúde pública, na produção de alimentos e na própria economia não são desprezíveis. A razão para Alckmin ter apenas tangenciado o problema durante a eleição é simples. Pesquisa Datafolha feita em outubro mostrou que a população não sabia ao certo de quem era a responsabilidade administrativa sobre o assunto --53% diziam que era do governo federal e da prefeitura. Se o governador tivesse feito barulho sobre a crise, teria dirimido a dúvida geral, criando dificuldades para a sua reeleição. Alckmin não se arriscou, mas potencializou os riscos para São Paulo e poderá pagar caro por isso lá na frente", artigo de Rogério Gentile - FSP, 8/1, Opinião, p.A2. |
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"Nem todo planejamento é capaz de dar conta daquilo que só a natureza controla. Estamos vivendo hoje a mais severa estiagem de que se tem registro na região Sudeste e, especialmente, em São Paulo. A seca iniciada no verão de 2013/2014, infelizmente, ainda não está superada. Desde 1930, nunca choveu tão pouco no Estado e, em particular, na bacia do Alto Tietê. São os efeitos das mudanças climáticas se manifestando. Como parte do enfrentamento da crise, a partir deste mês, quem consumir mais do que a meta pagará uma conta mais alta. É justo porque neste momento de aguda falta de água a participação tem que ser de todos. Até porque somos todos parte do problema e temos que ser todos parte de sua possível solução. Vai dar certo", artigo de Dilma Pena- FSP, 8/1, Tendências e Debates, p.A3. |
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Os funcionários da construtora Mendes Júnior, nas obras de Transposição do Rio São Francisco, já começaram a sentir os efeitos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção nos contratos da Petrobrás. Sem crédito na praça e sem receber da estatal, a construtora não fez o pagamento da segunda parcela do 13.o salário, previsto para 20 de dezembro, para os cerca de 500 empregados que continuam na obra. De férias coletivas desde o dia 18, os funcionários voltaram ao trabalho na segunda-feira e continuam parados - OESP, 8/1, Economia, p.B6. |
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Energia
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"Está em vigor desde o início do mês o regime de bandeiras tarifárias na energia elétrica. Pelas novas regras, a cada 100 KWh consumidos, os usuários pagarão um adicional em caso de uso intensivo de energia térmica, cuja produção custa bem mais do que a da energia hidrelétrica. Neste início de ano, é um peso a mais sobre o orçamento das famílias. O objetivo da introdução das bandeiras é desestimular o consumo de energia em períodos em que a maior parte dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste esteja operando em níveis muito inferiores às médias históricas e sem indicações de recuperação em prazo curto ou médio. Não há relação entre as bandeiras e os reajustes já previstos para a energia, que continuarão a ser aplicados", Editorial - OESP, 8/1, Economia, p.B2. |
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A Associação Brasileira de Energia Nuclear vê no cenário atual do País "uma boa oportunidade para ampliação do parque nuclear" e comemora a "firme contribuição" das usinas Angra I e Angra II para a geração de energia. Mas esclarece que não elaborou nenhum "projeto sobre a matriz energética brasileira", como se informou no sábado - OESP, 7/1, Coluna de Sonia Racy, p.C2. |
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Geral
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Manter a temperatura do planeta nos eixos vai custar caro. Em um estudo publicado ontem na revista "Nature", pesquisadores da Universidade College London determinaram quais devem ser os limites da exploração dos combustíveis fósseis, os principais motores da economia mundial. Segundo o cálculo, um terço das reservas de óleo, metade das reservas de gás e mais de 80% das reservas atuais de carvão devem permanecer intocadas. Todos os países precisam fazer sacrifícios. O Brasil, por exemplo, deve administrar melhor os processos industriais que levaram ao desmatamento da Amazônia - destaca Christophe McGlade, pesquisador do Instituto de Recursos Sustentáveis da UCL - O Globo, 8/1, Sociedade, p.24. |
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As tradicionais sacolas plásticas usadas nos supermercados de São Paulo vão acabar gradualmente, a partir de 5 de fevereiro. O prefeito Fernando Haddad (PT) apresentou nesta quarta-feira, 7, modelo padronizado de embalagem para o comércio paulistano. De cor verde, tem tamanho 40% maior, suporta até dez quilos e é produzida com fibra vegetal de cana de açúcar. Elas só poderão ser usadas para o descarte de lixo reciclável. Caso contrário, o consumidor poderá ser multado. De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), as novas embalagens deverão ser usadas nas centrais mecanizadas do Município. Hoje, a cidade tem duas, com capacidade para separar cerca de 18% do lixo seco. A meta da gestão Haddad é chegar a 25% em 2016 - OESP, 8/1, Metrópole, p.A13; FSP, 8/1, Mercado, p.B8. |
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