Powered By Blogger

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Biodiversidade, Licenciamento Ambiental, Mudanças Climáticas
Ano 14
29/01/2015

 

Água

 
  Descartado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no início da crise hídrica, o plano de rodízio proposto há um ano pela Sabesp, de 48 horas com água e 24 horas sem apenas para as regiões abastecidas pelo Sistema Cantareira, poderia ter resultado em uma economia de 120 bilhões de litros em 2014. A quantidade equivale a 12,3% da capacidade do manancial e supera a segunda cota do volume morto (105 bilhões de litros), que está sendo retirada pela empresa desde outubro OESP, 29/1, Metrópole, p.A11.
  O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse ontem que poderá adotar medidas mais drásticas, como rodízio de água e até racionamento, caso não consiga reduzir em 30% o consumo de água. Segundo Pimentel, a adoção de uma sobretaxa para consumidores que ultrapassarem a média de consumo do ano passado é uma "medida absolutamente necessária" -OESP, 29/1, Metrópole, p.A13.
  O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse ontem que não pensa em rodízio, racionamento de água nem em sobretaxa pelos próximos meses. Segundo o governador, a prioridade é garantir o abastecimento humano, mas, se alguém tiver de ser penalizado, as empresas é que vão pagar primeiro a conta OESP, 29/1, Metrópole, p.A13.
  O governo Geraldo Alckmin (PSDB) foi cobrado ontem por prefeitos da Grande São Paulo a criar imediatamente um plano de contingência diante da crise de abastecimento de água que atinge a metrópole. Com isso, eles esperam ter as diretrizes de ações que deverão ser tomadas, caso seja instituído um rodízio de água na região. Uma das dúvidas é como serão atendidos órgãos públicos como escolas, hospitais e presídios. "Não podemos receber uma notícia como a do rodízio pela televisão", reclamou Carlos Grana (PT), prefeito de Santo André FSP, 29/1, Cotidiano, p.C3.
  Um rodízio no qual a população fica cinco dias da semana sem água seria o racionamento oficial mais drástico já adotado na Grande São Paulo. Ontem, o secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, disse que "se isso (o rodízio) vier a acontecer, todo mundo será informado com a devida antecedência. Não é da noite para o dia". Braga ressaltou que será necessário aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se a medida será necessária OESP, 29/1, Metrópole, p.A11.
  Moradores da região de Pedreira, na zona sul da cidade de São Paulo, ocuparam há um mês uma margem seca da Represa Billings para construir moradias. Segundo um líder comunitário, a área foi dividida em 12 terrenos e terá ruas dando acesso para a Estrada do Alvarenga, energia e água. "Aqui está seco há três anos e a água nunca mais vai subir. Conheço a região", afirmou. A ocupação é uma extensão da Favela da Fumaça, que há pelo menos 15 anos está instalada em um das margens do manancial OESP, 29/1, Metrópole, p.A12; O Globo, 29/1, Rio, p.11.
  De cada 100 litros de água consumidos no país, 72 são utilizados na agricultura. O alto volume necessário para a produção de alimentos colocou a irrigação no alvo das medidas que podem ser adotadas em alguns Estados para evitar o desabastecimento nos centros urbanos. Diante da gravidade da crise, há quem considere essa restrição necessária. Para outros especialistas, porém, a irrigação não pode ser considerada a vilã da crise atual. O consumo agrícola de água no Brasil está em linha com a média mundial, de 70%. Especialistas dizem que a agricultura pode reduzir uso da água em 20% com boas práticas de irrigação FSP, 29/1, Mercado, p.B7.
  Um levantamento feito com 1,7 mil condomínios residenciais de São Paulo constatou que 42% dos prédios paulistas não conseguiram reduzir o consumo de água, apesar do agravamento da crise. Os dados foram levantados pela Lello, maior administradora de condomínios do Estado, e referem-se ao consumo de água no mês de novembro. Dos prédios pesquisados, 1,3 mil ficam na capital. Segundo a Lello, 19% dos condomínios aumentaram o consumo de água em relação à média anterior à crise (fevereiro de 2013 e janeiro e 2014), que serve de base para aplicação do bônus e da multa de até 100% na tarifa pela Sabesp. Outros 23% dos condomínios mantiveram a média de gasto mensal com água OESP, 29/1, Metrópole, p.A12.
  O governo do Estado e os 30 prefeitos da região metropolitana de São Paulo abastecidos pela Sabesp fizeram ontem uma primeira reunião conjunta para definir a multa municipal para quem desperdiçar água. A minuta da Sabesp sugere multar em até R$ 1 mil os cidadãos que desperdiçarem água, lavando calçadas e passeios públicos. Os 30 prefeitos aceitaram enviar o projeto para as Câmaras OESP, 29/1, Metrópole, p.A12.
  Anúncio de possível rodízio de água por 5 dias em SP vira 'piada' em condomínio na periferia, há 11 dias com as torneiras secas, e faz moradores começarem a estocar galões no centro e na zona oeste FSP, 29/1, Cotidiano, p.C4.
  "O racionamento de cinco dias é uma consequência direta da falta de planejamento, da incapacidade administrativa e da irresponsabilidade política. Não foi por falta de avisos, como provam dezenas de estudos sobre o consumo exagerado na região metropolitana e a baixa disponibilidade hídrica, que São Paulo chegou aonde chegou. A própria divulgação do esquema draconiano de racionamento é um sintoma do despreparo do governo paulista para lidar com questões importantes. Não foi o governador, nem o secretário de Recursos Hídricos, nem o presidente da Sabesp que anunciou publicamente a possibilidade de se adotar a medida. Além de chuva, São Paulo precisa de bom senso e respeito", artigo de Rogério Gentile FSP, 29/1, Opinião, p.A2.
  
 

Geral

 
  O programa de regularização fundiária Terra Legal deu milhares de títulos de terras com suspeitas de irregularidades, deixou de cumprir metas e não sabe quanto arrecadou vendendo áreas públicas, de acordo com uma auditoria realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O programa foi criado em 2009 para tornar legais as posses de áreas públicas na Amazônia Legal. Até julho de 2014, haviam sido dados 7.951 títulos. Desse total, foram encontrados problemas ou indícios de problemas em quase metade deles. Em 11% (887) deles, os beneficiários não atendiam aos requisitos do programa federal. Outros 37% (2.931) dos beneficiários têm indícios do não enquadramento nesses requisitos FSP, 29/1, Poder, p.A9.
  Dilma Rousseff determinou que o Ministério do Meio Ambiente passe a discutir diretamente com outras pastas o licenciamento das obras de infraestrutura. O objetivo é evitar atrasos. Ministros discutiram na terça proposta para afrouxar a fiscalização desses licenciamentos. O governo atribui parte do atraso em obras a questionamentos do Ministério Público nos Estados e decisões de tribunais de Justiça. A ideia, levada por Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), é propor mudanças na legislação para restringir contestações ambientais ao Ministério Público Federal e a tribunais federais FSP, 29/1, Painel, p.A4.
  Nos montes amazônicos, cientistas encontraram um ratinho que teria vindo do Cerrado há 3 milhões de anos. E a pergunta é: como? A rigor, o pequeno Podoxymys roraimae não "deveria" estar ali. Uma análise de DNA confirmou que o bicho pertence a uma linhagem totalmente diferente das dos roedores amazônicos. O P. roraimae é tão esquivo que, apesar de ter sido descrito originalmente em 1929, menos de dez exemplares foram capturados desde então, e fazia um quarto de século que ninguém o encontrava, fazendo dele um dos mamíferos mais raros da Terra. Todos os espécimes conhecidos tinham sido achados no topo do monte Roraima. Agora, o rato foi encontrado no monte Wei-Assipu, vizinho ao Roraima FSP, 29/1, Ciência, p. C10.
  A nevasca que paralisou esta semana a Costa Leste dos EUA e o calor e a estiagem que assolam o Sudeste brasileiro há meses são dois lados de uma mesma moeda. Os eventos extremos climáticos vão se multiplicar nos próximas décadas. As emissões de CO2 alçaram 2014 ao posto de ano mais quente desde o início dos registros, em 1880. O calor transformou o planeta em um palco de recordes. Ondas de calor provocaram a perda de metade da safra de diversas culturas agrícolas na África do Sul. Na Austrália, o serviço meteorológico nacional divulgou esta semana que os termômetros locais podem subir até 5 graus Celsius neste século. Ironicamente, o calor também estaria por trás da nevasca nos EUA O Globo, 29/1, Sociedade, p.26.
  
 
Imagens Socioambientais

Nenhum comentário: