23 de janeiro de 2015 às 6:00
(da Redação)
“Miracle March for Lolita”, em Miami, para libertar a orca Lolita do Miami Seaquarium. Foto: Christina Estrada
Durante um caloroso discuro na “Miracle March for Lolita” (“Marcha Milagrosa por Lolita”) em Miami (Flórida, EUA), o maior protesto já registrado na história por uma orca cativa, Jane Velez-Mitchell da JaneUnchained.com chamou o Miami Seaquarium de “local do crime”, recebendo estrondosos aplausos de milhares de pessoas de todo o mundo que apoiaram a manifestação. Lolita vive há 44 anos aprisionada no menor tanque dos Estados Unidos. As informações são do Their Turn.
Para desacreditar os participantes da marcha e continuar ganhando milhões às custas de Lolita, o porta-voz do Aquário, Robert Rose, tentou enganar os repórteres, afirmando que Lolita irá morrer se for libertada de seu tanque para o oceano. Ele não fez menção para o fato de que ela deveria primeiro ser reabilitada em um santuário litorâneo perto de seu grupo e somente seria libertada se fosse considerada capaz de sobreviver. Esse recinto temporário à beira-mar teria espaço para que ela pudesse nadar, mergulhar e estar próxima a outras orcas, tudo o que lhe foi negado nos últimos 44 anos. E também traria um fim à sua exploração – sua vida mantida em cativeiro, onde é forçada a realizar performances em troca de comida.
Entre os muitos destaques da Marcha por Lolita, houve uma cerimônia na qual a modelo Joanna Krupa simbolicamente soltava Lolita de um tanque criado por uma corrente humana.
Modelo Joanna Krupa chora após participar de cerimônia por Lolita. Foto: Their Turn
Eventos em todo o mundo foram realizados em solidariedade.
Grupos que lutam pelos direitos animais e pela preservação das orcas continuarão a trabalhar pela libertação de Lolita. Jared Goodman, diretor jurídico do PETA, disse que, no fim do mês de Janeiro, o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) irá decidir se designará Lolita como membro de um grupo de orcas ameaçadas. Esta decisão pode determinar o seu destino.
A “Miracle March for Lolita” foi idealizada por Robin Jewell, um ativista de Michigan que se comoveu com a história do animal e teve uma visão para o seu futuro. Com um orçamento apertado, Jewell produziu todo o evento – incluindo a obtenção das licenças, a gestão da promoção e da publicidade, o alinhamento referente à aplicação da lei, o recrutamento de alto-falantes e a coordenação do percurso do desfile, além da alimentação e do entretenimento. A execução impecável do evento foi um dos muitos milagres da “Miracle March for Lolita”.
Protesto pela libertação de Lolita em Seattle. Foto: Jeff Widmer
Assine a petição criada por Robin Jewell no Change.org, para ajudar a libertar Lolita, e convença a sua rede de amigos a boicotar aquários, zoológicos, circos e outras formas de entretenimento onde animais são mantidos cativos.
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