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Direto do ISA
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O agrônomo Pieter Van der Veld e a antropóloga Camila Barra, ambos do Programa Rio Negro do ISA, participam do evento em Roma apresentando dois trabalhos: um pôster sobre pesquisas participativas e o manejo sustentável de pesca junto aos povos indígenas do Alto Rio Negro (AM), e uma apresentação sobre a experiência inovadora de regularização do turismo de pesca esportiva em Terras Indígenas no Médio Rio Negro - Blog do Rio Negro/ISA, 23/1. |
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Mudanças Climáticas
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"Deveríamos, todos, ler o relatório O Futuro Climático da Amazônia, do professor Antônio Donato Nobre. Ele chama a atenção para os efeitos devastadores do desmatamento na Amazônia e sua influência muito forte em todo o País. Se o Brasil tivesse cumprido o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, estaríamos chegando já em 2015 ao desejado desmatamento zero. Será decisivo impedir que o desmatamento propicie a expansão de pastagens. Repensar nossos formatos de mobilidade urbana, para reduzir as emissões de poluentes por veículos. Tratar com competência a área de energia e não utilizar fontes térmicas, altamente poluentes. Sempre lembrando que teremos de reduzir em 80% o uso dos combustíveis fósseis", artigo de Washington Novaes - OESP, 23/1, Espaço Aberto, p.A2. |
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O fim do mundo está próximo! A depender do alerta emitido ontem pelo Boletim de Cientistas Atômicos (BAS, na sigla em inglês) ao adiantar em dois minutos o "Relógio do Apocalipse", que agora marca três para meia-noite, vivemos uma situação tão perigosa quanto a ameaça de uma guerra nuclear durante a Guerra Fria. Agora, a principal ameaça vem do clima. "A emissão de CO2 está transformando o clima do planeta de forma perigosa", alertou Kennette Benedict. Em comunicado, o BAS faz duras críticas aos líderes globais, que "falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe" e pede que lideranças globais assumam o compromisso de limitar o aquecimento global - O Globo, 23/1, Sociedade, p.29. |
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Energia
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O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu ontem pela primeira vez que o governo terá de adotar medidas de racionamento de energia caso o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas fique abaixo de 10%. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que os reservatórios estavam ontem em 17,43% na região Sudeste/Centro-Oeste e em 17,18% na região Nordeste. "É claro que, se tivemos de tomar uma medida que seja prudencial, nós tomaremos. O limite é 10%. A partir daí, teríamos problemas graves, mas estamos longe disso", afirmou o ministro, ao ser questionado sobre em que momento o governo adotaria medidas de estímulo à economia de energia ou mesmo um racionamento - OESP, 23/1, Economia, p.B5; FSP, 23/1, Mercado, p.B1; O Globo, 23/1, Economia, p.24. |
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Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) são claros quanto à origem do blecaute que deixou dez Estados e o Distrito Federal sem luz: não havia energia disponível para atender ao pico de demanda. Em decorrência dessa limitação de geração, equipamentos entraram em pane e passaram a comprometer o abastecimento nacional. Para garantir o abastecimento do País, o regulador deve manter uma oferta de geração 5% superior à demanda projetada diariamente. Essa margem de segurança é o que permite administrar a oferta em momentos de pico de consumo. Ocorre que, atualmente, essa "sobra" tem ficado na casa dos 3%. Nesta semana, em várias situações, ela nem sequer existiu - OESP, 23/1, Economia, p.B5. |
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O risco de racionamento neste ano não é explicado apenas por fatores climáticos. A situação crítica evidencia falhas na execução do planejamento energético do governo federal. Pelo menos 33 hidrelétricas previstas para entrar em operação até este ano não saíram do papel ou tiveram o cronograma postergado. Essas 33 usinas somam 11.855 MW, volume equivalente a quase 10% da capacidade do parque gerador brasileiro. Os principais motivos são entraves ambientais e jurídicos. Outro problema, segundo Claudio Sales, é que a EPE dedica muitos esforços à viabilização de hidrelétricas de grande porte, complexas do ponto de vista ambiental, e prejudica o andamento de inúmeros projetos de médio porte, que ficam praticamente paralisados - Valor Econômico, 23/1, Brasil, p.A3. |
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Água
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O nível do reservatório de Paraibuna, o principal do sistema que abastece o Estado do Rio, atingiu o volume morto, ou reserva técnica. É a primeira vez que isso acontece desde a construção do Paraibuna, em 1978. Situado no Vale do Paraíba (SP), o Paraibuna é o maior de quatro reservatórios, todos em níveis baixos, do rio Paraíba do Sul, única fonte de abastecimento de água fluminense. A estimativa é que a reserva seja de dois bilhões de metros cúbicos. Por enquanto, não há risco de 11,8 milhões de moradores do Rio - entre Região Metropolitana e interior - ficarem com as torneiras secas, já que a quantidade disponível é suficiente para garantir o abastecimento até julho deste ano - FSP, 23/1, Cotidiano, p.C3; OESP, 23/1, Metrópole, p.A14. |
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São Paulo e a União limitaram a retirada de água de rios do interior do Estado. A medida afetará tanto a agricultura quanto a indústria e as companhias de saneamento. A redução será de 20% para empresas de água -incluindo Sabesp e Sanasa, de Campinas- e de 30% para indústrias e produtores rurais que têm autorização para captar água de rios como Jaguari, Atibaia e Camanducaia. No total, 42 municípios serão atingidos, quatro deles em Minas Gerais, totalizando uma população de 4,4 milhões de habitantes. O governador Geraldo Alckmin admitiu também a hipótese de restrição do uso da bacia do Alto Tietê para irrigação. O secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, disse que o corte afetará 3 mil produtores de hortifrúti no Estado - FSP, 23/1, Cotidiano, p.C4; OESP, 23/1, Metrópole, p.A13. |
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A Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) vai lançar uma campanha educativa para reduzir em pelo menos 30% o consumo de água na região metropolitana de Belo Horizonte. Sinara Meireles, presidente da companhia, disse que, se o apelo não surtir efeito, poderá ser decretado racionamento. Ela afirmou que existe o risco de que as torneiras sequem em quatro meses na região - FSP, 23/1, Cotidiano, p.C3; OESP, 23/1, Metrópole, p.A14. |
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Uma pesquisa do Ibope feita no fim de 2014 e divulgada ontem revela que 68% dos paulistanos sofreram -ou alguém da sua família sofreu- problemas no abastecimento de água nos últimos 30 dias. O material também mostra que 42% das pessoas creditam a crise hídrica à "falta de planejamento do governo estadual". Para outros 29%, o problema se deve à ausência de chuvas. Já 3% creem em anomalias climáticas derivadas do desmatamento da Amazônia. Para o levantamento, foram ouvidas, entre 24 de novembro e 8 de dezembro do ano passado, 1.512 pessoas que moram em São Paulo e que têm 16 anos ou mais - OESP, 23/1, Metrópole, p.A12; O Globo, 23/1, Rio, p.11. |
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O agravamento da crise hídrica em São Paulo tem levado a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) a estudar um novo reajuste na tarifa de água a partir de abril -quatro meses depois do último aumento- e um endurecimento na cobrança da sobretaxa para quem elevar seu consumo. As propostas visam reduzir a utilização de água na Grande São Paulo. Elas são complementares a outras medidas em estudo ou definidas pelo Estado diante do esvaziamento acelerado dos reservatórios. Por exemplo, restrições ao uso da água na agricultura e aproveitamento de fontes até então relegadas a segundo plano, como a poluída Billings - FSP, 23/1, Cotidiano, p.C1. |
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A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) fará um protesto para cobrar o governo Geraldo Alckmin (PSDB) pela crise hídrica em São Paulo. "Banho coletivo na casa do Alckmin" foi o nome dado pela associação a um evento criado no Facebook, que já conta com a confirmação de presença de mais de 106 mil pessoas. O ato está marcado para segunda-feira, às 10 horas, na frente do Palácio dos Bandeirantes. "O governador Geraldo Alckmin reluta em declarar oficialmente o racionamento de água em São Paulo. Talvez ele não esteja com problemas de água na casa dele", diz a Proteste - OESP, 23/1, Metrópole, p.A13. |
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