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domingo, 18 de janeiro de 2015

Havia uma cachorra na redação, no dia do atentado ao Charlie Hebdo

17 de janeiro de 2015 

Por Patricia Tai (da Redação da ANDA)
Foto: A.Ginori/Huffington Post
A cachorra Lila, que sobreviveu ao ataque. Foto: A.Ginori/Huffington Post
As notícias do ataque terrorista ao escritório do jornal francês Charlie Hebdo em Paris, que resultou na morte de doze pessoas no dia 07 de janeiro, aterrorizaram o mundo.
Há um indíviduo, no entanto, que está fazendo o seu melhor para iluminar as vidas dos sobreviventes da equipe do Charlie Hebdo – uma cachorra da raça Cocker Spaniel chamada Lila. As informações são do One Green Planet.
Lila era uma presença constante no escritório, amiga de todos os funcionários que lá trabalhavam. Ela estava regularmente nas reuniões, e fazia questão de cumprimentar a todo e qualquer visitante à maneira típica de um cão amigável.
Na manhã dos ataques, não foi diferente. Lila entusiasticamente cumprimentou a todos os funcionários e estava seguindo o seu colega favorito, o cartunista Jean Cabut, pelo escritório. Ele havia levado petiscos para serem servidos na primeira conferência do editorial de Ano Novo, e Lila não saía do seu lado.
E de repente os disparos começaram.
Em uma entrevista para o Le Monde, Sigolene Vinson, uma repórter do Charlie Hebdo, contou a sua história. Ela disse que estava na cozinha quando os tiros começaram. Ela rastejou da cozinha até outra sala, enquanto os seus colegas eram assassinados um a um. Um dos agressores a encontrou, e disse-lhe que eles não matariam as mulheres. Ela permaneceu no lugar, conforme instruções. Quando os terroristas saíram, ela foi até a sala de conferências, onde estava a maioria das vítimas.
“E então eu ouvi os passinhos de Lila”, declarou Vinson.
Lila também teve a vida poupada. Ela estava caminhando pelo escritório, procurando por Cabut. Mas o seu cartunista favorito havia sido assassinado.
Lila era um dos membros do escritório antes dos ataques. A sua sobrevivência ao incidente, bem como o conforto que ela traz aos membros remanescentes do Charlie Hebdo, transformaram-na no mascote da redação. Levará muito tempo para que os colegas, a família e os amigos da equipe se recuperem dessa tragédia, mas o animal tem sido um apoio para todos.

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