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quarta-feira, 29 de outubro de 2014




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Mudanças Climáticas, Política Socioambiental
Ano 14
29/10/2014

 

Direto do ISA

 
  O cientista e pesquisador Antônio Donato Nobre, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lança nesta quinta, 30/10, um relatório no qual sintetiza, pela primeira vez, cerca de duzentos dos principais estudos e artigos científicos sobre o papel da floresta amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e na exportação de serviços ambientais para áreas produtivas, vizinhas e distantes da Amazônia Blog do ISA, 28/10.
  
 

Água

 
  O Ministério Público Estadual (MPE) moveu ontem uma ação civil pública pedindo na Justiça a redução imediata do volume de água retirado do Sistema Alto Tietê pela Sabesp. Usado desde o início do ano para socorrer bairros atendidos anteriormente pelo Sistema Cantareira, o segundo maior manancial da Grande São Paulo está perto do esgotamento, com apenas 7,2% da capacidade OESP, 29/10, Metrópole, p.A21.
  Depois de afetar os sistemas Cantareira e Alto Tietê, a crise hídrica agora ameaça o Guarapiranga, o terceiro maior da Grande São Paulo. O uso de outros mananciais para socorrer o Cantareira faz parte do plano de contingência adotado pela Sabesp. Áreas que tradicionalmente eram abastecidas pelo Cantareira passaram a receber água dos sistemas Alto Tietê, Rio Claro e Guarapiranga. Das 4,9 milhões de pessoas atendidas pelo sistema atualmente, 1 milhão eram abastecidas pelo Cantareira. Em outubro, o ritmo de consumo do Guarapiranga dobrou em relação ao mês anterior. Em 28 dias, o volume do reservatório caiu 11 pontos percentuais, chegando a 40,8%. No mesmo período do ano passado, o sistema marcava 76,7% FSP, 29/10, Cotidiano, p.C4.
  Os prejuízos da maior seca em São Paulo nos últimos 80 anos já começam a chegar ao caixa das empresas do estado. No agronegócio, o transporte de soja por rodovia, após a paralisação da Hidrovia Tietê/Paraná, custou R$ 30 milhões a mais aos produtores. A cidade de Tambaú, polo da indústria cerâmica, amarga prejuízo de R$ 4 milhões com a queda da produção pela escassez de água. Grandes empresas, como a JBS, localizada em Barretos, anteciparam as férias coletivas e paralisaram a produção após a prefeitura decretar o racionamento. Em Guarulhos, a fabricante de motores Cummins compra todos os dias seis carros-pipa para evitar que a produção pare. Cada um custa cerca de R$ 1 mil O Globo, 29/10, Economia, p.27.
  O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou em seu site 13 mapas encaminhados pela Sabesp nos quais diz haver a identificação das regiões na capital paulista que podem sofrer com falta d'água por causa da redução de pressão da rede de distribuição. "É a primeira vez que a empresa reconhece publicamente que algumas zonas sofrem desabastecimento", disse o gerente técnico do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira. Em nota, a Sabesp negou que os mapas fossem das áreas com problemas no fornecimento de água e disse que encaminhou ao Idec, conforme solicitado, apenas a localização das válvulas redutoras de pressão OESP, 29/10, Metrópole, p.A21; FSP, 29/10, Cotidiano, p.C5.
  Moradores montaram barricadas e interditaram a Rodovia Marechal Rondon, em mais um protesto contra a falta de água em Itu (SP), anteontem. Foi a 10ª manifestação na cidade desde junho -OESP, 29/10, Metrópole, p.A21.
  
 

Política Socioambiental

 
  O Brasil enviará, até o fim do ano, relatório sobre os resultados da redução de emissões na Amazônia ao Fundo Verde do Clima. Completará, dessa forma, as formalidades para tornar-se o primeiro país a pleitear o reconhecimento internacional e o pagamento, previsto na Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, por seus esforços contra o desmatamento. Em junho, o governo brasileiro apresentou seu relatório de níveis de referência, um documento de 58 páginas sobre o bioma Amazônico. O documento já indica que a redução de emissões entre 2005 e 2010 foi de 198 milhões de toneladas de CO2 - uma média de 39,6 milhões de toneladas ao ano. A média anual de desmatamento caiu de 21 km2, entre 1996 e 2005, para 4,5 mil km2 entre 2006 e 2010 OESP, 29/10, Metrópole, p.A22.
  "Proponho três metas em áreas chaves para inspirar o novo mandato: 1) zerar a perda de cobertura florestal no Brasil; 2) retomar e ampliar a proporção de energia renovável em nossa matriz energética; e 3) definir metas de curto, médio e longo prazo para a redução efetiva de emissões de gases de efeito estufa no Brasil e liderar um novo acordo climático global que assegure limitar o aumento da temperatura global em 2 graus C. Muitas outras metas são necessárias em áreas como gestão de resíduos, recursos hídricos e conservação da biodiversidade. Mas, a compreensão cada vez mais clara da relação dos grandes maciços florestais e as mudanças climáticas com o regime de chuvas que atualmente colocam em risco a geração de energia, a produção de alimentos e o abastecimento de água possibilitam que a agenda de clima e florestas sirva de ponto de convergência para um pacto pela sustentabilidade que nos recoloque no rumo de um futuro mais próspero e justo para o Brasil", artigo de Tasso Azevedo O Globo, 29/10, Opinião, p.21.
  
 
Imagens Socioambientais

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