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quinta-feira, 30 de outubro de 2014



Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Cerrado, Lixo, Mudanças Climáticas
Ano 14
30/10/2014

 

Água

 
  O governador Geraldo Alckmin (PSDB) preparou um pacote de pedidos de ajuda ao governo federal para enfrentar a pior seca da história do Estado de São Paulo. Entre as propostas anunciadas estão a desoneração de impostos do setor de saneamento e o uso prioritário da água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o abastecimento humano OESP, 30/10, Metrópole, p.A17; FSP, 30/10, Cotidiano, p.C4; O Globo, 30/10, País, p.11..
  Mais de 30 ONGs formaram ontem a Aliança Pela Água, coalizão criada para discutir propostas para enfrentar a crise hídrica e oferecer soluções aos governos. O grupo irá entregar ao poder público uma lista com ações consideradas prioritárias para lidar com a falta d’água. A coalizão defende a adoção de multa para quem desperdiçar água, campanhas educativas e incentivo à redução de consumo. A longo prazo, o grupo defende programas de reúso de água, reflorestamento e despoluição dos rios urbanos. "O primeiro passo é admitir que há uma crise e que a situação da água é muito grave e está longe de se resolver", disse a coordenadora da Aliança, Marussia Whately, do Instituto Socioambiental (ISA) O Globo, 30/10, País, p.11; OESP, Metrópole, p.A18.
  A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Sabesp na Câmara Municipal vai pedir que a presidente da companhia, Dilma Pena, revele quem foi o superior que a orientou a não informar à população sobre a crise hídrica. Ela também será ouvida pelo Ministério Público Estadual no inquérito que investiga a responsabilidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na seca dos reservatórios OESP, 30/10, Metrópole, p.A18.
  Os R$ 2,6 bilhões estimados para investimentos em obras e serviços da Sabesp, propostos no orçamento do Estado de São Paulo para 2015, são insuficientes para enfrentar a crise hídrica, segundo avaliação da Apeop (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas). "Do total, só R$ 1,1 bilhão é destinado para água e R$ 1,5 bilhão, para esgoto", critica Luciano Amadio, presidente da associação. Para equacionar a crise, a Apeop estima que são necessários R$ 5 bilhões por ano pelos próximos quatro anos. "Orçamento é peça de ficção, mas é preocupante o governo estadual acenar com investimento tão baixo" FSP, 30/10, Coluna de Mônica Bergamo, p.E2.
  Em situação crítica, o reservatório da usina de Três Marias, um dos maiores do Rio São Francisco, terá nova redução de vazão. A decisão, tomada ontem pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), busca garantir o abastecimento das cidades nas proximidades do reservatório e, ao mesmo tempo, permitir uma geração mínima de energia da hidrelétrica. Pela decisão, o volume de água cairá de 140 para 120 metros cúbicos por segundo a partir de hoje OESP, 30/10, Economia, p.B6.
  
 

Amazônia

 
  Diante do avanço na dispensa de mão de obra, o sentimento em Porto Velho é de frustração com o legado das hidrelétricas do rio Madeira. O crescimento de 30% na população da cidade - hoje próxima de 500 mil habitantes - não foi compensado pelos investimentos públicos necessários. Resultado: os problemas sociais aumentaram e os gargalos de infraestrutura estão por toda parte. Some-se a isso as quedas no movimento do comércio. Obras importantes estão paradas há vários anos e outras nem chegaram a começar. Entre 2011 e 2012, quando acentuou-se a desmobilização das usinas, o índice de homicídios cresceu 16% na capital de Rondônia Valor Econômico, 30/10, Especial, p.A16.
  Os mais de 7 mil MW de potência instalada nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau dizem pouca coisa aos moradores de Porto Velho, cidade com a sétima tarifa de energia residencial mais alta entre as capitais brasileiras. As queixas sobre o preço da eletricidade são comuns no município onde fica um dos principais parques geradores de energia do país Valor Econômico, 30/10, Especial, p.A16.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  Vinte e sete ecossistemas podem sofrer impactos "graves, invasivos e irreversíveis", que atingirão seres humanos e outras espécies, se não forem tomadas providências imediatas contra o aumento de eventos extremos do clima. A maior preocupação são os corais. O tema marcou as discussões de ontem de 500 cientistas reunidos em Copenhague, responsáveis por concluir amanhã o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A versão final do relatório terá, no máximo, 50 páginas, e será um reflexo do que a comunidade internacional está disposta a fazer contra as mudanças do clima O Globo, 30/10, Sociedade, p.32.
  "Recordes de temperatura, em cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, que antes aconteciam em janeiro e fevereiro, estão ocorrendo em outubro e novembro. Na Amazônia, nos últimos dez anos, tivermos as três piores inundações e as duas maiores estiagens da história. O estado de São Paulo e outras áreas da região Sudeste estão vivendo a mais grave seca dos últimos 80 anos. Os cientistas têm apenas duas certezas. A primeira é de que eventos como este vão se repetir com mais frequência. Talvez a cada dez ou a cada cinco anos. A segunda é de que os efeitos poderiam ter sido evitados ou minimizados com mais planejamento e com os investimentos certos na hora certa", coluna de Agostinho Vieira O Globo, 30/10, Economia Verde, p.28.
  
 

Geral

 
  Um grupo de cerca de 50 índios foi ao Palácio do Planalto ontem entregar um documento com reivindicações sobre educação indígena e demarcação de terras. Oito professores indígenas foram recebidos por Fernando Matos, diretor de diálogos sociais da Secretaria-Geral da Presidência. Dentre outras coisas, eles pediram que seja feita uma consulta aos povos indígenas para a construção da universidade indígena e pediram maior fiscalização no repasse de recursos do governo federal para as comunidades. FSP, 30/10, Poder, p.A12.
  O Estado de Goiás quer adotar uma versão local do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e montar sua própria rede de preservação do Cerrado. As iniciativas têm uma motivação urgente: a maior parte do desmatamento se dá justamente no Cerrado, que superou a Amazônia como líder no passivo desde o início de 2011. Pesquisa do Inpe e da Universidade Federal de Goiás (UFG) apontou que, em 2011, 6.418 km² de Floresta Amazônica foram devastados. No Cerrado, foram 7.415 km². Em 2012, o desmatamento na Amazônia caiu para 4.571 km², enquanto em áreas de Cerrado houve aumento para 7.653 km², especialmente provocado pelas atividades agropecuária e de produção de carvão vegetal OESP, 30/10, Metrópole, p.A23.
  A presidente Dilma Rousseff vai vetar o dispositivo aprovado na Medida Provisória 651 que prorroga até 2018 o prazo para as cidades transformarem os lixões em aterros sanitários, dando destino adequado a resíduos sólidos. "Vamos apresentar na MP 656 um dispositivo que prevê a prorrogação por dois anos e garante recursos federais para a implementação da política de resíduos sólidos do Brasil", afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O senador sinalizou que a decisão virá acompanhada de mais recursos da União para as prefeituras OESP, 30/10, Metrópole, p.A23.
  
 
Imagens Socioambientais

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