“Temos que construir uma estrutura que sustente e termine o que nós temos realizado com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) em nossa luta contra a pobreza, a fome, a ignorância e a doença. Temos que ultrapassar os antigos e os novos desafios, inclusive um dos mais importante: a mudança climática”, pediu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura de um evento de alto nível para análise e balanço dos ODMs, nesta quinta-feira (11).
O encontro representa um passo fundamental de preparação para a fase de negociação da agenda de desenvolvimento pós-2015 durante a 69° sessão da Assembleia Geral, que se inicia na próxima terça-feira (16).
Na ocasião, o presidente da Assembleia Geral, John Ashe, convidou os 193 Países-membros e outras partes interessadas para serem “ousados e práticos” na constituição de uma agenda pós-2015 participativa, inclusiva, centrada nas pessoas e no desenvolvimento. Ele também salientou que a ONU não pode alcançar novas conquistas, baseando-se em “velhas” ações, e que neste momento é importante atualizar as ferramentas e iniciativas em direção ao sucesso.
“A agenda de desenvolvimento pós-2015, altamente antecipada, deve representar nosso compromisso coletivo para acabar com a pobreza e garantir o desenvolvimento sustentável. Além disso, deve se tornar uma norma para todas as nações, sociedades e economias e deve preencher as lacunas dos ODMs e levá-la ao próximo nível”, disse Ashe.
Oportunidade histórica
Já o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson, disse que neste momento todos têm uma oportunidade histórica para corrigir o caminho atual de desenvolvimento insustentável. “Temos que mostrar que somos sensíveis às necessidades e aspirações das nações e povos do mundo. O futuro que nós queremos é uma vida digna para todos”, acrescentou.
Em seu discurso, o secretário-geral da ONU afirmou que irá produzir um relatório de síntese que reunirá os resultados de todas as diferentes vertentes de trabalho sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015 durante a fase de negociação, para facilitar ainda mais a sua construção. “Nós temos um intenso e importante ano pela frente”, acrescentou.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
(ONU Brasil)
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