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Amazônia
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Festa na Floresta
O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), é suspeito de distribuir centenas de títulos fraudulentos de terras. Entre os agraciados, políticos, juízes de tribunais e também sua mulher, em cujo nome está um terreno de 1 milhão de metros quadrados adquirido por 25 mil reais de um rapaz de 19 anos, que se tornou proprietário dele aos 12 anos. O Ministério Público Federal (MPF) suspeita que o rapaz, filho de um funcionário do Iteraima, órgão fundiário do Estado, seja um "laranja". Em 2009, um decreto presidencial repassou ao Estado de Roraima 6 milhões de hectares de terras, que viraram alvo de desenfreada grilagem. O MPF suspeita que grupos de grileiros tenham se apossado de até 8 milhões de hectares de terras em Roraima, o que equivale a pouco menos que o território de Portugal. A se confirmarem esses números, esse será o maior escândalo de grilagem já registrado no Brasil - Veja, 18/9, p.76 e 77. |
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O presidente do Equador, Rafael Correa, afundou a mão direita entre os arbustos da Amazônia equatoriana e a mostrou impregnada de petróleo a dezenas de jornalistas convocados à floresta para a demonstração, ontem. Com o ato, lançou a campanha “A mão suja da Chevron”, destinada a mostrar “a poluição, a destruição ambiental que esta transnacional deixou em nossa Amazônia”. Correa pediu boicote aos produtos da companhia. "Isto é o que fez a Chevron-Texaco", afirmou. A inspeção aconteceu no poço petrolífero Aguarico 4, onde operava a petrolífera americana Texaco até 1986, quando foi adquirida pela Chevron, em 2001 - O Globo, 18/9, Economia, p.22. |
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Condenado como mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, ocorrido em 2005, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, enfrenta amanhã seu quarto julgamento do caso. A defesa diz contar com o depoimento de um ex-policial federal e um documento inédito que provaria que a arma do crime foi fornecida por um delegado. "Pode até comprometer o Ministério Público", diz o advogado Arnaldo Lopes. Bida foi absolvido uma vez e condenado duas. No último julgamento, em 2010, foi condenado, mas o STF anulou a decisão por considerar que a defesa foi cerceada - FSP, 18/9, Poder, p.A13. |
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Florestas
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"Recentemente, um programa rural na TV apresentava o plantio promissor de mogno africano, que, entre outras vantagens, teria o fato de não ser nativa do Brasil e, portanto, não apresentava problemas com a legislação ambiental. A legislação brasileira foi incorporando uma série de controles com objetivo de proteger as florestas naturais e evitar sua exploração indiscriminada. Porém, esses instrumentos se tornaram inibidores do investimento em plantio de espécies nativas. É preciso uma revisão em toda regulamentação com foco em tornar o reflorestamento com espécies nativas e sua posterior colheita uma atividade absolutamente desburocratizada e incentivada. Este processo pode começar com a regulamentação do novo Código Florestal, já que a silvicultura de espécies nativas pode ser a principal atividade econômica para dar sustentação à urgente e necessária recuperação das áreas de reserva legal nas propriedade rurais", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 19/9, Opinião, p.19. |
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"Hoje, a Frente Parlamentar Ambientalista anuncia a exclusão de Minas do movimento. Tudo por causa do papelão que a Assembleia protagonizou na lei florestal mineira", coluna de Sonia Racy - OESP, 18/9, Direto da Fonte, p.C2. |
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Geral
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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), propôs ontem em reunião com os líderes da Casa rejeitar o projeto do novo Código da Mineração se o governo não retirar até hoje o regime de urgência constitucional sobre a proposta, que tem trancado a pauta do plenário há mais de um mês e impedido a votação de outras matérias. A proposta teve apoio de várias bancadas. A ideia é rejeitar o texto atual para destrancar a pauta e apresentar um novo projeto sobre o mesmo tema, com regime de urgência regimental - o que permite que o texto seja votado direto no plenário, sem precisar passar pelas comissões - Valor Econômico, 18/9, Política, p.A8. |
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Em quilombos do Vale do Ribeira (SP), embora a ascendência africana tenha ligeiro predomínio, cerca de 40% do patrimônio genético dos moradores parece ser de origem europeia, enquanto 20% teria sido legado por indígenas. Os resultados vêm de um estudo das pesquisadoras Lilian Kimura e Regina Mingroni-Netto, do Instituto de Biociências da USP. Elas analisaram amostras de DNA de 307 quilombolas de dez comunidades no Vale do Ribeira. Os dados foram publicados na revista "American Journal of Human Biology". As proporções de ancestralidade africana, europeia e indígena encontradas pelas pesquisadoras batem, grosso modo, com resultados obtidos em quilombos da Amazônia - FSP, 18/9, Ciência, p.C9. |
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Liberdade para a pesquisa científica
"Aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Lula em 2005, a Lei de Biossegurança apresenta barreiras intransponíveis para o desenvolvimento da indústria biotecnológica no Brasil, que impedem o avanço nas pesquisas e no uso de alimentos geneticamente modificados. Para combater o obscurantismo que permeia o debate, está em tramitação na Câmara um projeto de lei que altera o texto da lei e derruba algumas dessas restrições. A Organização Mundial da Saúde divulgou um estudo em 2005 que mostra que os organismos transgênicos não oferecem maiores riscos", artigo de Roberto Freire, deputado federal (PPS) - O Globo, 18/9, Opinião, p.19. |
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