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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Manchetes Socioambientais - 3/9/2013

Direto do ISA

 
  Com outras instituições parceiras - e já como parte das ações da Mobilização Nacional Indígena - o ISA participa hoje, terça-feira, às 16h, do tuitaço contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, cuja comissão especial pode ser instalada esta semana (prevista para amanhã, quarta-feira). Para participar use a hashtag #PEC215Nao - Blog do ISA, 3/9.
   
 

Energia

 
  O debate sobre as hidrelétricas com reservatório na Amazônia não tem apenas entraves socioambientais, como sempre se disse. A questão tem também impedimentos técnicos. "Os melhores locais já foram utilizados. Não há mais muitas opções para colocar reservatórios plurianuais", diz o engenheiro Rafael Kelman, diretor da PSR, empresa de consultoria na área de energia. Perto de 60% do potencial hidrelétrico a ser explorado está na Amazônia, mas boa parte da região tem topografia plana. "Fora alguns casos, não há muitas usinas que possam ter reservatórios", reconhece Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - Valor Econômico, 3/9, Especial, p.A14.
  Especialista em energias renováveis, o engenheiro elétrico professor da Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia, na Alemanha, Ingo Stadler fez as contas. Tecnicamente, daqui a sete anos o mundo poderia viver sem queimar combustíveis fósseis. Porém, a equação também precisa levar em conta variáveis políticas e econômicas. Neste caso, admite, é difícil acreditar que investimentos feitos em exploração de petróleo, por exemplo, serão abandonados em tão pouco tempo, apesar das desvantagens ambientais, entre elas as emissões de gases-estufa. Para incentivar as fontes renováveis de energia, Stadler defende, em entrevista, a redução de taxas de importação para geradores eólicos e solares de energia - O Globo, 3/9, Amanhã, p.18 e 19.
  A Aneel identificou "porte inadequado" da vegetação sob as linhas de transmissão que caíram no dia 28 de agosto e deixaram os nove estados do Nordeste sem energia após uma queimada, no Piauí. Essa situação poderá implicar penalização dos concessionários responsáveis pelas linhas. Segundo fiscalização da agência, foi caracterizada a "falta de limpeza das faixas, por onde passa a linha de transmissão Ribeiro Gonçalves - São João do Piauí", operada pelas concessionárias Taesa e Ienne. "Em virtude das evidências de que a queimada da vegetação causou os desligamentos, a Agência instruirá os consequentes processos administrativos para a determinação das responsabilidades e punições" - O Globo, 3/9, Economia, p.19; OESP, 3/9, Economia, p.B4.
  Uma das bacias hidrográficas mais importantes do Brasil, a do rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo, sofre os impactos causados pela degradação ambiental e sua vazão pode se tornar insuficiente para atender à atividade econômica da região. A elétrica mineira Cemig e a mineradora Vale, por exemplo, já estão desligando duas hidrelétricas na região - Aimorés e Porto Estrela (que também pertence à Coteminas) - em determinados horários do dia, devido à baixa vazão do rio. "A produtividade de energia é inibida pela degradação da bacia", conta o gerente de planejamento energético da Cemig, Marcelo de Deus - Valor Econômico, 3/9, Especial, p.A14.
  Um acordo entre o Ministério Público Federal (MPF) e a concessionária de energia elétrica AES Tietê pode levar à derrubada de 357 imóveis construídos na área próxima da represa da usina hidrelétrica de Água Vermelha, no Rio Grande, entre São Paulo e Minas Gerais. Entre as propriedades ameaçadas estão ranchos e casas de veraneio construídas, segundo o MPF, de forma ilegal em área pública. A população da área tem 60 dias para tentar obter uma licença ambiental ou desocupar a região para que seja feita a recuperação ambiental - o MPF alega que as ocupações irregulares prejudicam a preservação da área. Segundo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo MPF e pela AES, a concessionária terá 180 dias para entrar com a ação de reintegração de posse das propriedades que não conseguirem atender à exigência - OESP, 3/9, Metrópole, p.A14.
 
A Tokyo Electric Power Co., operadora da usina nuclear de Fukushima, disse ontem que uma equipe de monitoramento encontrou uma nova área com alta radiação perto dos tanques utilizados para armazenar água contaminada. O governo do Japão deve anunciar hoje novas medidas para resolver problemas no controle do vazamento de água radioativa em Fukushima - OESP, 3/9, Internacional, p.A10; O Globo, 3/9, Mundo, p.25.
 
Pesquisa mostra que nunca se consumiu tanta eletricidade como agora. Só a Tecnologia da Informação (TI) e os sistemas em nuvem utilizam mais energia hoje do que todas as pessoas do planeta em 1985 - O Globo, 3/9, Amanã, p.16.
   
 

Geral

 
  O projeto "Riqueza de Espécies em Regiões Montanhosas da Amazônia Brasileira: Diversidade e Conservação", ou simplesmente "Montanhas da Amazônia", realizado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro em parceria com a Natura, tenta registrar a riqueza florística dessas áreas em que pouca ou nenhuma coleta botânica já foi realizada. Depois de passar, entre 2011 e 2012, por lugares de difícil acesso, como Serra do Aracá (Amazonas), Serra da Mocidade (Roraima) e Pico da Neblina (Amazonas), a equipe coordenada pelo pesquisador Marcus Nadruz Coelho iniciará sua quarta e última expedição no próximo dia 16, alcançando o Monte Caburaí (Roraima) e voltando à Serra da Mocidade. A cada viagem são trazidas de 800 a mil amostras. O material coletado está sendo estudado e um livro será publicado com o resultado da expedição - O Globo, 3/9, Amanhã, p.7.
  Metade da superfície do planeta é coberto por águas internacionais. Esta imensa área acaba sofrendo diversos impactos, que não podem ser controlados por nenhum país. Em junho de 2012, a Rio+20 frustou ambientalistas que esperavam a criação de novos mecanismos para a preservação dos oceanos, como um mecanismo legal capaz de criar unidades de proteção. Um ano depois, as negociações foram retomadas. Um grupo de trabalho se reuniu em Nova York no mês passado para discutir os termos de um novo tratado global para conservar e proteger a biodiversidade marinha em águas internacionais. Eles têm até o final da 60ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que começa em setembro de 2014 e termina em agosto de 2015, para tomar esta decisão - O Globo, 3/9, Amanhã, p.8 e 9.
  Uma das menores nações do mundo, as Ilhas Maldivas correm o risco de serem engolidas pelo Oceano Índico. Com elevação média de apenas 1,5 metro, o arquipélago viu o nível do mar subir 17 centímetros desde 1900, e o derretimento de geleiras nos polos aumentará este índice em, no mínimo, 5 centímetros até o fim deste século. Para evitar o sumiço do país, o governo local contratou a empresa holandesa Docklands International para construir diversas ilhas flutuantes. A edificação de duas está em estágio avançado. O arquipélago tem hoje 393 mil habitantes, distribuídos em quase mil ilhas. O avanço do mar provoca migrações populacionais e perda de terras cultiváveis, comprometendo a economia local - O Globo, 3/9, Ciência, p.26.
  Os motivos são variados, mas cresce o número de moradores de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo que cultivam hortaliças e frutas em seus apartamentos e casas. Quem não tem jardim, usa a varanda, o telhado e até um cantinho mais iluminado da sala ou da cozinha para experiências agrícolas. A meta pode ser a busca pelo sabor dos alimentos frescos e sem agrotóxicos e o aumento das opções do cardápio. Para muitos, de donas de casa a administradores de shoppings centers, cultivar na cidade é uma forma sustentável para solucionar o problema do lixo orgânico - O Globo, 3/9, Amanhã, p.10 a 15.
  Apesar da queda de investimentos nacionais, Brasil se mantém como o mercado mais verde da América Latina e do Caribe, de acordo com o índice Climatescope publicado esta semana - O Globo, 3/9, Amanhã, p.20 a 22.
   
 

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