Se todas as companhias aéreas internacionais fossem um país, seria o sétimo maior emissor de gases do efeito do planeta. Portanto, estabelecer algum tipo de limite para o setor é algo tido como muito importante por todos aqueles preocupados com os impactos do aquecimento global.
Diante disso, a União Europeia (UE) vem tentando há anos incluir a aviação no Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS). Segundo os planos originais, todas as companhias decolando ou pousando em aeroportos europeus deveriam entrar para o EU ETS, mesmo se fossem sediadas em países estrangeiros. Porém, devido às acusações de que estava indo além de seu direito ao querer estipular “taxas” sobre empresas internacionais, o bloco recuou e deu um ano para a Organização Internacional da Aviação Civil (OACI) apresentar outra solução.
Esse prazo vai acabar em novembro, e segundo rascunhos de documentos da próxima Assembleia Geral da OACI, que vai se realizar no dia 24 de setembro, a entidade vai pedir que qualquer tipo de controle sobre as emissões do setor só seja posto em prática após 2020, quando um novo acordo climático internacional entrará em vigor.
A UE ainda estaria tentando negociar, e pretende tentar exercer sua autoridade para que pelo menos alguma parte das emissões sejam incluídas no EU ETS.
A proposta sugere que cada voo chegando ou partindo da Europa tenha suas emissões divididas, fazendo com que 50% seja responsabilidade da nação onde aconteceu a decolagem e os outros 50% do país destino. Assim, a UE poderia pelo menos cobrar das empresas compensações pela metade da liberação de gases do efeito estufa.
A intenção é que a OACI e as empresas concordem com essa medida para que ela possa entrar em vigor em 2016, como uma ação temporária até o acordo de 2020.
Os Estados Unidos estariam satisfeitos com a sugestão europeia, mas Índia e China ainda seriam obstáculos.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
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