por Ludmila do Prado, especial para o Ethos
Foto: Clovis Fabiano
Optimale desenvolve tecnologia para detectar vazamentos no sistema de distribuição, gerando economia do recurso natural e de dinheiro.
A Optimale Soluções Tecnológicas, empresa que nasceu na cidade de São Carlos fruto da pesquisa e desenvolvimento de oito estudantes, desenvolveu software como serviço em nuvem integrado a sensores que conseguem quantificar, monitorar e detectar perdas de água na rede de distribuição.
A equipe atualmente é formada por mestres e doutores que já se dedicavam a pensar em sistemas de abastecimento. Com a confirmação prevista de demanda, é possível instalar 40 mil sensores em sistemas de todo território nacional e a empresa pretende ter 2.600 destes pontos instalados até 2018, evitando a perda de R$ 7 bilhões por ano com perdas do líquido.
A produção atual é de 10 aparelhos por semana que podem ser facilmente instalados nas redes. Os clientes pagam somente pela informação. O CEO da empresa, Peter Cheung, responsável pela apresentação do negócio durante a primeira mesa do Sebrae “Análise do Modelo de Negócios Sustentáveis”, realizada na Conferência Ethos 2013, explicou que o serviço funciona como se fosse uma assinatura de televisão.
“Ninguém dá importância ao aparelho colocado acoplado à TV – o que os clientes querem é a qualidade na programação. Com o Ologger (nome dos sensores instalados) acontece o mesmo: instalamos o aparelho e cobramos pela informação aprimorada que somos capazes de oferecer”, explicou. Hospitais e hotéis são potenciais grandes clientes.
Para isso, a Optimale planeja oferecer aos clientes um programa de milhagens que torne possível trocar pontos, adquiridos por meio da economia de água, por produtos na internet, em um sistema “gamification”.
Tudo em casa – Uma das vantagens competitivas do negócio é possuir e dominar tecnologia própria, fator importante para tornar o custo mais acessível. O modelo inovador de gestão também é um ponto forte da Optimale. Assim, ao receber o pagamento pela informação mensal e oferecer o aparelho em comodato, cada ponto pagará R$ 200,00 por mês para a empresa.
Atualmente para atingir a sustentabilidade financeira, a empresa precisa de um aporte de R$ 1,5 milhão para ser utilizado nas ações comerciais, no registro da propriedade intelectual e homologação de produtos na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), equipe de suporte técnico e melhoria da plataforma.
Em última instância, a Optimale quer gerar a conscientização do consumidor com relação ao uso da água. “Quero que o consumidor valorize a água”, disse Cheung.
* Publicado originalmente no site Conferência Ethos 2013.
(Envolverde)
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