Direto do ISA
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Depois de dois anos do início das obras da usina de Belo Monte, em Altamira (PA ) e municípios vizinhos, o Programa Integrado de Saúde Indígena, criado como condicionante para a Licença Ambiental do empreendimento, não saiu do papel e a concessionária Norte Energia S.A, não contratou empresa para executar as ações - Direto do ISA, 9/7. |
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Energia
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Responsável pelo monopólio da cadeia do urânio, a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) estabeleceu metas para ampliar a produção nacional nos próximos cinco anos. Uma das prioridades é iniciar o processo de licenciamento de uma nova área de mineração em Caetité (BA) -atualmente, só é explorada no país a chamada lavra 13, no mesmo município. A meta é inaugurar em 2015 a lavra 9, que renderia mais 350 toneladas ao ano. A INB espera receber neste ano aval para aprofundar a exploração da lavra 13, com a expectativa de conseguir outras 380 toneladas anuais. O licenciamento é feito pelo Ibama e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. Até 2017, a meta é implantar a exploração no município cearense de Santa Quitéria, onde o urânio é encontrado associado ao fosfato - FSP, 9/7, Mercado, p.B2. |
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Energia mais suja e cara
"Entre 2005 e 2010 houve uma enorme mudança no padrão de emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Dados divulgados em junho pelo Ministério da Ciência e Tecnologia mostram que as emissões totais de GEE do Brasil caíram 38,7%, resultado explicado pela queda de mais de 70% das emissões oriundas de desmatamento. Por outro lado, as emissões dos demais setores cresceram quase 12%, puxadas principalmente pelo setor de energia, que aumentou em 21,4% as emissões. Enquanto isso desperdiçamos cerca de 2 GWh de potencial de produção eólica (já instalados e prontos para operar) e outros 4 GWh de cogeração com bagaço de cana por falta de linhas de transmissão e entraves burocráticos. Se estivessem sendo aproveitados estaríamos evitando mais de 50% das emissões das termoelétricas ligadas nos últimos meses", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 10/7, Opinião, p.17. |
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"A realização, em agosto, do primeiro leilão em cinco anos para a oferta de energia elétrica a ser gerada em usinas térmicas que utilizam o carvão como combustível sintetiza o que o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, chama de 'paradoxo ambiental' no setor. De fato, a maior utilização de usinas térmicas - inclusive as que usam carvão - tende a piorar a qualidade do ar, mas ela decorre de restrições ambientais à ampliação da geração hidrelétrica, que não polui o ambiente. A necessidade de garantir o fornecimento futuro de energia elétrica, sem que o consumidor pague demais por isso, forçou a escolha das usinas a carvão", editorial - OESP, 9/7, Notas e Informações, p.A3. |
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Setor energético precisa de mais transparência
"Todo mundo parece saber o custo das energias renováveis, mas ninguém sabe o custo real dos combustíveis fósseis e da energia nuclear a médio e longo prazos. Manter o máximo da opacidade serve apenas para que o atual modelo de energia não mude. Urge resolver essas contradições: não se pode defender a criação de empregos através da economia verde, com uma regulação que os destrói e terceiriza a indústria nacional de renováveis; não se pode defender as energias renováveis em discursos e impor, ao mesmo tempo, um maior consumo de carvão e gás. É necessário passar de uma cultura que promove maior consumo de energia de combustíveis fósseis para uma que é baseada na economia de energia e das emissões de CO2", artigo de Javier García Breva - O Globo, 9/7, Amanhã, p.23. |
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Mudanças Climáticas
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Amazônia e o clima
Um estudo feito pelo Instituto Potsdam para Pesquisas de Impacto Climático revelou que, até 2100, dez por cento da população mundial estarão vivendo em uma região severamente afetada por mudanças climáticas. O trabalho, que será publicado no próximo número do periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences", aponta ainda que a Amazônia, o Mediterrâneo e a África Oriental serão as áreas mais afetadas. Em janeiro, a NASA já havia alertado que a floresta não vem conseguindo se recuperar das secas - O Globo, 9/7, Amanhã, p.19. |
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Medida global para o aquecimento
O Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC, na sigla em inglês) já estabeleceu as diretrizes para calcular quanto os países emitem de gases de efeito estufa. Porém, ainda não há um padrão internacionalmente aceito capaz de fazer a mesma conta em nível municipal. Essa deficiência poderá ser sanada por 33 cidades de diversas partes do mundo, inclusive o Rio de Janeiro. O grupo, que conta com o apoio de centros de pesquisa, das Nações Unidas e de ONGs, trabalha para construir um modelo matemático capaz de estimar as emissões municipais de gases-estufa. O objetivo é que o modelo esteja pronto em 2014 - O Globo, 9/7, Amanhã, p.7. |
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Cidades
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Inea vai licitar operação do cadastro ambiental
O Instituto estadual do Ambiente (Inea) vai contratar uma empresa para desenvolver e operar o sistema de atualização do Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas do Rio de Janeiro, diz a presidente Marilene Ramos. O edital para a licitação, continua ela, deverá sair até o fim deste mês. "O Inea, sozinho, não tem estrutura para monitorar, cobrar, notificar e multar todas as áreas e os responsáveis. Com a licitação, vamos ganhar agilidade na expansão do cadastro", explica. A primeira edição do relatório, publicada no mês passado, traz um mapeamento de 160 regiões contaminadas e reabilitadas para uso. Um terço delas (56) fica na capital fluminense. Já está definido que o cadastro será integrado ao Registro Geral de Imóveis. Os cartórios receberão comunicado do Inea sobre a decisão - O Globo, 9/7, Economia, p.A20. |
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Reciclagem
A Bolsa de Valores Ambientais do Rio lança plataforma para negociar créditos de logística reversa de embalagens, em outubro. Empresas poderão adquirir os créditos de cooperativas de catadores. "A indústria vai pagar pelo serviço ambiental prestado por esses trabalhadores", diz Maurício Moura Costa, da BVRio. O projeto é parceria com o MNCR, o movimento nacional de catadores. E está inserido na Política Nacional de Resíduos Sólidos. O cadastro de cooperativas começa 6ª. Haverá créditos de plástico, metais, papel e vidro, cobrindo 15 produtos - O Globo, 10/7, Economia, p.22. |
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385 Cidades brasileiras deixaram de vender o óleo diesel S-1800
"385 Cidades brasileiras deixaram, desde o início do mês, de vender o óleo diesel S-1800 e passaram a adotar o S-500, com menor teor de enxofre. Com isso, já são três mil dos 5,5 mil municípios emitindo menos poluentes. De acordo com a ANP, até 2014 o diesel S-1800 será totalmente retirado do mercado. As grandes cidades, como o Rio, já utilizam o S-10 ainda menos prejudicial à saúde e ao ambiente", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 9/7, Amanhã, p.18. |
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Livros
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O tempo já não avança mais. Só o agora interessa. Com a disseminação da tecnologia digital, nos tornamos escravos do presente. Os políticos colocam o consenso à frente dos grandes objetivos; e, em vez de acumular capital, o mercado prefere realizar transações satisfatórias apenas para aquele momento. Da mesma forma, a biodiversidade é devastada para manter nosso modo de produção funcionando a pleno vapor. Todos os problemas do planeta são urgentes. Trata-se de um de um diagnóstico sobre o mundo contemporâneo. Quem o faz é Douglas Rushkoff, professor de estudos de mídia na The New School University de Manhattan. Em seu último livro "Present shock: When everything happens now" ("Choque do presente: quando tudo acontece agora"), lançado nos EUA, ele afirma que as mídias digitais aboliram a ideia de amanhã - O Globo, 9/7, Amanhã, p.12 a 14 |
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Graças à diversidade e velocidade de informação da cultura digital, além de seu poder de conectividade e de formação de redes, uma nova forma de militância ecológica está nascendo. Talvez ainda seja cedo para saber onde ela vai dar, mas a tendência é acompanhada de perto pelas universidades. No livro "Redes digitais e sustentabilidade: As interações com o meio ambiente na era da informação", os pesquisadores Massimo Di Felice, Julliana Cutolo Torres e Leandro Key Higuchi Yanaze, da Atopos (uma rede internacional pesquisa da Universidade de São Paulo) mostram que as conexões se expandem ao alcance de todos os conectados e auxiliam no despertar da necessidade de uma relação tecnologicamente sustentável, mudando profundamente a relação entre sociedade e ambiente - O Globo, 9/7, Amanhã, p.16. |
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Geral
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Dilma recebe lideranças indígenas
Dilma recebe hoje, pela primeira vez em seu governo, as lideranças de quase vinte etnias indígenas. Ela aproveita para anunciar um programa de saúde para o grupo, mas não deve mudar a política de menos demarcações de novas terras - FSP, 10/7, Poder, p.A4. |
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Áreas de risco da fauna gaúcha
Caça, doenças e perda de habitat colocam em perigo o primata bugio-ruivo no Rio Grande do Sul. Símbolo do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, o mamífero é um dos 274 animais considerados ameaçados pelo mais importante estudo já feito sobre o estado de conservação da Fauna gaúcha, publicado na semana passada. O trabalho mobilizou 275 especialistas de 70 instituições brasileiras e estrangeiras, que ajudaram a avaliar 1,6 mil animais nos padrões da União Internacional para a Conservação da Natureza. A situação dos bichos pode ser consultada na página da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (http://www.fzb.rs.gov.br/). Até a próxima segunda-feira, permanecerá aberta a consulta pública on-line - O Globo, 9/7, Amanhã, p.3. |
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Como se não bastasse a falta de chuvas, o Brasil vê se alastrar no Nordeste um fenômeno ainda mais grave: a desidratação do solo a tal ponto que, em última instância, pode torná-lo imprestável. Um novo mapeamento feito por satélite pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Lapis), que cruzou dados de presença de vegetação com índices de precipitação ao longo dos últimos 25 anos, até abril passado, mostra que a região tem hoje 230 mil km² de terras atingidas de forma grave ou muito grave pelo fenômeno. Hoje, o Ministério do Meio Ambiente reconhece quatro núcleos de desertificação no semiárido brasileiro. Somados, os núcleos de Irauçuba (CE), Gilbués (PI), Seridó (RN e PB) e Cabrobó (PE) atingem 18.177 km² e afetam 399 mil pessoas - O Globo, 9/7, Amanhã, p.8 a 11. |
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Venda de defensivos segue em alta no Brasil
As vendas de defensivos agrícolas continuam a crescer no Brasil, mas a intensidade de uso se manteve praticamente estável nos últimos anos - ao contrário do que faz supor a alcunha de 'campeão mundial no uso de agrotóxicos'. Entre 2007 e 2012, o volume de defensivos (considerando apenas o princípio ativo) aplicado nas lavouras cresceu 14%, para 346,6 mil toneladas no ano passado, segundo o Sindag, entidade que representa as fabricantes. O Brasil é o segundo maior mercado de defensivos agrícolas do mundo em valor de mercado - atrás apenas dos Estados Unidos. No ano passado, as vendas atingiram US$ 9,7 bilhões, um aumento de 14,4% ante o ano anterior. Desde 2007, a receita da indústria acumula um crescimento de mais de 80%, de acordo com informações do Sindag - Valor Econômico, 10/7, Agronegócios, p.B12. |
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