Lixo boiando nas ruas, bueiros e ralos entupidos, encostas tomadas por resíduos de todo o tipo foram as cenas mais comuns nas imagens de destruição e morte que marcaram o início do outono no Estado do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na madrugada de terça-feira, dia 06 de abril, e nos dias subseqüentes, quando o Rio de Janeiro, sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, e demais cidades que compõem a sua Região Metropolitana ficaram praticamente paralisadas.
Além dos prejuízos incalculáveis gerados pela suspensão das atividades industriais, comerciais e de serviços, e também sociais, somente a cidade do Rio de Janeiro precisará, agora, de R$ 370 milhões para se recuperar dos estragos provocados pelas chuvas que atingiram o estado desde segunda-feira e já mataram 131 pessoas, deixando ainda milhares de desabrigados.
Segundo estimaram especialistas em reportagem no Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, o custo diário do tratamento dos resíduos sólidos urbanos – um dos grandes vilões das enchentes, deslizamentos e da degradação dos sistemas de drenagem urbana – é de cerca de R$ 300 mil por dia. Projetados para os 365 dias do ano, essa cifra chega a R$ 109,5 milhões no Rio, ou seja, menos de 30% das verbas de emergência que a Cidade terá que desembolsar para consertar os estragos da chuva e da falta de ações preventivas.
Independente das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI), que impôs como condição, até 2016, a erradicação dos lixões e aterros clandestinos, dispor de forma adequada o lixo urbano é hoje uma questão estratégica para o bom funcionamento e mobilidade das cidades. As sucessivas inundações que vêm ocorrendo nas principais cidades brasileiras comprovam essa premência. Com as evidentes mudanças climáticas no planeta, que vem alterando o fluxo e a incidência de chuvas, é visível a ineficiência da infraestrutura de drenagem das grandes metrópoles, agravada pelo acúmulo de resíduos de toda a espécie nesses sistemas. Nesse contexto, o impacto dos resíduos, inclusive os decorrentes da construção e demolição urbanas, responsável por mais de 50% do lixo depositado nas ruas e calçadas, é indiscutível e se mostra como um desafio inadiável para reduzir os custos de investimento e manutenção nos sistemas de drenagem, especialmente dos grandes centros urbanos.
Discutir possíveis soluções, ações preventivas e experiências bem sucedidas em cidades brasileiras para solucionar o problema será o foco do Workshop sobre Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos – O Impacto dos Resíduos da Construção e Demolição, que será realizado no próximo dia 20 de abril, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Organizado pela Planeja & Informa Comunicação e Marketing, empresa com mais de 20 anos de experiência na área de Saneamento Ambiental, o evento conta com apoio de empresas (Carioca Engenharia e Caenge Ambiental) e entidades como a ABRELPE, ABETRE, ABCE, ligadas às atividades de gestão de resíduos. O objetivo é pretende reunir técnicos das áreas de limpeza urbana das prefeituras, gestores públicos, engenheiros, arquitetos, empreiteiros, administradores, consultores, executivos dos governos federal, estaduais e municipais, ministérios, associações de classe, empresários, prestadores de serviços e universidades (públicas e privadas), ONGs e Ministério Público.
Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos
Para se inscrever basta preencher a ficha em anexo, clicando no banner e encaminhar para:
cristiana.iop@planejabrasil.com.br
TAXA DE INSCRIÇÃO – R$ 250,00
AGENDA
08:30 ÀS 09:00 CREDENCIAMENTO
* Em processo de confirmação
09:00 ÀS 10:00 PALESTRA DE ABERTURA
“O impacto dos resíduos da construção e demolição na vida urbana”
Convidado:
Tarcisio de Paula Pinto – Arquiteto – I&T Informações e Técnicas em Construção Civil (Confirmado)
10:00 ÀS 11:00 PAINEL
“Resolução 307 – Gestão adequada do RCD”
Convidados:
Marcos Pellegrini Bandini, Gerente de Projeto do Departamento de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente
Maria Salette de Carvalho Weber, Coordenadora Geral do PBQP-H (Confirmado)*
ABNT
11:00 ÀS 11:20 INTERVALO
11:20 ÀS 12:20 PALESTRA
“Modelos de Gestão dos RCD – A experiência do Sinduscon-SP”
Convidado:
André Aranha Campos, Coordenador do Comitê de Meio Ambiente do Sinduscon- SP
12:20 ÀS 14:00 INTERVALO PARA ALMOÇO
14:00 ÀS 14:30 Estudo de Caso
Convidado:
Prefeitura de Americana
14:30 ÀS 15:00 Estudo de Caso
. Programa de Gestão de Resíduos para os municípios da Baixada Fluminense
Convidados:
Walter Plácido, Superintendente de Qualidade Ambiental da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro
15:00 ÀS 16:00 PALESTRA
“Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil – Como e onde conseguir Financiamento”
Convidado:
Rogério de Paula Tavares, Superintendente Nacional de Saneamento e Infra-estrutura da CAIXA (Confirmado)
16:00 ÀS 16:20 INTERVALO PARA O CAFÉ
16:20 ÀS 17:20 PALESTRA
“Produtos e serviços”
. Fabricantes de materiais, equipamentos
. Prestador de serviços (gestão de resíduos)
17:20 ÀS 18:20 Estudo de Caso
“Modelos de 3R’s”
. Sustentabilidade na construção
Convidado:
Empresa de construção
. Prefeitura de Belo Horizonte – “Projeto Sustentador: Coleta, Destinação e Tratamento de Resíduos Sólidos”
Convidado:
Lucas Paulo Gariglio, Diretor de Planejamento e Gestão da Superintendência de Limpeza Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte (Confirmado)
. Prefeitura do Rio de Janeiro
Convidado:
Nelson Machado, Coordenadoria de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro
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FONTE : EcoDebate, 09/04/2010
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