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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lixo potencializa efeitos dos temporais no Rio de Janeiro

Lixo boiando nas ruas, bueiros e ralos entupidos, encostas tomadas por resíduos de todo o tipo foram as cenas mais comuns nas imagens de destruição e morte que marcaram o início do outono no Estado do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na madrugada de terça-feira, dia 06 de abril, e nos dias subseqüentes, quando o Rio de Janeiro, sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, e demais cidades que compõem a sua Região Metropolitana ficaram praticamente paralisadas.

Além dos prejuízos incalculáveis gerados pela suspensão das atividades industriais, comerciais e de serviços, e também sociais, somente a cidade do Rio de Janeiro precisará, agora, de R$ 370 milhões para se recuperar dos estragos provocados pelas chuvas que atingiram o estado desde segunda-feira e já mataram 131 pessoas, deixando ainda milhares de desabrigados.

Segundo estimaram especialistas em reportagem no Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, o custo diário do tratamento dos resíduos sólidos urbanos – um dos grandes vilões das enchentes, deslizamentos e da degradação dos sistemas de drenagem urbana – é de cerca de R$ 300 mil por dia. Projetados para os 365 dias do ano, essa cifra chega a R$ 109,5 milhões no Rio, ou seja, menos de 30% das verbas de emergência que a Cidade terá que desembolsar para consertar os estragos da chuva e da falta de ações preventivas.

Independente das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI), que impôs como condição, até 2016, a erradicação dos lixões e aterros clandestinos, dispor de forma adequada o lixo urbano é hoje uma questão estratégica para o bom funcionamento e mobilidade das cidades. As sucessivas inundações que vêm ocorrendo nas principais cidades brasileiras comprovam essa premência. Com as evidentes mudanças climáticas no planeta, que vem alterando o fluxo e a incidência de chuvas, é visível a ineficiência da infraestrutura de drenagem das grandes metrópoles, agravada pelo acúmulo de resíduos de toda a espécie nesses sistemas. Nesse contexto, o impacto dos resíduos, inclusive os decorrentes da construção e demolição urbanas, responsável por mais de 50% do lixo depositado nas ruas e calçadas, é indiscutível e se mostra como um desafio inadiável para reduzir os custos de investimento e manutenção nos sistemas de drenagem, especialmente dos grandes centros urbanos.

Discutir possíveis soluções, ações preventivas e experiências bem sucedidas em cidades brasileiras para solucionar o problema será o foco do Workshop sobre Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos – O Impacto dos Resíduos da Construção e Demolição, que será realizado no próximo dia 20 de abril, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Organizado pela Planeja & Informa Comunicação e Marketing, empresa com mais de 20 anos de experiência na área de Saneamento Ambiental, o evento conta com apoio de empresas (Carioca Engenharia e Caenge Ambiental) e entidades como a ABRELPE, ABETRE, ABCE, ligadas às atividades de gestão de resíduos. O objetivo é pretende reunir técnicos das áreas de limpeza urbana das prefeituras, gestores públicos, engenheiros, arquitetos, empreiteiros, administradores, consultores, executivos dos governos federal, estaduais e municipais, ministérios, associações de classe, empresários, prestadores de serviços e universidades (públicas e privadas), ONGs e Ministério Público.

Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos

Para se inscrever basta preencher a ficha em anexo, clicando no banner e encaminhar para:

cristiana.iop@planejabrasil.com.br

TAXA DE INSCRIÇÃO – R$ 250,00

AGENDA

08:30 ÀS 09:00 CREDENCIAMENTO

* Em processo de confirmação

09:00 ÀS 10:00 PALESTRA DE ABERTURA

“O impacto dos resíduos da construção e demolição na vida urbana”

Convidado:

Tarcisio de Paula Pinto – Arquiteto – I&T Informações e Técnicas em Construção Civil (Confirmado)

10:00 ÀS 11:00 PAINEL

“Resolução 307 – Gestão adequada do RCD”

Convidados:

Marcos Pellegrini Bandini, Gerente de Projeto do Departamento de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente

Maria Salette de Carvalho Weber, Coordenadora Geral do PBQP-H (Confirmado)*

ABNT

11:00 ÀS 11:20 INTERVALO

11:20 ÀS 12:20 PALESTRA

“Modelos de Gestão dos RCD – A experiência do Sinduscon-SP”

Convidado:

André Aranha Campos, Coordenador do Comitê de Meio Ambiente do Sinduscon- SP

12:20 ÀS 14:00 INTERVALO PARA ALMOÇO

14:00 ÀS 14:30 Estudo de Caso

Convidado:

Prefeitura de Americana

14:30 ÀS 15:00 Estudo de Caso

. Programa de Gestão de Resíduos para os municípios da Baixada Fluminense

Convidados:

Walter Plácido, Superintendente de Qualidade Ambiental da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro

15:00 ÀS 16:00 PALESTRA

“Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil – Como e onde conseguir Financiamento”

Convidado:

Rogério de Paula Tavares, Superintendente Nacional de Saneamento e Infra-estrutura da CAIXA (Confirmado)

16:00 ÀS 16:20 INTERVALO PARA O CAFÉ

16:20 ÀS 17:20 PALESTRA

“Produtos e serviços”

. Fabricantes de materiais, equipamentos

. Prestador de serviços (gestão de resíduos)

17:20 ÀS 18:20 Estudo de Caso

“Modelos de 3R’s”

. Sustentabilidade na construção

Convidado:

Empresa de construção

. Prefeitura de Belo Horizonte – “Projeto Sustentador: Coleta, Destinação e Tratamento de Resíduos Sólidos”

Convidado:

Lucas Paulo Gariglio, Diretor de Planejamento e Gestão da Superintendência de Limpeza Urbana da Prefeitura de Belo Horizonte (Confirmado)

. Prefeitura do Rio de Janeiro

Convidado:

Nelson Machado, Coordenadoria de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro
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FONTE : EcoDebate, 09/04/2010

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