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sábado, 28 de fevereiro de 2009

A PRÓPRIA CASAN ANUNCIA MERDA NA ÁGUA EM SUAS FATURAS...


FOTO (arquivo do DC) : João Maurício e a fatura da CASAN
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Faturas destacam excesso de coliformes

O açougueiro João Maurício da Rosa, 45 anos, foi um dos moradores da Capital que levou um susto ao abrir a conta de água emitida pela Casan no mês de fevereiro. Nela, um aviso adverte que os indicadores de qualidade flúor (usado para prevenir cáries), coliformes totais (bactérias comuns) e escherichia coli (presentes no intestino de animais de sangue quente) estão fora do padrão de consumo da água. O primeiro está abaixo do normal. Os dois demais, acima.

O gerente de produto e meio ambiente do Laboratório Central de Santa Catarina, Gilberto Alves, explica que os coliformes totais estão presentes no ar, solo e água.

Por se tratar de bactérias comuns, não apresentam riscos à saúde. O problema, destaca, é que coliformes fecais podem fazer parte do grupo dos totais, e 90% desses coliformes fecais são escherichia coli.

– Essa bactéria pode indicar que a água esteve em contato com fezes e causar gastroenterite. Como isso é raro acontecer, o que mais preocupa é que é um sinalizador de outras bactérias patogênicas – comenta.

O bioquímico da Casan Luiz Carlos Gomes diz que o texto será modificado nas próximas contas.

Ele admite que o texto dá a entender é que a água está imprópria, mas alega que somente uma amostra, que pode ter sido colhida no início do mês, pode ter apontado problemas.

– Independentemente do número de amostras com resultados insatisfatórios, temos que dizer que determinado indicador está fora do padrão. Não há motivos para preocupação porque, quando isso ocorre, coletamos material no mesmo ponto e em pontos anteriores e posteriores em dias consecutivos, até resolver.

Rompimento de rede pode alterar resultados

Luiz Carlos também ressalta que, tanto coliformes totais quanto escherichia coli são organismos chamados indicadores, e não patológicos. Eles indicam que a água não está isenta de bactérias, mas não significam doenças para quem a consome.

– Mesmo depois de tratada, a água pode apresentar tais indicadores em função de um rompimento na rede, por exemplo. É importante dizer que, para causar danos à saúde, a carga bacteriana precisa ser muito elevada.
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FONTE : DC - 28/09/2009

3 comentários:

Anônimo disse...

Eventualmente podemos constatar positividade no exame bacteriológico, sem no entanto termos observado vazamento na rede. De praxe, geralmente, concluí-se que contaminações não se originam somente por rupturas de tubos. Portanto, deve a CASAN manter também vigilância sobre registros, hidrantes, reservatórios em geral, enfim, tudo que, não estando em perfeitas condições, possa contaminar a água da rede.
Também precisamos constatar que as dificuldades de lotação de pessoal, muito comuns em empresas de saneamento público, especialmente na operação dos sistemas, dificulta um maior controle e fiscalização. Não vamos mencionar o aspecto ligado ao pessoal que trabalha na rede de distribuição e reparos. Uma análise profunda neste quesito iria exigir uma dissertação a respeito deste caso, em específico.
No entanto, em virtude de alguns registros serem cobertos por terra ou pela pavimentação, ou as caixas de inspeção cheias de terra ou entulho, tornam-se inacessíveis. Como os registros de parada devem ser muitas vezes fechados o mais rapidamente possível para evitar acidentes, manobras de emergências e perda de água pelas rupturas, a importância de impedir este defeito, e possíveis contaminações, é indispensável.
Uma situação que, eventualmente, pode ocorrer é o fato de o exame bacteriológico apresentar positividade e ora negatividade. Quando isso ocorrer em uma determinada zona e com certa frequência, possivelmente estejamos diante de contaminação ocasionada por retorno de água de reservatório(s).
Por exemplo, devido à irregularidade na instalação (entrada pela parte de baixo do reservatório, bóia vedando acima do nível da canalização abastecedora, quando a entrada for correta, etc), nos momentos em que a demanda é grande a pressão no interior da rede se torna inferior a da atmosfera e, em consequência, a água do reservatório passa para a rede. Uma possível solução, se for este o caso, é vistoriar os reservatórios (públicos e domiciliares) e corrigir as irregularidades.
Quando por consertos de vazamentos, principalmente quando são removidas partes de tubos, podemos verificar as condições de conservação destes. Para isso é necessário que saibamos reconhecer cada situação para poder tomar as providências (pressão negativa - pode contaminar a água da rede -, tuberculização, corrosão, incrustação, etc).
Enfim, cada caso é um caso.
O importante é que cada um faça a sua parte. Como cidadãos e homens de bem. Todos saem ganhando.

Abraços.

Anônimo disse...

Outra coisa, o que aparece na conta de água, um resumo das análises físico-químicas e bacteriológicas, é apenas uma média anual. Não demonstra o que de fato ocorre. Os sistemas de água e esgoto são sistemas complexos. Nenhuma água ou esgoto é igual o procedimento de tratamento. Cada local tem as suas particularidades. Provavelmente o resultado que aparece é o de 2008 ou anterior.
A espectrografia nos diz que há mais mistérios entre o céu e água do que possa imaginar nossa insipiente e aparente sabedoria popular.

Ana Bittencourt disse...

um absurdo. é só o que eu posso dizer.