
Nas noites da praia do Pântano do Sul chegam dezenas de pescadores, de outras localidades da ilha, com suas tarrafas para pescar sardinha. Não se trata de cidadãos que chegam à praia para pegar uma porção de peixe para o próprio consumo. A grande parte destes pescadores captura grandes quantidades de sardinhas a ponto de não conseguir carregá-las para casa. O desperdício dos peixes é lamentável.
A pesca da sardinha está proibida até o dia 20 de fevereiro tendo em vista o cumprimento do defeso, período instituído pela instrução normativa do Ibama n°128 de 2006 . Logo, os pescadores estão impedidos de pescar a sardinha nesta fase de reprodução. O descumprimento da norma é estendido aos atuneiros, os grandes pescadores de atum que utilizam a sardinha como isca vivas. De fato, estes são os grandes predadores se comparados aos indivíduos que capturam o peixe com tarrafas.
No entanto, a ganância e o modo cruel como o homem se apropria da natureza indica que estamos longe de termos uma sociedade consciente. O grande empresário do setor pesqueiro é favorecido pelas leis ambientais, mas isso não minimiza a nossa responsabilidade individual sobre a preservação do ambiente. A falta de educação ambiental somada à fiscalização ineficaz colabora com a redução dos estoques pesqueiros, sendo iminente a extinção de algumas espécies, como ouvimos dos especialistas.
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FONTE : Evelyne Ávila (DC - 12/02/2009)
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