A Polícia de Proteção Ambiental investiga o funcionamento de uma carvoaria no interior do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Imaruí, no Sul de Santa Catarina. O crime foi descoberto após denúncias de que haveria um desmatamento na área de proteção ambiental. De acordo com o comandante da corporação, capitão Jefer Francisco Fernandes, a carvoaria foi encontrada na localidade de Laranjal, distante mais de 40 quilômetros da SC-437, principal via de acesso a Imaruí. A área desmatada tem cerca de um hectare de dimensão e fica próxima da encosta de um morro. Os policiais constataram o corte de madeiras nobres como canela, peroba e cedro, possivelmente utilizadas em madeireiras. — As melhores foram levadas e as que não poderiam ser utilizada nas serrarias também foram aproveitadas e viravam carvão — explica Fernandes. Cinco fornos de alvenaria para a produção do carvão vegetal foram encontrados na área desmatada. Pelas características do local e do desmatamento feito na Mata Atlântica, os policiais ambientais acreditam que o crime seja praticado há poucas semanas. Ninguém estava no local no momento da chegada da Polícia Ambiental. Moradores das comunidades mais próximas disseram desconhecer o funcionamento da carvoaria ou a passagem de caminhões para o transporte das árvores cortadas. O comandante Fernandes informou que uma equipe permanecerá na região nos próximos dias para buscar pistas e tentar descobrir os responsáveis pela carvoaria. Segundo o artigo 45 da Lei 9.605/98 (Lei da Natureza), cortar e transformar madeira de lei em carvão pode resultar na pena de um a dois anos de prisão e pagamento de multa.
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