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domingo, 8 de fevereiro de 2009

MEIO AMBIENTE EM FLORIANÓPOLIS - (4)


Poluição da Praia de Canasvieiras, Florianópolis :
Assim estava a praia de Canasvieiras hoje, domingo, a partir das 10h30min. Inicialmente, uma gigante mancha de óleo, que inviabilizou o banho de todos e, depois, um aporte incrível de lixo composto de baldes de agrotóxicos, garrafas de plástico, pedaços de madeira, restos de construção, casinha de cachorro, etc.

Os turistas, que lotavam a praia para aproveitar o notável dia de sol, ficaram à mercê de sua própria sorte.

Por maior que seja o amor que a gente devote a Florianópolis, como eu e minha esposa devotamos, a ponto de abandonar o Rio Grande do Sul e fixar residência em Canasvieiras, praia que adoramos, nos sentimos impotentes diante das agressões que esta ilha sofre.

São dezenas de crimes ecológicos que presenciamos diariamente, tais como construções irregulares em áreas de preservação permanente, mangues sendo receptores de lixo resultante de construções, pequenos incêndios nas encostas de morros, dezenas de terrenos baldios servindo de criadouros de roedores e insetos, pessoas inescrupulosas e sem o mínimo de consciência ambiental usando a água tratada da Casan para lavar automóveis e jatear calçadas sujas (quando uma vassoura resolveria o problema) etc.

Não bastasse tudo isso há uma lei tramitando na Câmara dos Deputados, a meu juízo inconstitucional, que se aprovada vai liquidar com o mais sagrado ecossistema, que deveria ser intocável, que é o Parque da Serra do Tabuleiro.

Meus irmãos de Santa catarina, a quem tanto amor devoto a ponto de me considerar um manezinho adotivo: acordem enquanto é tempo!
Senhores colegas da imprensa, usem seus veículos para protestar contra esse ataque contra essa ilha paradisíaca. A ilha é finita, tem recursos finitos, a sua população não pode tender exponencialmente ao infinito, os recursos da ilha não suportarão! Temos de pensar nos nossos filhos e netos, nas gerações futuras.

Escrevo este desabafo porque quero guardar isso como documento para que meus cinco netos não me acusem de omisso daqui a alguns anos.

Sou professor titular aposentado da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria (RS), onde fundei cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Florestal, etc. Fundei a disciplina de Ecologia e dela fui chefe durante 40 anos, trabalhei com José Lutzemberger na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Logo, sei do que estou falando. Tem embasamento técnico e legal o que estou dizendo.

Salvem este presente de Deus que é esta ilha da magia, antes que a situação aqui chegue ao ponto de não ter volta.

O texto foi enviado pelo leitor James Pizarro, com fotos de Heber Feldmann.
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FONTE : James Pizarro, no DC, edição de 21/12/2009.

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