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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Desiguadade Social, Energia, Florestas, Infraestrutura, Mineração, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas, Quilombolas
Ano 15
22/01/2016

 

Direto do ISA

 
  A Terra está esquentando rapidamente por baixo, e isso pode explicar por que ela esquentou menos na superfície do que se esperava na última década e meia. Um estudo publicado nesta segunda-feira sugere que os oceanos dobraram sua absorção de calor nos últimos 18 anos, com um terço do aquecimento indo para suas regiões mais profundas. Leia mais no site do Observatório do Clima. Direto do ISA, 22/1.
  A presidente retirou do Plano Plurianual 2016-2019 objetivos, metas e iniciativas voltadas para o fortalecimento das fontes renováveis na matriz energética brasileira, contradizendo seu discurso durante a COP de Paris, em dezembro passado Direto do ISA, 21/1.
  
 

Mineração

 
  A Polícia Federal interditou, na manhã desta quinta-feira (21), parte das operações da mineradora Vale e da siderúrgica ArcelorMittal Tubarão no porto de Tubarão, em Vitória, por suspeita de crime ambiental. A interdição foi determinada pelo juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, da 1ª Vara Federal Criminal, em medida cautelar solicitada pela Polícia Federal, que investiga supostos crimes ambientais praticados pelas empresas que atuam no Complexo Portuário de Tubarão. Na decisão, o juiz determina que a interdição seja mantida até que a emissão de poeira de carvão no ar e de pó de minério no mar de Vitória seja interrompida. Caso desrespeitem a decisão, as empresas podem ser multadas em 6,6% do faturamento de cada unidade FSP, 22/1, Cotidiano, p.B6.
  O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou ontem que o acordo com a mineradora Samarco para execução do plano de recuperação da área atingida pelo desastre de Mariana deve sair até a primeira semana de fevereiro, antes do carnaval. O acordo, esboçado em reunião com dirigentes da Samarco, prevê 38 ações, dos quais 19 na área socioambiental e 19 com foco socioeconômico, a serem desenvolvidas por uma fundação. Adams não deu muitos detalhes sobre as iniciativas. Esse acordo - negociado no âmbito da ação movida pela União e pelos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo contra a Samarco - foi alvo de críticas do Ministério Público Federal em Minas nesta semana. Os procuradores de Minas apresentaram 19 questionamentos ao governo O Globo, 22/1, País, p.6; OESP, 22/1, Metrópole, p.A15.
  A quantidade de lama depositada pela Samarco no reservatório de Fundão, que ruiu em novembro, em Mariana (MG), era maior do que a divulgada pela empresa. A informação consta do depoimento que o engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila, que projetou Fundão, deu à Polícia Federal em dezembro. Uma quantidade maior de lama, se não prevista, poderia comprometer a estabilidade da barragem, segundo o engenheiro. "A Samarco informava que a proporção de lama para rejeito arenoso era 30% de lama para 70% de arenoso, mas, na prática, sempre foi 40% de lama para 60% de arenoso", diz trecho do documento. Barragens como a que se rompeu, construída com o próprio material do rejeito, precisam ter seu nível de água controlado, "pois senão começam a aparecer situações de risco", disse Ávila à PF FSP, 22/1, Cotidiano, p.B6.
  Uma fundação que será criada pelo governo, mas financiada por mineradoras, será a responsável pela recuperação do rio Doce. Segundo a AGU (Advocacia-Geral da União), esse órgão, que terá um orçamento estimado em R$ 20 bilhões, será o principal instrumento de reparação dos impactos ambientais gerados pelo derramamento de lama de rejeito da barragem de Mariana (MG). A decisão de criar a fundação foi tomada em reunião entre a AGU e representantes das mineradoras Samarco, Vale e BHP –as duas últimas são as donas da Samarco, empresa responsável pela barragem. "Serão feitas novas rodadas para definir a governança, o financiamento, ações ambientais e econômicas. Esperamos fechar tudo na primeira semana de fevereiro", diz Luís Inácio Adams, advogado-geral da União FSP, 22/1, Cotidiano, p.B7.
  Indiciada este mês pela Polícia Federal em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Vale reservou apenas 0,1% do seu último orçamento de meio ambiente divulgado, referente ao ano de 2014, para a "preparação de resposta a emergências ambientais". O relatório de sustentabilidade da companhia mostra que US$ 1,2 milhão, de um total de US$ 864,8 milhões, foi destinado a essa rubrica. A empresa alega que o valor refere-se apenas a custos de gestão e que o gasto com ações efetivas foi diluído em outras rubricas mais genéricas como "recursos hídricos", "gestão de emissões atmosféricas" e "resíduos". O total voltado para a resposta a desastres ecológicos, porém, não foi especificado O Globo, 22/1, País, p.6.
  
 

Geral

 
  A Rota do Oeste, concessionária que pertence à Odebrecht Rodovias, vai investir R$ 2,7 bilhões para duplicar dois trechos da estrada BR-163, em Mato Grosso. Além desse valor, a empresa já gastou R$ 1,2 bilhão na duplicação de uma parte que está pronta, mas ainda não foi entregue. A obra inteira deverá terminar em 2019. A concessão é válida por 30 anos. Nesse período, a Rota do Oeste pretende investir R$ 5,5 bilhões. No total, serão 453 quilômetros de estradas duplicados. Nesta semana, foi publicada a autorização no Diário Oficial para que a Rota do Oeste possa desapropriar terrenos no norte do Estado. No ano passado, o Brasil exportou US$ 20,9 bilhões (R$ 86,7 bilhões) de soja. É o produto mais comercializado pelo país. O Mato Grosso foi o responsável por 27% disso FSP, 22/1, Mercado, p.A15.
  A Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará, afirmou que mantém a previsão de início de operação comercial da casa de força principal da usina em março. Conforme antecipado ontem, o mais recente relatório de fiscalização da Aneel prevê que a casa de força principal da hidrelétrica inicie a operação somente em 30 de maio. Em nota, a empresa informou que "desconhece os prazos determinados pela Aneel para o início de suas operações. A empresa trabalha rigorosamente de acordo com o cronograma do seu contrato de concessão, que prevê o início da operação da primeira máquina de Belo Monte em março de 2016" Valor Econômico, 22/1, Empresas, p.B2.
  Considerada uma das maiores vilãs do meio ambiente, a pecuária pode contribuir para retirar gases de efeito estufa da atmosfera. Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e escoceses no Cerrado avalia que o estímulo à intensificação das áreas de pastagens e a recuperação das áreas degradadas aumentariam a capacidade de absorção de carbono no solo. O Brasil é o maior exportador de carne bovina no mundo. Líder da pesquisa, o matemático Rafael de Oliveira Silva, pesquisador da Universidade de Edimburgo, desenvolveu um novo modelo para medir o impacto ambiental causado pela pecuária no Cerrado. Entre os ambientalistas vigora a ideia de que, se a demanda por carne diminuir, a pecuária será inibida e a área ocupada pelo gado passará por um processo natural de recuperação O Globo, 22/1, Sociedade, p.25.
  "O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, tem razão no que afirmou em entrevista: não existe certo ou errado na sua decisão de elevar a captação de água no sistema Cantareira. Terá havido um cálculo correto ou incorreto dos riscos, algo que só será possível estabelecer daqui a um ano. A Sabesp manteve a sobretaxa para quem consumir acima da média, mas dificultou há pouco a obtenção de bônus por quem economizar. Aumentar a retirada de água do Cantareira implicará elevar o consumo e, por consequência, recompor a receita da empresa. Beneficiária imediata dessa aposta, a população será sócia majoritária de seus riscos", editorial FSP, 22/1, Opinião, p.A2.
  
 
Imagens Socioambientais

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