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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Acordo destina 12 milhões para estudos sobre desastres ambientais

O foco é a recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce, afetada pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.

A catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do Ibama
A catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do Ibama

Ação conjunta entre entidades federais e estaduais irá gerar conhecimento para buscar soluções concretas às conseqüências de desastres ambientais como o ocorrido no município de Mariana, em Minas Gerais, no final do ano passado.
A iniciativa reúne o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e prevê o lançamento de um edital no valor de R$ 2 milhões.
Para isso, nesta quarta-feira, 27, foi assinado um acordo de cooperação entre os órgãos, momento que o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, avaliou como uma evidência da a capacidade das agências e da comunidade cientifica de trabalharem juntos na busca de soluções para problemas concretos. “Essa conjunção de esforços entre agências federais, agências estaduais e problemas reais, demonstra que o Brasil é capaz de enfrentar crise”, completou.
“O Brasil precisa, não só por esse caso (desastre em Mariana), incorporar ciência, tecnologia e inovação como política de estado, tal que, as políticas públicas sejam baseadas em evidências consensuais e não em opiniões individuais”, finalizou Hernan.
O presidente da Capes, Carlos Afonso Nobre, falou sobre a importância dos desastres naturais acontecidos nos últimos anos para a criação das políticas públicas relacionados ao tema. “No Brasil, nesta área de desastres naturais, nos estamos começando a construir alguns caminhos em que o conhecimento cientifico consegue de fato orientar políticas públicas”.
O edital
O edital, que deve ser lançado até o fim de fevereiro, prevê a contratação de propostas de estudo de pesquisadores abrangendo as áreas de solo, água, vegetação e fauna. Além, de estudos na área social como as consequências do desastre para agricultura, abastecimento, economia regional da bacia do rio e a população afetada.Também as áreas como hidrologia, engenharia de barragem, química, química ambiental, ecologia, biologia, oceanografia, mineralogia e meteorologia.
Entre outras ações, o edital irá oferecer bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, abrangendo cientistas nacionais e estrangeiros. A expectativa é que os estudos sejam feitos ao longo dos próximos quatro anos.
Estavam presentes na assinatura do acordo o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Afonso Nobre, o presidente em exercício da Fundação de Amparo a pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Sérgio Lacerda Beirão, o presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), José Antônio Bof Buffon, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.
Fonte: CNPq
in EcoDebate, 29/01/2016

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