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quarta-feira, 2 de abril de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, Energia, Lixo, Mudanças Climáticas, Quilombolas
Ano 14
02/04/2014

 

Mudanças Climáticas

 
  O Rio Madeira atingiu 25,44 metros ontem no município de Humaitá, sul do Amazonas - dois metros acima do nível registrado na cheia histórica de 1997. É o nível mais alto já atingido pelo rio desde que passou a ser monitorado. Apenas nesse município, o número de desabrigados chegou a 20,7 mil. A cidade está isolada desde fevereiro. Os governos estadual e federal reconheceram o estado de calamidade pública decretado pela prefeitura. Os flagelados são atendidos em 30 abrigos montados em escolas ou improvisados. O início do ano escolar foi adiado e 15 mil alunos estão sem aulas. Outros municípios amazonenses da calha do Madeira estão em estado de emergência - OESP, 2/4, Metrópole, p.A18.
  O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) errou todas as previsões feitas em março para o nível dos reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste. Previsto inicialmente para terminar em 41,3%, o número foi alterado para 38,5% e depois para 37,3%. No final, no entanto, o sistema - responsável por 70% do armazenamento do País - terminou com 36,27% de volume de água nas represas. A esperança agora é que o volume de chuvas de abril consiga elevar o nível dos reservatórios - OESP, 2/4, Economia, p.B6.
 
O comitê anticrise que monitora o Sistema Cantareira alertou a Sabesp que a utilização do chamado volume morto pode ser necessária antes do previsto nas Represas Jaguari-Jacareí, no interior paulista. Os dois reservatórios (considerados o coração do Cantareira porque armazenam 82% da água do manancial) estão com apenas 6,1% da capacidade, bem abaixo dos 13,4% de todo o sistema. Segundo estimativa do comitê, o volume útil do sistema, que ontem estava com 130,6 bilhões de litros, deve acabar em meados de julho. Para a Sabesp, no pior cenário, ele se esgota em 21 de junho. Segundo a empresa, as obras para captar 196 bilhões de litros do volume morto, que fica abaixo do nível das comportas, devem ser concluídas a tempo - OESP, 2/4, Metrópole, p.A15.
  A seca que atinge o Estado de São Paulo é considerada uma "situação extrema" pelos técnicos brasileiros que trabalharam na formulação do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado anteontem. A longo prazo, os estudos indicam que a chuva vai aumentar na Região Sudeste, mas ainda não há previsão de solução para a estiagem atual. "A situação que mais se assemelha à seca atual foi em 2001, mas naquele ano houve chuva muito acima da média em maio, mês que normalmente é de pouca chuva. Neste ano não deve chover assim, a seca deve se prolongar", diz José Marengo, um dos autores do relatório do IPCC - OESP, 2/4, Metrópole, p.A15.
  O novo relatório do IPCC aponta como principais efeitos da mudança climática no Brasil problemas na disponibilidade de água, com secas persistentes em alguns pontos e cheias recordes em outros. No Brasil, pela extensão territorial, os efeitos serão diferentes em cada região. A mudança climática deve prejudicar também a geração de energia, a agricultura e até a saúde da população. Na Amazônia, o padrão de chuvas já vem sendo afetado. Atualmente, a cheia no rio Madeira já passa dos 25 m -nível mais alto da história- e afeta 60 mil pessoas. No Nordeste, que nos últimos anos passou por secas sucessivas, as mudanças climáticas podem intensificar os períodos sem chuva, e há um risco de que o semiárido vire árido permanentemente - FSP, 2/4, Ciência, p.C9.
  Os impactos das mudanças climáticas no país comprometerão o rendimento das safras de trigo, arroz, milho e soja, produtos da cesta básica do brasileiro. Segundo prognósticos do IPCC, grandes populações de peixes deixarão a zona tropical nas próximas décadas, buscando regiões de alta latitude. Portanto, a pesca artesanal também será afetada. Segundo estudo realizado em 2009 por diversas instituições brasileiras, e que é citado no novo relatório do IPCC, as chuvas no Nordeste podem diminuir até 2,5mm por dia até 2100, causando perdas agrícolas em todos os estados da região. O déficit hídrico reduziria em 25% a capacidade de pastoreiro dos bovinos de corte. O retrocesso da pecuária será outro ataque à dieta do brasileiro - O Globo, 2/4, Ciência, p.29.
 
"Estão brincando com água. O governo de São Paulo e o governo federal estão colocando em risco o país pelo calendário eleitoral. O perigo é de que haja um colapso técnico do sistema Cantareira antes que fique pronta a obra para usar o volume morto. Ameaças aumentam sobre o sistema de energia do país. Nenhum dos dois governos quer fazer o que precisa ser feito: racionamento", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 2/4, Economia, p.20.
   
 

Geral

 
  A Prefeitura de São Paulo quer reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que é despejado nos aterros sanitários. A meta está prevista no Plano de Resíduos Sólidos, que será apresentado hoje pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Para atingir a meta, a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de lixo coletado por dia na cidade. A Prefeitura deve começar ainda neste mês a distribuir gratuitamente 2 mil equipamentos para que as pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o tratamento - OESP, 2/4, Metrópole, p.A15.
  "A natureza ímpar da propriedade conferida às comunidades quilombolas, respalda a não incidência desse imposto. De acordo com dados divulgados pelo Incra, em 2012, os territórios quilombolas já titulados representavam 0,12% do território nacional. O mesmo levantamento revela estimativa de que o total não chegará ao patamar de 1%. O processo de titulação, porém, avança carregando indefinições. É que tramita no STF uma ação direta de inconstitucionalidade que questiona o decreto. A ação pende de julgamento, mas já conta com um voto do ministro aposentado Cezar Peluso, pela inconstitucionalidade. Há também, no Congresso, proposta de decreto legislativo, que pretende sustar a aplicação do decreto", artigo de Claudio Lopes Cardoso Junior - Valor Econômico, 2/4, Legislação & Tributos, p.E2.
   
 
Imagens Socioambientais

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