filhotes são mortos em nome da moda
Apesar da indústria decadente, Canadá insiste em continuar com caça às focas
24 de abril de 2014
(da Redação da ANDA)
A temporada anual de caça às focas da Costa Leste começou recentemente, em meio a um cenário de desafios comerciais e judiciais em curso na Europa e reivindicações renovadas de grupos defensores de direitos animais que afirmam que a indústria de 400 anos de idade chegou ao fim. As informações são da Global Animal.
Rebecca Aldworth, diretora-executiva da Humane Society International do Canadá, disse que apenas 15 barcos sinalizaram a intenção de participar da caça, que normalmente se concentra em focas-harpa ao longo da costa nordeste de Newfoundland.
Com o mercado de produtos de foca fechado nos Estados Unidos, e também na maioria da Europa e da Rússia, a caça comercial é uma sombra do que foi um dia, quando sobrevivia à base de largos subsídios dos governos de Newfoundland e Labrador, mais precisamente nos últimos cinco anos, segundo Aldworth.
“A partir de uma perspectiva de mercado, a caça às focas está ultrapassada”, disse ela em uma entrevista, acrescentando que seu grupo retornará para os blocos de gelo para documentar a matança. “Os mercados ao redor do mundo se fecharam…É um setor que está mancando em crédito e subsídios”.
No entanto, o governo federal tem sido firme em seu apoio à caça, insistindo em defendê-la como uma prática “humana, sustentável e economicamente viável, importante para muitas comunidades costeiras”.
Gail Shea, Ministra da Pesca, admitiu que aqueles que se opõem à caça têm sido eficazes no fechamento dos mercados internacionais. Todo caçador de focas deve ser treinado em técnicas apropriadas de matar antes de ter a permissão para tomar parte na caça, disse ela. “Eles têm difundido informações equivocadas sobre a caça anual às focas do Canadá e os produtos à base de foca, por tanto tempo quanto eu estou nesta posição”, afirmou Shea em uma entrevista. “É extremamente injusto. Nós fizemos muito para garantir que a nossa caça às focas no Canadá é humana”.
“Eu acredito que há uma grande oportunidade na indústria de focas”, complementou Shea, acrescentando que Ottawa continua a investir no desenvolvimento de produtos.
Enquanto isso, a indústria continua a avançar com um processo judicial na União Europeia destinado a neutralizar a proibição de produtos derivados de focas, e o governo federal está apelando de uma recente decisão da Organização Mundial do Comércio, que defende a proibição.
A OMC concluiu em novembro que, se a proibição prejudica o comércio justo como alguns estão supondo, as restrições podem ser justificadas por “preocupações morais públicas” com o bem-estar animal.
No mês passado, a Ministra do Desenvolvimento do norte do Canadá afirmou que a decisão da OMC estabeleceu um precedente perigoso para futuras relações comerciais. Leona Aglukkaq disse que a organização estava errada ao citar razões morais para a sua decisão. Ela defendeu que a decisão deve ser derrubada porque discrimina injustamente os caçadores de focas do Canadá ao permitir que a Uniao Europeia proíba produtos de qualquer tipo de negócio que envolva a matança de animais. ”O comércio deve ser regido por fatos e evidências, e não com base em questões de moralidade ou alimentados pela desinformação”, disse ela.
A Humane Society International e outros grupos defensores de direitos animais estão sugerindo que Ottawa encerre essa indústria, amortecendo assim o impacto econômico pela oferta de recompra de licença da aproximadamente 6 mil caçadores, mas a Ministra rejeitou a ideia. “Eu não acredito que essa indústria esteja à venda”, afirmou ela, e acrescentou que cabe aos integrantes da mesma decidir o destino da caça às focas.
Sheryl Fink, diretora de campanhas de vida selvagem para o International Fund for Animal Welfare (IFAW), emitiu uma declaração dizendo que a caça tem estado “na UTI há vinte anos”. ”Nunca voltará aos níveis anteriores”, disse Fink. “Os europeus não querem produtos de uma indústria desumana, inútil e desnecessária”.
A temporada anual de caça às focas da Costa Leste começou recentemente, em meio a um cenário de desafios comerciais e judiciais em curso na Europa e reivindicações renovadas de grupos defensores de direitos animais que afirmam que a indústria de 400 anos de idade chegou ao fim. As informações são da Global Animal.
Rebecca Aldworth, diretora-executiva da Humane Society International do Canadá, disse que apenas 15 barcos sinalizaram a intenção de participar da caça, que normalmente se concentra em focas-harpa ao longo da costa nordeste de Newfoundland.
Com o mercado de produtos de foca fechado nos Estados Unidos, e também na maioria da Europa e da Rússia, a caça comercial é uma sombra do que foi um dia, quando sobrevivia à base de largos subsídios dos governos de Newfoundland e Labrador, mais precisamente nos últimos cinco anos, segundo Aldworth.
“A partir de uma perspectiva de mercado, a caça às focas está ultrapassada”, disse ela em uma entrevista, acrescentando que seu grupo retornará para os blocos de gelo para documentar a matança. “Os mercados ao redor do mundo se fecharam…É um setor que está mancando em crédito e subsídios”.
No entanto, o governo federal tem sido firme em seu apoio à caça, insistindo em defendê-la como uma prática “humana, sustentável e economicamente viável, importante para muitas comunidades costeiras”.
Gail Shea, Ministra da Pesca, admitiu que aqueles que se opõem à caça têm sido eficazes no fechamento dos mercados internacionais. Todo caçador de focas deve ser treinado em técnicas apropriadas de matar antes de ter a permissão para tomar parte na caça, disse ela. “Eles têm difundido informações equivocadas sobre a caça anual às focas do Canadá e os produtos à base de foca, por tanto tempo quanto eu estou nesta posição”, afirmou Shea em uma entrevista. “É extremamente injusto. Nós fizemos muito para garantir que a nossa caça às focas no Canadá é humana”.
“Eu acredito que há uma grande oportunidade na indústria de focas”, complementou Shea, acrescentando que Ottawa continua a investir no desenvolvimento de produtos.
Enquanto isso, a indústria continua a avançar com um processo judicial na União Europeia destinado a neutralizar a proibição de produtos derivados de focas, e o governo federal está apelando de uma recente decisão da Organização Mundial do Comércio, que defende a proibição.
A OMC concluiu em novembro que, se a proibição prejudica o comércio justo como alguns estão supondo, as restrições podem ser justificadas por “preocupações morais públicas” com o bem-estar animal.
No mês passado, a Ministra do Desenvolvimento do norte do Canadá afirmou que a decisão da OMC estabeleceu um precedente perigoso para futuras relações comerciais. Leona Aglukkaq disse que a organização estava errada ao citar razões morais para a sua decisão. Ela defendeu que a decisão deve ser derrubada porque discrimina injustamente os caçadores de focas do Canadá ao permitir que a Uniao Europeia proíba produtos de qualquer tipo de negócio que envolva a matança de animais. ”O comércio deve ser regido por fatos e evidências, e não com base em questões de moralidade ou alimentados pela desinformação”, disse ela.
A Humane Society International e outros grupos defensores de direitos animais estão sugerindo que Ottawa encerre essa indústria, amortecendo assim o impacto econômico pela oferta de recompra de licença da aproximadamente 6 mil caçadores, mas a Ministra rejeitou a ideia. “Eu não acredito que essa indústria esteja à venda”, afirmou ela, e acrescentou que cabe aos integrantes da mesma decidir o destino da caça às focas.
Sheryl Fink, diretora de campanhas de vida selvagem para o International Fund for Animal Welfare (IFAW), emitiu uma declaração dizendo que a caça tem estado “na UTI há vinte anos”. ”Nunca voltará aos níveis anteriores”, disse Fink. “Os europeus não querem produtos de uma indústria desumana, inútil e desnecessária”.
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