Powered By Blogger

quarta-feira, 30 de abril de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Biodiversidade, Energia, Povos Indígenas, Zona Costeira
Ano 14
30/04/2014

 

Energia

 
  O governo federal estuda reduzir a vazão de água (que passa pelas turbinas) em algumas hidrelétricas do País para preservar o nível dos reservatórios até o fim do período seco, em novembro. A medida, tomada nas usinas de Sobradinho - que pode ter nova redução - e Três Marias, pode ser ampliada para outras bacias do sistema nacional, como Rio Grande. A decisão, no entanto, depende de autorização da Agência Nacional de Água (ANA) e do Ibama, já que interfere em outras áreas, como irrigação, navegação e até abastecimento humano - OESP, 30/4, Economia, p.B1.
  O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ontem em nota que poderá propor "medidas adicionais" às autoridades do setor para garantir o fornecimento de energia elétrica no país, se no período de maio a novembro as condições hidrológicas se agravarem, ou seja, se chover menos do que o esperado. Segundo especialistas, uma das possíveis medidas seria a redução no consumo caso o cenário mais negativo se confirme. O ONS negou, no entanto, que esteja sugerindo ao governo cortes de energia agora, afirmando que a situação atual dos reservatórios não indica a necessidade de cortes de energia - O Globo, 30/4, Economia, p.23.
  O problema das distribuidoras de energia tem suas raízes no atraso de obras de térmicas cuja energia foi contratada em quatro leilões entre 2007 e 2008, com previsão de entrega entre 2010 e 2012. Um total de 3 mil megawatts (MW) médios contratados nesses leilões não foi entregue. Isto corresponde a 54% do total do insumo ofertado nesses leilões. A maior parte da energia que não saiu do papel seria gerada por usinas do grupo Bertin. Hoje, a necessidade de energia das distribuidoras é de cerca de 3.200 MW médios. Ou seja, se as usinas estivessem operando, as dificuldades por que passa o setor teriam sido, ao menos, minimizadas, e o leilão de hoje talvez não fosse necessário - O Globo, 30/4, Economia, p.23.
  Se os níveis atuais de chuvas e consumo de energia elétrica se mantiverem nos próximos meses, o racionamento será inevitável, diz estudo realizado pelo diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, Ildo Luís Sauer. Segundo ele, o nível de chuvas, que no ano está cerca de 40% abaixo da média histórica, é insuficiente para garantir que os reservatórios não sequem antes do fim do período seco. Assim, as reservas devem acabar em novembro se nada for feito - FSP, 30/4, Mercado, p.B1.
  "A evolução da expansão da energia eólica nos últimos 15 anos é um bom indicador da revolução energética que se descortina. Entre 2000 e 2013 toda a capacidade instalada de geração elétrica eólica subiu de 17 mil MW para 318 GW, ou seja a capacidade foi aumentada em 18 vezes em 13 anos. Apenas em 2013 foram instalados 37 mil MW, cerca de cinco vezes o que foi instalado de novas hidrelétricas. O Brasil é o país que tem o maior crescimento de geração eólica na América Latina, mesmo que ainda tímido em relação ao potencial", artigo Tasso Azevedo - O Globo, 30/4, Opinião, p.17.
  "O governo sabe que medidas adicionais são necessárias para garantir a energia deste ano e do próximo. O próprio ONS havia estabelecido que era preciso chegar ao fim de abril com 43% de água nos reservatórios do Sudeste. E está em 38%. Acaba oficialmente hoje o período das chuvas, e a situação não está controlada. E não está principalmente porque a política eleitoral contaminou a tomada de decisões. Neste exato momento, no último dia de abril de 2014, o governo do Brasil deveria estar iniciando uma campanha para a redução do consumo de energia ou anunciando medidas de corte de carga", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 30/4, Economia, p.20.
   
 

Geral

 
  Um grupo de índios kaingang matou dois agricultores em Faxinalzinho (RS), anteontem à noite, depois que as vítimas furaram um bloqueio de estrada mantido pelos indígenas desde domingo. Os indígenas estão acampados há 12 anos na região e reivindicam a demarcação de uma área de 2,7 mil hectares. A Terra Indígena Kandoia está em disputa há mais de uma década. Em março de 2002, 198 famílias kaningang acamparam no local reivindicando a terra. Desde então, bloqueios são frequentes. O procurador federal Ricardo Gralha Massia creditou as mortes à uma "omissão propositada" do Ministério da Justiça. "A portaria declaratória (da terra indígena) está há mais de um ano na mesa do ministro para ser assinada e até agora nada - O Globo, 30/4, País, p.8.
  A extração de petróleo, gás e águas subterrâneas está provocando o afundamento da zona costeira de diversas regiões do planeta. Em metrópoles como Bangcoc (Tailândia), Jacarta (Indonésia), Xangai (China) e Nova Orleans (EUA), o rebaixamento do terreno é até dez vezes maior do que o aumento do nível do mar .O pesquisador da Universidade de Utrecht, Gillen Erkens, destaca que Tóquio "desceu" dois metros nas últimas décadas, até interromper a extração de águas subterrâneas para consumo. Veneza adotou a mesma restrição e conseguiu atenuar o seu afundamento. Metrópoles brasileiras não foram estudadas, mas os pesquisadores estimam que as cidades próximas ao delta do Rio Amazonas, como Belém, possam ser afetadas. Recife também pode ser prejudicada, uma vez que lá também há extração de água na costa - O Globo, 30/4, Sociedade, p.27.
  A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) definem hoje a nova vazão média de água que a Sabesp poderá retirar do Sistema Cantareira no mês de maio, quando deve ter início a captação do chamado "volume morto" - reserva profunda - do manancial. A tendência é que os órgãos reduzam o volume de água para abastecimento da Grande São Paulo. No início de abril, o comitê anticrise que monitora o Cantareira já havia recomendado à Sabesp um planejamento para operar com vazão média inferior aos atuais 27,9 mil litros por segundo. Nesta terça, o nível do manancial chegou a 10,9% da capacidade. Esta é a primeira vez na história que o índice fica abaixo de 11% - OESP, 30/4, Metrópole, p.A19.
  O maior primata das Américas é brasileiro, mas é pouco conhecido por aqui. Para piorar, está criticamente ameaçado de extinção. Para mudar esse quadro, ambientalistas querem colocar o muriqui sob os holofotes e transformar o muriqui em uma "celebridade" internacional, a exemplo de seu companheiro de mata atlântica, o mico-leão-dourado. Uma das principais apostas dos ambientalistas para popularizar o muriqui é transformá-lo em mascote da Olimpíada de 2016, no Rio. Várias celebridades, incluindo o ator Harrison Ford, vestiram a camisa da campanha para a escolha do símbolo olímpico, que deve acontecer ainda neste ano - FSP, 30/4, Ciência, p.C11.
   
 
Imagens Socioambientais

Nenhum comentário: