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terça-feira, 1 de abril de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agropecuária, Água, Biodiversidade, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas
Ano 14
01/04/2014

 

Povos Indígenas

 
  Decisão determina que Funai finalize todo processo de demarcação, que se arrasta desde 2007, em até dois anos. Demora tem provocado problemas no atendimento de serviços públicos e invasões - Direto do ISA, 31/3.
  O Ministério Público Federal do Amazonas pediu a prisão preventiva dos cinco índios da etnia tenharim suspeitos do assassinato de três pessoas, em dezembro, em Humaitá, sul do Estado. O prazo da prisão temporária dos índios venceu anteontem e eles poderiam ser soltos ontem, mas o Ministério Público se manifestou pela conversão em prisão preventiva até o fim do inquérito. Até a conclusão desta edição, os cinco seguiam presos. O procurador Edmilson Barreiros Junior solicitou diligências complementares à Polícia Federal, que investiga o caso. Ele aguarda o retorno do inquérito para entrar com denúncia contra os acusados por triplo homicídio qualificado - OESP, 1/4, Política, p.A7.
   
 

Mudanças Climáticas

 
  Além das recomendações para que os países invistam em infraestrutura para aumentar a capacidade de resistência às mudanças climáticas, ganhou espaço uma alternativa mais barata que pode, em alguns locais, conseguir efeitos parecidos: a adaptação baseada em ecossistemas. O tema aparece em cerca de metade dos capítulos do novo relatório do IPCC, divulgado anteontem. E teve destaque no capítulo regional de América Central e do Sul, onde técnicas como criação de áreas protegidas, acordos para conservação, pagamento por serviços ambientais e manejos comunitários de áreas naturais estão sendo testadas, inclusive no Brasil. Segundo Fabio Scarano, da Conservação Internacional, e um dos autores desse capítulo, a ideia é fortalecer serviços ecossistêmicos - OESP, 1/4, Metrópole, p.A17.
  A segunda parte do relatório do IPCC não trouxe indicações de possíveis custos dos impactos das mudanças do clima ou de qual seria o valor para implementar a adaptação em todo o mundo. Os autores, no entanto, deram uma "alfinetada" nas negociações climáticas internacionais ao dizer que há uma lacuna entre as necessidades globais de adaptação e os fundos disponíveis para elas - OESP, 1/4, Metrópole, p.A17.
  Em entrevista, o professor de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, Paulo Cesar Rosman defende a criação de planos habitacionais no interior do país. O projeto desocuparia áreas de baixadas, impactadas por tempestades. "Nosso território é suficientemente grande para criarmos cidades de porte médio no interior. Este é um diferencial, comparado a outros países", diz - O Globo, 1/4, Ciência, p.25.
  Mudanças no clima causaram impactos nos sistemas naturais e humanos em todos os continentes e nos oceanos. Em muitas regiões, mudanças na precipitação ou derretimento de neve e gelo estão alterando os sistemas hidrológicos. Muitas espécies têm mudado sua abrangência geográfica. Os impactos dos eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações, ciclones e incêndios, revelam a vulnerabilidade e exposição de alguns ecossistemas e muitos sistemas humanos à variabilidade climática atual - OESP, 1/4, Metrópole, p.A17.
  Ao longo do século 21, projeta-se que a mudança do clima vai reduzir a oferta de água renovável na superfície e nas fontes subterrâneas nas regiões subtropicais mais secas. Por causa do aumento do nível do mar projetado para o século 21 e depois, sistemas costeiros vão cada vez mais experimentar impactos adversos, como submersão, inundações e erosão costeira. Áreas urbanas concentram boa parte dos riscos: estresse térmico, chuvas extremas, inundações nas áreas costeiras e no interior, deslizamentos de terra, poluição do ar, seca, escassez de água. Tudo isso traz riscos para pessoas, bens, economias e ecossistemas - OESP, 1/4, Metrópole, p.A17.
   
 

Água

 
  Ampliada para quase toda a Grande SP, a campanha pela redução do consumo de água promovida pela Sabesp encontra resistência entre um grupo que representa 11% de seu total de consumidores: os moradores de condomínio. Os prédios de apartamentos compõem parte significativa dos 24% da população que aumentou seu consumo de água nos últimos dois meses, quando já estava em vigor o bônus na conta de usuários do sistema Cantareira que poupassem água. Outros 76% economizaram água, mas só cerca de metade deles atingiu os 20% necessários para obter o desconto de 30% na conta oferecido pela companhia - FSP, 1/4, Cotidiano, p.C3.
  Apesar do plano de bônus lançado há dois meses pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 24% dos consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira na Grande São Paulo aumentaram o gasto com água em vez de reduzi-lo. O dado foi divulgado ontem pela empresa, que vai ampliar o programa que dá 30% de desconto na conta para quem diminuir o consumo de água em 20% - OESP, 1/4, Metrópole, p.A14.
  O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a ampliação do programa que dá bônus na conta de água de quem economizar seu consumo. No mesmo dia, a Sabesp revelou a suspensão de R$ 700 milhões do seu plano de investimentos para este ano. Esses recursos servirão para atenuar os prejuízos causados pela crise de abastecimento da Grande São Paulo - FSP, 1/4, Cotidiano, p.C1.
  Os governos federal e estadual desconsideraram pedido aprovado ontem pelo Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) de aumento do volume de água liberado para as cidades da região de Campinas (SP), de onde é retirada a água do Sistema Cantareira. O órgão solicitou a liberação de 4 mil litros de água por segundo, mas obteve apenas 3 mil litros por segundo para o mês de abril. Com isso, aumenta o risco de racionamento por causa do período de estiagem nas cidades da bacia do PCJ - OESP, 1/4, Metrópole, p.A14.
   
 

Biodiversidade

 
  A Corte Internacional de Justiça, principal órgão jurídico da ONU, ordenou que o Japão interrompa a sua caça anual de baleias, alegando que o programa baleeiro japonês não possui propósitos científicos, como sempre defendeu o país. O resultado do julgamento representa uma vitória da Austrália, país que trouxe o caso à corte da ONU em 2010, e de ambientalistas. Por anos, pesquisadores argumentaram que o programa japonês de caça de baleias tinha um propósito meramente comercial e que o apelo à ciência era apenas um verniz. Em 1982, a Comissão Internacional da Baleia (CIB) adotou uma moratória sobre a caça comercial de baleias, permitindo o abate apenas para propósitos de pesquisa - FSP, 1/4, Ciência, p.C10; OESP, 1/4, Metrópole, p.A17.
  "A Austrália, que entrou com a ação junto a corte, teve razões geopolíticas para tal. O país reivindica 40% do território antártico e não vê com bons olhos as incursões japonesas por lá. Além disso, algumas das baleias capturadas pelo Japão pertencem a grupos com rotas migratórias que vão até a Austrália, então os australianos reclamam do abate das baleias 'deles'", artigo de Reinaldo José Lopes - FSP, 1/4, Ciência, p.C10.
   
 

Agropecuária

 
  "Nessa região de Mato Grosso, se preservaram 100% das áreas ribeirinhas, mantendo-se sempre as reservas florestais obrigatórias, dentro das propriedades rurais, na razão de 35% onde era Cerrado e 80% na floresta alta. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola, nessa região oficialmente denominada "Centro-Norte", a agropecuária explora apenas 27% da área total. O restante continua preservado. Os norte-americanos se encantam com essa convivência lavoura-floresta. Mas não entendem por que os agricultores brasileiros arcam sozinhos com a reserva ambiental. Lá, nos EUA, áreas subtraídas da produção recebem fortes subsídios do governo. Ninguém sabe explicar", artigo de Xico Graziano - OESP, 1/4, Espaço Aberto, p.A2.
  "O brasileiro não recebe um único real para conservar as APPs (Áreas de Preservação Permanente), enquanto nos EUA o produtor receberá em média, neste ano, US$ 177 por hectare. Fica claro, portanto, que a nova lei dos EUA, um pais da livre iniciativa, eliminou o risco na atividade rural com recursos fiscais extraídos do conjunto da sociedade. Uma sociedade que, notadamente, não gosta de impostos. Não vamos mais aceitar esse absurdo internacional! Não se pode competir com quem tem renda garantida, independentemente da produtividade, dos preços e do clima", artigo de Kátia Abreu - FSP, 29/3, Mercado2, p.7
   
 
Imagens Socioambientais

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