A Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga do Piauí continuam virando carvão. Foto: André Pessoa.Por Miriam Prochnow
A produção e uso de carvão vegetal estará mais uma vez na pauta de discussões do Diálogo Florestal em 2014. O Diálogo já conta com um Grupo de Trabalho que vem acompanhando esse assunto, principalmente o uso de vegetação nativa para a produção do carvão usado na siderurgia para produção de ferro gusa. Os Fóruns regionais que integram o GT Carvão do Diálogo são: Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Piauí.
Em 2013, representantes do Fórum Florestal do PI realizaram duas visitas de campo ao Sul do estado, para verificar “in loco” a situação na região. A equipe formada por André Pessoa, Lilian Catenacci e Tânia Martins se deparou com inúmeras agressões ambientais. Milhares de hectares de vegetação nativa, da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga, estão sendo desmatados para virarem carvão. A maioria do carvão produzido ilegalmente tem como destino as siderúrgicas localizadas em Minas Gerais. A situação está fora de controle, como mostra o relatório em anexo.
O GT carvão também acompanhará as discussões da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), junto à Comissão de Estudo Especial de Produção Sustentável de Ferro Gusa e Carvão Vegetal (CEE – 201). A ABNT está elaborando normas sobre produção de carvão vegetal que possibilitem a rastreabilidade da madeira usada em sua fabricação. Outro objetivo é aumentar o porcentual de madeira plantada, em sua produção, que hoje é de 50%. O carvão vegetal é bastante utilizado pelo setor siderúrgico e tem sido apontado como um dos principais vetores do desmate da Mata Atlântica.
A próxima reunião da comissão acontecerá no dia 13 de fevereiro de 2014, no Rio de Janeiro (RJ).
Arquivos anexos
Relatório de Campo Carvão PI (1.02mb)
Fonte: Diálogo Florestal.
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