(FONTE : ALINE RESKALLA, ESPECIAL PARA O ESTADO, BELO
HORIZONTE, FÁTIMA LESSA, CORRESPONDENTE / CUIABÁ - O Estado de S.Paulo)
Incêndios consomem os parques nacionais da Canastra, do Xingu e Chapada dos
Guimarães e o Pantanal, em Mato Grosso. A situação é mais grave na Canastra, no
sudoeste de Minas, onde o fogo já queimou cerca de 50 mil hectares - o
equivalente a 50 mil campos de futebol - e está fora de controle, segundo o
chefe do parque, Darlan de Pádua.
"As equipes estão exaustas. Tudo dificulta o combate ao incêndio, o vento, o relevo, o tempo seco", disse Pádua. Segundo ele, o fogo chegou ontem à região do Alto da Cascad'anta, onde está a primeira cachoeira do parque. A nascente de um dos principais rios brasileiros, o São Francisco, está preservada.
O parque tem área total de 70 mil hectares, onde estão cachoeiras com quedas d'água que variam de 100 a 300 metros de altura e uma rica fauna e espécies características da fauna brasileira, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o veado campeiro, ema e pato-mergulhão.
Mato Grosso. O incêndio que atinge o Parque Nacional do Xingu começou em Querência, a 912 km de Cuiabá, e já consumiu 5 mil hectares de vegetação nativa da Terra Indígena Wawi, dentro do perímetro do parque. Segundo o coordenador do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Cendi Ribas, há perigo do fogo se alastrar e atingir outras aldeias vizinhas.
No Parque Nacional Chapada de Guimarães já foram consumidos um total de 10 mil hectares. Segundo o coordenador de Proteção do parque, Sandro Benevides do Carmo, o fogo começou no dia 7 de setembro em uma área próxima e, por causa das altas temperaturas e a umidade baixa do ar, se alastrou. Ele acredita que o fogo está controlado.
Já no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, alguns pontos turísticos do Circuito das Cachoeiras foram fechados, segundo coordenador Cecílio Pinheiro. No local estão brigadistas e soldados do Corpo de Bombeiro, além de voluntários que combatem o fogo.
Uma extensa área na região do Pantanal entre os municípios de Santo Antonio do Leverger e Barão de Melgaço, ainda não dimensionada pelos bombeiros, arde em fogo há dois dias. Na tarde de ontem, policiais fizeram um voo na região para ter um diagnóstico mais preciso e estudar quais medidas adotar. O fogo consome áreas de pastagem e a mata nativa às margens do Rio Aricazinho, afluente do Rio Cuiabá.
Proibição. Em Mato Grosso foi prorrogado o período proibitivo de queimadas, que deveria acabar hoje. A decisão foi tomada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) após reunião com representantes do Comitê Gestão do Fogo, Bombeiros e Defesa Civil. Além da prorrogação, a reunião serviu para debater as direções no combate aos focos de incêndio que já atingiram o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Pantanal, áreas indígenas no Parque Nacional do Xingu. A medida visa a diminuir os riscos provocados pelo fogo nesta época do ano.
Desde que começou o período proibitivo, Mato Grosso registrou 14.832 focos de calor, segundo o satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2011 foram registrados no mesmo período 5.871 focos. Os cinco municípios com maiores índices de focos são: Feliz Natal, Paranatinga, Colniza, Ribeirão Cascalheira e São Félix do Araguaia.
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Sandro Vieira
Incêndio atinge terra indígena em MT e
destrói vegetação próxima ao Parque Nacional do Xingu
"As equipes estão exaustas. Tudo dificulta o combate ao incêndio, o vento, o relevo, o tempo seco", disse Pádua. Segundo ele, o fogo chegou ontem à região do Alto da Cascad'anta, onde está a primeira cachoeira do parque. A nascente de um dos principais rios brasileiros, o São Francisco, está preservada.
O parque tem área total de 70 mil hectares, onde estão cachoeiras com quedas d'água que variam de 100 a 300 metros de altura e uma rica fauna e espécies características da fauna brasileira, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o veado campeiro, ema e pato-mergulhão.
Mato Grosso. O incêndio que atinge o Parque Nacional do Xingu começou em Querência, a 912 km de Cuiabá, e já consumiu 5 mil hectares de vegetação nativa da Terra Indígena Wawi, dentro do perímetro do parque. Segundo o coordenador do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Cendi Ribas, há perigo do fogo se alastrar e atingir outras aldeias vizinhas.
No Parque Nacional Chapada de Guimarães já foram consumidos um total de 10 mil hectares. Segundo o coordenador de Proteção do parque, Sandro Benevides do Carmo, o fogo começou no dia 7 de setembro em uma área próxima e, por causa das altas temperaturas e a umidade baixa do ar, se alastrou. Ele acredita que o fogo está controlado.
Já no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, alguns pontos turísticos do Circuito das Cachoeiras foram fechados, segundo coordenador Cecílio Pinheiro. No local estão brigadistas e soldados do Corpo de Bombeiro, além de voluntários que combatem o fogo.
Uma extensa área na região do Pantanal entre os municípios de Santo Antonio do Leverger e Barão de Melgaço, ainda não dimensionada pelos bombeiros, arde em fogo há dois dias. Na tarde de ontem, policiais fizeram um voo na região para ter um diagnóstico mais preciso e estudar quais medidas adotar. O fogo consome áreas de pastagem e a mata nativa às margens do Rio Aricazinho, afluente do Rio Cuiabá.
Proibição. Em Mato Grosso foi prorrogado o período proibitivo de queimadas, que deveria acabar hoje. A decisão foi tomada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) após reunião com representantes do Comitê Gestão do Fogo, Bombeiros e Defesa Civil. Além da prorrogação, a reunião serviu para debater as direções no combate aos focos de incêndio que já atingiram o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Pantanal, áreas indígenas no Parque Nacional do Xingu. A medida visa a diminuir os riscos provocados pelo fogo nesta época do ano.
Desde que começou o período proibitivo, Mato Grosso registrou 14.832 focos de calor, segundo o satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2011 foram registrados no mesmo período 5.871 focos. Os cinco municípios com maiores índices de focos são: Feliz Natal, Paranatinga, Colniza, Ribeirão Cascalheira e São Félix do Araguaia.
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