lixao Desativado último lixão às margens da Baía de Guanabara
Lixão do município de Guapimirim. Foto: Reprodução

Foi desativado nesta terça-feira (25) o lixão do município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio. A área, de 60 mil metros quadrados e que funcionava desde 1985, recebia diariamente cerca de 35 toneladas de resíduos por dia e despejava litros de chorume em rios que desembocam na baía. Agora, o lixo de Guapimirim irá para o aterro sanitário de Itaboraí, município vizinho.
Segundo o governo do estado do Rio, o lixão de Guapimirim é o último situado às margens da Baía de Guanabara a ser fechado. Desde o início do ano, com a entrada em funcionamento das Centrais de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, São Gonçalo e Belford Roxo, os depósitos de Gramacho, Babi e Itaóca também foram desativados. Situado em meio à vegetação de Mata Atlântica, o espaço agora ganhará um plano de recuperação, que inclui coleta de chorume, impermeabilização do solo e, no futuro, reflorestamento.
“Fechamos todos os lixões da Baía de Guanabara. Isso significa tirar um Maracanã de chorume por semana da baía. Essa é uma área desmatada de Mata Atlântica e os resíduos contaminaram os rios do entorno. Agora, temos que cuidar da coleta seletiva e organizar os catadores, explicou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
O lixão de Guapimirim conta com cerca de dez catadores. Eles serão cadastrados pelo Governo do Estado e receberão cestas básicas e um salário mínimo até que sejam organizados em uma cooperativa. Eles trabalharão na coleta seletiva que começará a funcionar na cidade.
“Esses catadores serão convidados a trabalhar em uma cooperativa. Vamos apoiar a Prefeitura para que seja criado um programa de coleta seletiva para que eles trabalhem com condições sanitárias adequadas, condições de saúde adequadas. Porque o trabalho no lixão não é digno para um ser humano”, destacou a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos.
Com o fim do lixão, Guapimirim será beneficiada pela lei do ICMS Verde e receberá cerca de R$ 450 mil por ano. A maior parte do dinheiro será destinada para o pagamento dos caminhões que farão o transporte do lixo para Itaboraí e para o projeto da coleta seletiva.

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FONTE : * Publicado originalmente no site Agência Rio.