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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Estado do Amazonas lidera alertas de desmatamento


Área desmatada em Roraima, identificada graças ao SAD, foi alvo de protesto do Greenpeace: "Sem floresta não tem água!" Foto:© Marizilda Cruppe/Greenpeace
Área desmatada em Roraima, identificada graças ao SAD, foi alvo de protesto do Greenpeace: “Sem floresta não tem água!” Foto:© Marizilda Cruppe/Greenpeace
Imazon divulga os dados do Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal. O estado do Amazonas mais uma vez chamou atenção na análise, registrando a maior área com alertas de desmatamento (45%).
Por Redação do Greenpeace Brasil –
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou na quinta-feira (18) os resultados do Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) de janeiro de 2016, onde foram registrados alertas em 52 km², destruição 82% menor que a identificada em janeiro de 2015.
Uma primeira leitura pode levar a falsa sensação de que o desmatamento diminuiu. O boletim, entretanto, atenta para o fato de que regiões importantes da Amazônia apresentavam grande cobertura de nuvens, ou seja, em regiões críticas o sistema não conseguiu imagens boas o suficiente para a medição, sendo assim, os dados podem estar subestimados.
Em janeiro de 2016 os estados do Pará (PA) e Mato Grosso (MT) – campeões históricos em desmatamento – apresentavam mais da metade de seu território coberto por nuvens: 64% e 63% respectivamente, o que torna difícil verificar se houve, de fato, uma tendência de queda no desmatamento na Amazônia.
O estado do Amazonas mais uma vez chamou atenção na análise, registrando a maior área com alertas de desmatamento (45%). No mesmo mês do ano passado, o estado era responsável por apenas 1% do total de alertas. Dentre os dez municípios em situação crítica, segundo o Boletim do Imazon, cinco pertencem ao Amazonas. Os municípios de Careiro e Novo Aripuanã lideram.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em janeiro de 2016 os focos de incêndio no estado do Amazonas dispararam, com o registro de 770 focos, o maior para o mês desde o início das medições, em 1999. Até então, o maior número de focos de incêndio medido no mês havia sido de 82.
Em relação aos alertas de desmatamento em Unidades de Conservação, a Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Esquerda do Rio Negro, também no Amazonas, lidera com a maior área com alertas. O desmatamento em Unidades de Conservação representaram 12% do total.
O Amazonas está colhendo os frutos ruins da reforma administrativa promovida pelo governo estadual em 2015, quando fechou órgãos estratégicos para promoção a gestão ambiental do estado, fragilizando o sistema. “Infelizmente, a tendência é que o Amazonas passe a chamar cada vez mais a atenção nas notícias sobre as taxas de desmatamento” diz Cristiane Mazzetti, da campanha da Amazônia do Greenpeace, “o sul do estado já está incorporado ao arco do desmatamento”, completa.
O caso do Amazonas nos mostra que não está tudo bem na floresta. “Precisamos seguir pressionando atores estratégicos, como empresas e governos, a tomarem as medidas adequadas para proteger um bem que é de todos”, diz Cristiane.
O desmatamento da Amazônia é um problema grave que afeta toda a sociedade. O Greenpeace Brasil atua nocombate a extração ilegal e predatória da madeira, contra o avanço do agronegócio sobre a floresta e vem lutando, com o apoio de mais de 1,5 milhão de brasileiros, pela aprovação de uma lei que coloque um ponto final no desmatamento de florestas nativas no Brasil.
Faca parte deste movimento, participe de campanhas pela conservação da Amazônia. (Greenpeace Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Greenpeace Brasil.

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