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Povos Indígenas
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Comunidades indígenas de diversas etnias mediram durante um ano a força dos ventos e do sol com sensores de tecnologia de ponta. Agora preparam-se para implantar fontes de energia renovável para abastecer as comunidades da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O Conselho Indígena de Roraima, em parceria com o Instituto Socioambiental, criou o projeto Cruviana. Juntos, procuraram a equipe da UFMA, que havia implantado projeto semelhante em vila de pescadores no litoral maranhense. O projeto prevê seis turbinas eólicas, painéis solares e baterias, complementados por um motor diesel para emergências. Esse conjunto deve ser capaz de produzir 110kw/hora/mês para cada família das comunidades - cada uma com cem famílias em média - FSP, 25/6, Caderno Especial - Norte, p.6. |
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"Os ruralistas têm colocado cunhas nos dispositivos jurídicos sobre proteção ambiental e direitos sociais que barram o 'free-for-all' fundiário. A bola da vez são as terras indígenas. Por meio de falácias, ruralistas tentam construir um 'equilíbrio de visões' onde deveria haver apenas o cumprimento da lei. Se aprovada, a PEC 215 acabará com o cerne do direito constitucional do índio à terra. Isso porque a Carta de 1988 considera as terras indígenas uma entidade já existente, que depende apenas de reconhecimento administrativo. A PEC acaba com a existência dessa entidade, ao decretar que a criação de terras indígenas depende do aval do Congresso -ou seja, elas só existirão se deputados e senadores assim o desejarem", artigo de Claudio Angelo - FSP, 25/6, Tendências/Debates, p.A3. |
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Amazônia
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Depois de ocupar o Centro-Oeste do país, a produção de soja e milho avança no sul do Pará, uma antiga área degradada da Amazônia, ocupada há décadas por pastagem e grilagem de terra. A nova fronteira agrícola no Norte cresce amparada em terra barata, ampla área de cultivo e facilidade para escoar a produção. Formada por seis cidades (Redenção, Conceição do Araguaia, Santana do Araguaia, Floresta do Araguaia, Cumaru do Norte e Santa Maria das Barreiras), a região saltou de um plantio de 500 hectares para 110 mil hectares nos últimos 12 anos. A região espera colher nesta safra 429 mil toneladas, entre soja e milho -um aumento de 46,15% em relação à safra anterior - FSP, 25/6, Caderno Especial - Norte, p.4. |
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O avanço da plantação de commodities no sul do Pará, mesmo em áreas degradadas oriundas de pastagem, preocupa especialistas. "Esse estoque [de área degradada] não é interminável. Haverá uma hora em que essas áreas vão sumir, e a pressão sobre a floresta vai retornar", diz o ambientalista Rodrigo Junqueira, do Instituto Socioambiental. Segundo ele, a ameaça será maior com o término, neste ano, da vigência da moratória da soja. O acordo, em vigor desde 2006, reduziu o ritmo do desmatamento na Amazônia ao proibir a comercialização da soja plantada em áreas desmatadas - FSP, 25/6, Caderno Especial - Norte, p.4. |
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O país deu o primeiro passo para livrar Roraima da dependência da energia elétrica venezuelana -considerada cara e instável. O Estado, que faz fronteira com a Venezuela, deve ganhar o complexo Bem Querer-Paredão, que ainda está em fase de projeto. O projeto tem oposição de ambientalistas -que dizem que o impacto da hidrelétrica é alto para a produção de pouca energia. A área alagada (559 km²) será maior que a de Belo Monte, mas sua potência energética apenas um décimo da hidrelétrica paraense. O Ministério Público Federal instaurou inquérito para acompanhar o licenciamento da obra. A preocupação são impactos negativos em unidades de conservação, terras indígenas e sítios arqueológicos - FSP, 25/6, Caderno Especial - Norte, p.4. |
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Os portos localizados no Pará deverão ser os responsáveis por escoar, na próxima década, a maior parte dos grãos produzidos na região central do país. Com a perspectiva de conclusão das obras da BR-163 em 2016, o porto de Miritituba poderá receber até 29 milhões de toneladas de grãos vindos de Mato Grosso. Grandes empresas já apostam no chamado "corredor norte". A Bunge foi a primeira a instalar um complexo portuário em Miritituba e Barcarena (também no Pará). No rastro da Bunge estão empresas como Amaggi, ADM, Cargill, Odebrecht e Bertolini, que também estão construindo terminais privados em portos da região - FSP, 25/6, Caderno Especial - Norte, p.3. |
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"De 1995 a 2010, a região Norte foi aquela cujo PIB mais cresceu em termos reais: 4,7% ao ano. Nesse período, o aumento no PIB brasileiro foi de 3,1%. Porém, o rendimento per capita obtido pelos censos demográficos não aponta para uma equiparação com o país. A região tem gerado cada vez mais PIB, mas os nortistas não vêm se apropriando na mesma medida. Não basta, por exemplo, promover a aquicultura. Ela deve se inserir em cadeias de valor com apropriação de renda e envolvimento de produtores locais. De modo geral, a economia nortista precisa ampliar seus encadeamentos, aproveitando economias de escopo, competências locais e, de modo criterioso, recursos naturais", artigo de Mauro Thury de Vieira Sá - FSP. 25/6, Caderno Especial - Norte, p.5. |
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Energia
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O atraso na construção de linhas de transmissão para usinas eólicas erguidas no Nordeste custou R$ 930 milhões ao consumidor, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União. De julho de 2012 a dezembro de 2013, 48 usinas estavam prontas, mas impossibilitadas de escoar energia - FSP, 25/6, Mercado, p.B8. |
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"Engenheiros e climatologistas buscam constantemente formas de melhor prever as variações de radiação solar e vento para diminuir a incerteza da geração. Nos EUA, pesquisadores passaram a coletar 24 horas por dia os dados reais de ventos que passam pelas milhares de unidades de aerogeradores da empresa e cruzam com as centenas de fontes de informações climáticas disponíveis no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) para gerar prognósticos de ventos sem precedentes, o que permite reduzir significativamente a necessidade de termelétricas ligadas como reserva. Este é mais um sinal de que a revolução das energias renováveis modernas veio para ficar", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 25/6, Opinião, p.23. |
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Geral
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Cerca de 400 pessoas invadiram três áreas no distrito de Tamoios, junto à Rodovia Ambiental das Pacas, em Cabo Frio (RJ), no último fim de semana. A invasão foi em três pontos, um deles no Parque da Preguiça, área de cerca de 150 mil m². Ontem, representantes do Ministério Público e da Secretaria de Ambiente de Cabo Frio, além de policiais, foram até o local. Os invasores deixaram a área. Mas, antes, alguns já tinham usado machados para devastar a vegetação nativa - ainda não se sabe a extensão da área afetada. Na região, há micos-leões-dourados, preguiças e outros animais - O Globo, 25/6, Rio, p.17. |
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A liberação emergencial de mais água do Sistema Cantareira para o interior evitou que Campinas - com mais de 1 milhão de habitantes - tivesse de entrar em racionamento a partir desta semana. A Sabesp foi obrigada, desde o domingo, 22, a aumentar em 30% o volume de água que as represas do sistema deixam correr rio abaixo para suprir uma queda abrupta registrada no nível do Atibaia - manancial que abastece 95% de Campinas. A medida agrava o cenário de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo - onde 47% usam o Cantareira. Ontem, os reservatórios atingiram 21,7% da capacidade (somando o "volume morto")- OESP, 25/6, Metrópole, p.A18. |
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O comércio ilegal de vida selvagem e produtos madeireiros, avaliado em mais de US$ 200 bilhões ao ano, está financiando uma rede criminosa bem organizada, milícias e terroristas. Trata-se de um crime ambiental de proporções comparáveis ao tráfico de drogas e de seres humanos e que também aumenta a pobreza, ameaça de extinção espécies e exerce enorme pressão sobre os recursos naturais. O alerta foi dado ontem, em Nairóbi, pelo Pnuma, a Interpol, a OCDE e o UNODC. Exemplo: a venda ilegal de carvão vegetal - que na África é usado pela população nos fogões a lenha - garante entre US$ 38 milhões e US$ 56 milhões ao ano ao grupo islâmico Al-Shabaab, que atua na Somália e é tido como uma célula da Al Qaeda - Valor Econômico, 25/6, Internacional, p.A11. |
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