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Direto do ISA
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“A falta de comprometimento do Poder Público com a implantação de um CAR de qualidade é apenas mais um passo desastroso na política ambiental brasileira”, adverte Flávia Camargo, assessora do ISA. Confira a seguir a entrevista concedida ao site IHU On-Line - Direto do ISA, 9/6. |
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A 1º Expedição e Intercâmbio da Rede de Sementes do Xingu (RSX) reuniu 60 participantes de 28 e 30 de maio. Coletores da RSX e de outras redes da Amazônia e do Cerrado, compradores e colaboradores trocaram experiências e refletiram sobre o futuro - Direto do ISA, 6/6. |
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Cerca de 400 pessoas pararam a av. Pedro Álvares Cabral, em São Paulo, para protestar contra medidas e propostas anti-indigenas. Eles colocaram bandeiras e faixas no Monumento aos Bandeirantes - Direto do ISA, 6/6. |
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Unidades de Conservação
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O aproveitamento turístico de unidades de conservação (UCs) brasileira poderia gerar uma receita de até R$ 168 bilhões em dez anos. "O estudo procura estimar o potencial de geração de emprego e renda que as UCs podem ter se forem encaradas pelos governos como ativos, em vez de passivos", diz Guilherme Passos, do Instituto Semeia. Os R$ 168 bilhões seriam alcançados caso o Estado investisse em parcerias para melhorar a infraestrutura dos locais e considerando que a renda do brasileiro chegasse a um terço da do americano. Em um cenário mais pessimista, no qual apenas fossem criados planos de manejo, a receita ficaria em R$ 53 bilhões. Hoje, porém, 84% das UCs criadas há mais de cinco anos não tem plano de manejo - FSP, 8/6, Mercado Aberto, p.B2. |
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O Parque Estadual de Ibitipoca (MG) é um dos exemplos brasileiros de como investimentos em infraestrutura alavancam o turismo, segundo o relatório da Semeia. O local recebeu melhorias simples em 2008, como estrutura de recepção e acesso fácil, e foi alvo de um plano de manejo. Como resultado, nos últimos três anos, a oferta de hospedagem ao redor do parque cresceu 28,6%. O turismo também foi um dos responsáveis por melhorar a qualidade de vida de moradores da região, ainda de acordo com a Semeia. Pesquisa feita em 2011 mostrou que 54,6% das pessoas que trabalham com turismo na localidade haviam atuado anteriormente em serviços domésticos ou gerais - FSP, 8/6, Mercado Aberto, p.B2. |
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O surgimento de uma mancha de mineração escalando os pés do maior conjunto de montanhas do Estado de São Paulo preocupa ambientalistas. O empreendimento, localizado em Lavrinhas, no Vale do Paraíba, é um veio de exploração de bauxita, aberto a aproximadamente 1,2 mil metros de altitude no maciço da Serra Fina. Em fotos aéreas e imagens de satélite é possível ver claramente uma grande mancha de terra exposta, conectada por uma estrada a um paredão de rocha mais acima. Ambos os pontos estão dentro da APA da Serra da Mantiqueira, da qual a Serra Fina faz parte, e praticamente encostados no perímetro da área proposta de tombamento da cordilheira, que está sob análise do Condephaat - OESP, 9/6, Metrópole, p.A16. |
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Amazônia
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As obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, empurraram os índios da região para dentro do circuito de exploração sexual, de acordo com estudo feito por pesquisadores da UFPA. O relatório aponta casos de exploração sexual confirmados ou em investigação entre os povos Parakanã, Arara da Cachoeira Seca, Arara da Volta Grande do Xingu e Juruna do Paquiçamba. Os 25 mil operários na região de Altamira teriam inchado o município de 99 mil habitantes e aumentado a procura por serviços sexuais. Nesse contexto, os índios acabaram entrando como vítimas e até como consumidores desses serviços, segundo o estudo "Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes no município de Altamira" - FSP, 8/6, Cotidiano, p.C7. |
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Estudo sobre degradação florestal sugere que as emissões de CO2 causadas pela destruição da mata amazônica são 40% maiores do que aquelas relatadas pelo país. Segundo o trabalho, em 2010 a floresta perdeu mais de 50 toneladas de carbono com corte seletivo de madeira e destruição parcial por fogo. "Para a imagem de satélite, aquilo vai parecer vegetação, só que é uma vegetação que já sofreu uma mudança estrutural muito grande", diz Erika Berenguer, ecóloga da Universidade de Lancaster (Reino Unido), líder do estudo. O estudo, que teve participação da Embrapa, USP, Inpe e Museu Goeldi, foi publicado na última edição da revista "Global Change Biology". A afirmação, porém, foi contestada por cientistas, como Carlos Nobre - FSP, 7/6, Ciência, p.7. |
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O estrangulamento do sistema portuário das Regiões Sul e Sudeste acelerou os planos da iniciativa privada para abrir um novo corredor de exportação, mais curto e até 35% mais barato. A chamada "saída pelo norte" começou a virar realidade no fim de abril, quando a americana Bunge inaugurou o complexo portuário em Miritituba e Barcarena, no Pará. Daqui para a frente, uma série de outros projetos estão programados para sair do papel. Dados da Secretaria de Portos mostram que há mais de R$ 5,5 bilhões de investimentos na Amazônia. Há ainda uma série de projetos aguardando autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) ou ainda em estudos que não estão computados nessa conta - OESP, 8/6, Economia, p.B8 e B9. |
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Até cinco anos atrás, famílias do Sul e do Sudeste do país faziam fortunas com a derrubada ilegal de madeira em Paragominas (PA). Um cerco dos poderes Executivo e Judiciário encerrou a prática no município, e os produtores se voltaram para a pecuária. Agora, um novo ciclo ganha força nessa parte da Amazônia. No ano passado, uma conjunção de fatores que inclui melhorias na infraestrutura, atração de multinacionais e flexibilização das regras ambientais tem aberto espaço para uma atividade mais rentável: a produção de soja. Em 2013, a área plantada com o grão saltou de 35 mil para 78 mil hectares no município - Valor Econômico, 9/6, Agronegócios, p.B14. |
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Mudanças Climáticas
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O ativista ambiental e escritor norte-americano Bill McKibben tenta convencer o mundo de que a mudança climática não é um problema do futuro: está acontecendo agora. Sua ONG 350.org chama a atenção para o perigo de concentrações de carbono na atmosfera de mais de 350 partes por milhão (ppm). Hoje, esse valor é de 400 ppm. Na semana, ele falou em Foz do Iguaçu a uma plateia de empresários e executivos brasileiros interessados no ambiente. Em entrevista, porém, ele diz que a maioria das grandes empresas não está agindo para evitar o aquecimento global, já que estão preocupadas só com o curtíssimo prazo - FSP, 7/6, Ciência, p.8. |
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O G7, grupo de países mais industrializados do mundo, apoiou, na quinta-feira (05), a realização de um novo acordo global sobre mudanças climáticas em 2015. O anúncio foi feito após os Estados Unidos divulgarem, no início da semana, um plano de redução de emissões de gases-estufa, o que deu um novo ânimo às negociações. O plano dos EUA de cortar em 30% até 2030 as emissões de gases-estufa da usinas de energia deve enfrentar oposição doméstica, mas levou a União Europeia a reafirmar sua posição de combate às mudanças climáticas. A China, atualmente maior emissora de gases-estufa do mundo, também indicou que iria estabelecer algum tipo de limite em suas emissões - FSP, 7/6, Ciência, p.8. |
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"As promessas ambientais do presidente americano foram até aqui frustradas pelo Congresso. Mesmo as reduções ora anunciadas -e ainda em consulta pública- enfrentarão obstáculos nos outros Poderes. Estados que são grandes produtores de carvão estarão na linha de frente contra as medidas. O mais importante é a chance que se abre para enfim ser destravada a negociação internacional para combater o aquecimento global. Até aqui, EUA e China, duas potências poluidoras, vinham bloqueando qualquer avanço. Talvez tenham abandonado a inércia -o que seria uma excelente notícia", editorial - OESP, 9/6, Opinião, p.A2. |
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Energia
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"Por restrições ambientais, as novas hidrelétricas passaram a ser construídas sem reservatórios de acumulação de água. As novas usinas são a 'fio d'água', e dependem da vazão natural dos rios. O desenvolvimento tecnológico permitiu incorporar à matriz os aproveitamentos hídricos na Amazônia, embora lá as restrições para a construção de reservatórios que acumulem água sejam ainda maiores, pelo fato de a topografia da região não contar com vales relativamente estreitos, o que aumentaria a necessidade de se ampliar as áreas inundáveis. Há, sem dúvida, um exagero nessas restrições, pois nos períodos de cheias as margens de muitos rios são ocupadas pelas águas, impedindo a utilização dessas áreas para outros fins", editorial - O Globo, 9/6, Opinião, p.16. |
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"É trágico como a incompetência do governo em lidar com o setor elétrico passa a ser atribuída aos ambientalistas. Estes são acusados de serem os responsáveis por sujar a matriz do país, por simplesmente apontarem o reconhecido esgotamento do potencial para a construção de grandes hidrelétricas na Amazônia. Há usinas eólicas prontas mas que não estão conectadas ao sistema interligado, em função de atrasos na conclusão das linhas de distribuição. Somente um planejamento sério e competente do setor elétrico será capaz de garantir a segurança energética que tanto a economia quanto a população têm sentido falta", artigo de Barbara Rubim e Sérgio Leitão - O Globo, 9/6, Opinião, p.16. |
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Geral
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A Piscicultura Carbone, produtora de tilápia no reservatório da hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), está de mudança. A empresa deslocou 150 tanques-rede cheios de peixe lago adentro por 2 km. A medida foi tomada depois que o reservatório atingiu o nível mais baixo desde 1986, provocando uma queda de cerca de 30% na produção de peixes neste ano. Os prejuízos aos pescadores são mais uma dentre muitas dores de cabeça ocasionadas pela atual seca, que também encarece a produção de energia e ameaça o abastecimento de água em diversas cidades, especialmente na região Sudeste. Dos 22 maiores reservatórios de hidrelétricas, 19 tiveram queda no volume de água em maio e dez deles operam abaixo de 30% da capacidade - OESP, 8/6, Economia, p.B10. |
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A conclusão, no início deste mês, do duto que vai levar o minério de ferro da Anglo American de Conceição do Mato Dentro (MG) até o Porto do Açu, no litoral do Rio de Janeiro, não encerra a novela que envolve o megaempreendimento da mineradora no Brasil. A companhia ainda precisa das licenças de operação da mina, da usina de beneficiamento, da linha de transmissão de energia, do mineroduto e do porto. O processo envolve autoridades estaduais e o Ibama. A empresa espera resolver essas pendências até agosto, para iniciar a operação até dezembro. Mas técnicos do município mineiro dizem que a multinacional não terá tempo hábil para atender todas as condições impostas para obtenção da licença - OESP, 9/6, Economia, p.B4. |
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"A resolução com diretrizes para a implantação de uma Política de Responsabilidade Socioambiental pelas instituições financeiras, divulgada em 25 de abril, trouxe surpresas. O CMN optou por uma política de responsabilidade socioambiental genérica e formal, isenta de diretrizes de mérito sobre aspectos indispensáveis à própria natureza da matéria, além de não conter critérios objetivos e verificáveis para a mensuração de riscos socioambientais das operações financeiras. O grande prejuízo é que o desenho e a efetividade das salvaguardas tornam-se opacos a avaliadores externos, como clientes, comunidades afetadas pelos projetos e investidores preocupados com padrões mais elevados de responsabilidade socioambiental", artigo de Caio Borges e Biviany Garzón - Valor Econômico, 9/6, Opinião, p.A10. |
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"A Amazônia enfrenta nos últimos anos um retrocesso. O governo decidiu reduzir o território de áreas protegidas. Não admira que no ano passado tenha havido um aumento do ritmo do desmatamento, após anos de queda. A "Science publicou elogios ao Brasil pela queda do desmatamento em 2013. O problema é que comparou com a média dos anos de 1996 a 2005, quando houve o auge do desmatamento. Já foi aprovada a lei que anistia quem desmatou ilegalmente, já se fortaleceu o princípio da impunidade nos crimes ambientais. Retrocedemos onde estamos obrigados a avançar sempre. Um dia apenas não basta para os alertas sobre os riscos que corremos. Para o meio ambiente, todo dia é dia, toda hora é hora", artigo de Míriam Leitão - O Globo, 7/6, Economia, p.32. |
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