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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Clima, Direitos Humanos, Energia, Transgênicos, Zona Costeira
Ano 13
14/02/2014

 

Direto do ISA

 
  Nota técnica do Instituto Socioambiental alerta que a usina hidrelétrica de Belo Monte poderá começar a operar mesmo descumprindo a maioria das obrigações socioambientais com os índios - Direto do ISA, 13/2.
  Discurso de ódio a minorias e incentivo ao uso de armas por agricultores teve reação entre organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Indígenas estudam entrar com representação no MPF - Direto do ISA, 13/2.
   
 

Energia

 
  O governo mudou o tom e admitiu pela primeira vez o risco de desabastecimento de energia elétrica, ainda que "baixíssimo". O Ministério de Minas e Energia reiterou que o sistema é seguro, mas reconheceu que pode haver dificuldades caso as previsões de chuvas para as regiões Sudeste, Sul e Nordeste nos próximos meses não se confirmem. "A não ser que ocorra uma série de vazões pior do que as já registradas, evento de baixíssima probabilidade, não são visualizadas dificuldades no suprimento de energia no país em 2014", diz o comunicado - OESP, 14/2, Economia, p.B3; FSP, 14/2, Mercado, p.B6; O Globo, 14/2, Economia, p.25.
  A situação nas usinas que operam no Lago de Furnas não é das melhores. A mais crítica é a Usina de Marimbondo, que está funcionando com apenas 12,33% de sua capacidade, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Ela é a que está em pior situação no Lago de Furnas, mas as outras também estão com baixo nível de água. No Rio Grande são quatro usinas e apenas uma (Mascarenhas de Morais, com 76,58%) opera com mais da metade do nível. As quatro usinas respondem por 25,8% da energia elétrica fornecida às Regiões Sudeste e Centro-Oeste - OESP, 14/2, Economia, p.B3.
  A hidrelétrica de Belo Monte, que se aproxima da marca de 50% de execução física, faz neste mês um "mutirão de supercontratos" para entrar na segunda metade de suas obras. Os dois maiores negócios, no valor total de R$ 1,26 bilhão, envolvem a montagem eletromecânica dos equipamentos, nas duas casas de força da usina. Ontem, a Norte Energia fechou contrato de R$ 1,038 bilhão com um consórcio formado pela brasileira Engevix (60%) e pela Toyo-Setal (40%), companhia ligada à japonesa Mitsui. No sítio Pimental, local onde está sendo construída a casa de força complementar, foi celebrado contrato de R$ 222 milhões com a austríaca Andritz. Segundo a Norte Energia, os valores ficaram "um pouco acima" do orçamento inicialmente planejado - Valor Econômico, 14/2, Empresas, p.B2.
   
 

Zona Costeira

 
  As águas que banham a costa do Sudeste e do Sul do Brasil estão até 3oC mais quentes do que o normal para o mês de fevereiro. Um período prolongado sem cobertura de nuvens fez a superfície do oceano se superaquecer, e cientistas avaliam se as perturbações ecológicas do calor podem afetar o ecossistema marinho. Eles investigam se o fenômeno está relacionado ao aquecimento global e se pode causar desequilíbrio ecológico. A consequência visível mais notável da onda de calor para as águas costeiras foi a floração de algas e outros organismos marinhos fotossintéticos, que deixou uma gigante mancha escura no oceano. Essa formação se estendeu do mar do Rio de Janeiro até Santa Catarina - FSP, 14/2, Ciência, p.C10.
  A onda de calor que atormenta o Estado Rio neste verão afetou também a biodiversidade marinha. Na Baía da Ilha Grande, entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty, pesquisadores registraram nos últimos dias grandes extensões de recifes sofrendo um processo de branqueamento, que ocorre diante das elevadas temperaturas e pode levar à morte das colônias. O branqueamento foi registrado nas 29 ilhas da Estação Ecológica (Esec) de Tamoios, uma área de preservação na Baía da Ilha Grande. "Nunca tinha visto algo desta magnitude. A temperatura do mar, no caso em Paraty-Mirim, atingiu os 34 graus Celsius, o recorde desde que começamos as medições há dez anos", disse Adriana Gomes, chefe interina da Esec de Tamoios - O Globo, 14/2, Ciência, p.34.
   
 

Água

 
  Diante do risco cada vez maior de racionamento, Campinas represou toda a água do rio que abastece a cidade e secou todo o curso restante, pondo em risco o abastecimento de cidades vizinhas. A medida da Sanasa (empresa local de saneamento), ao lançar pedras e terra no rio Atibaia há duas semanas, teve como objetivo diminuir a velocidade da água e facilitar a captação diante da seca. Mas sem as chuvas e com o leito cada vez mais seco, a obra, chamada de enrocamento, se transformou no bloqueio completo. Cidades como Americana e Paulínia também dependem do Atibaia - FSP, 14/2, Cotidiano, p.C8.
  As fábricas da região metropolitana de São Paulo descartam por hora 9,7 milhões de litros de efluentes não tratados em rios e lagos -o equivalente a 30% da água consumida pelas indústrias. "Os resíduos industriais têm, em média, um potencial poluidor sete vezes maior do que os domésticos", afirma Gesner Oliveira, coordenador da pesquisa realizada pela FGV. O descarte ilegal também faz com que águas mais próximas da capital não possam ser utilizadas e obriga as concessionárias de saneamento a captarem a cerca de 80 quilômetros da cidade. Uma das soluções propostas pelo estudo é a concessão de um selo para as companhias que eliminarem seus resíduos corretamente - FSP, 14/2, Mercado Aberto, p.B2.
   
 

Geral

 
  O uso da biotecnologia na produção de commodities continuou a crescer em 2013, com um aumento de 3% na área plantada com transgênicos (principalmente soja, milho e algodão) em relação a 2012, segundo o último relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), divulgado ontem. No Brasil, que é o segundo maior produtor global de transgênicos, crescimento dessa área foi de 10% - OESP, 14/2, Economia, p.B9.
  O governo deve fixar uma alíquota de Imposto de Importação reduzida para a entrada de carros híbridos no Brasil. A proposta em estudo nos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) prevê a fixação de uma cota de importação com alíquota "quase zero" nos primeiros anos de implementação da política de estímulo à produção desse tipo de veículo no País. As empresas que se beneficiarem do estímulo tributário terão de participar das fases seguintes do programa, que são a inclusão de componentes nacionais e, por fim, a montagem dos automóveis no Brasil - OESP, 14/2, Economia, p.B12.
  "O noticiário recente sobre a mais longa estiagem no Brasil em seis décadas - e suas graves consequências em vários setores de atividade no País - traz consigo a sensação de despreparo do poder público e da sociedade para a questão das mudanças do clima. Temos de conceber e adotar com muita urgência um plano nacional para o clima. Que inclua regras rigorosas para a ocupação do solo, impeça o desmatamento, promova a recuperação de áreas, proteja os recursos hídricos. E que nos imponha repensar nossa matriz energética. Este é o caminho do futuro: o desenvolvimento local, com microgeração de energia. Sem concentrar a propriedade, sem concentrar a renda. E se tivermos competência e sorte, reduzindo a emissão de poluentes e contribuindo para atenuar as mudanças do clima", artigo de Washington Novaes - OESP, 14/2, Espaço Aberto, p.A2.
   
 
Imagens Socioambientais

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