A vovó Julieta e a educação ambiental no Brasil
Por Luciana Ribeiro
A democratização da Educação Ambiental no Brasil é um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos governantes que coordenam as políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente (Vilmar Berna aborda as dificuldades para se reconhecer a mídia ambiental como instrumento indispensável para polemizar questões ambientais/ Leia: http://jornalismoambiental.org.br/1161/democratizacao-da-informacao-ambiental-e-fundamental.html); portanto ressalto a ineficiência dos serviços prestados que deixam de atender ao cidadão, por meio de uma gestão integrada, a qual gerencia propostas, trabalhos e projetos educativos que viabilizem a economia de água, energia,o reaproveitamento de resíduos sólidos (plástico, papel, vidro, etc.) para trazer qualidade de vida para nossas cidades.
Como educadora e proponente de um novo repensar político e pedagógico, convidei minha avó Julieta, uma mulher guerreira, mineira, cidadã de 87 anos, contribuinte, que teve a honra de aprender a ler e a escrever em apenas 47 dias de aulas numa fazenda localizada em Santa Maria/MG. Toda essa trajetória de vida foi motivo de curiosidade para dialogarmos sobre os problemas socioambientais que assolam o planeta Terra. Esse diálogo familiar foi bastante produtivo e ajudou-me a perceber a relevância da educação ambiental que deve ser ensinada para as pessoas que não tiveram e continuam sem acesso ao ensino formal como deveria; saliento também que essa perspectiva educacional foi e é assegurada pela Constituição Federal e pela Legislação Ambiental no Brasil.
Iniciamos o bate-papo sobre as questões ambientais que afetam o homem, e a vovó, ao ser questionada, de fato, reconheceu a pobreza e a violência social como sendo um dos maiores vilões do planeta Terra, e claro, o homem é e faz parte do meio ambiente, por isso, tornando-se um dos reféns desses acontecimentos; E, nesse sentido, ela destacou também as enchentes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, como sendo um dos desastres ecológicos que mais ferem os direitos humanos e os direitos da Terra.
Conversamos sobre o consumo desenfreado, desencadeado pelos dias atuais, e a vovó verificou a gravidade do acúmulo de resíduos sólidos descartados de qualquer forma nas cidades brasileiras,constatando o conforto material referente às máquinas de lavar roupa, carros bonitos, etc. que utilizamos para o nosso dia-a-dia, como sendo uma agravante que propicia a despreocupação, a falta de zelo e a ignorância frente aos problemas (desmatamentos, poluição do ar, da água, etc.) que ocorrem no meio ambiente por falta de justiça ambiental.
Apesar das dificuldades e barreiras que comprometem a comunicação ambiental para os cidadãos brasileiros, como, por exemplo, ter acesso às visitas dos agentes ambientais para receber os folhetos, os jornais, e informativos apropriados para tratar de temas como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a economia de água, a economia de energia, etc. a vovó Julieta sente-se motivada e feliz em doar, há mais de 40 anos,seus restos de papéis, suas garrafas de plásticos, suas caixas de papelão para os catadores que sobrevivem dessa atividade como meio de vida social; inclusive, foi gratificante reconhecer esse trabalho de formiguinha que pode e deve ser feito por todo cidadão brasileiro.
A diálogo com a vovó Julieta teve o propósito de gerar conhecimentos pedagógicos para área de educação ambiental,a qual deve ser discutida e implementada junto às universidades e faculdades brasileiras; entretanto considero sua vasta experiência um caso político a ser estudado e ouvido pelo órgão gestor da educação ambiental ( Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Educação) e por todas as instituições que prestam serviços sociais e ambientais para cidadão brasileiro.
Meditando nessa missão de contrariar o capitalismo perverso, confio no potencial dos órgãos públicos e de suas pesquisas que atestam o valor da educação ambiental para o campo acadêmico e para o cidadão brasileiro, por isso desejo que os profissionais diversos e os governantes reúnam recursos financeiros e os compromissos de trabalhos para dar continuidade ao fortalecimento das políticas que carecem ser apercebidas, criticadas, compartilhadas e construídas por todos nós.
Fonte: Jornal Meio Ambiente.
A democratização da Educação Ambiental no Brasil é um dos grandes desafios a serem enfrentados pelos governantes que coordenam as políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente (Vilmar Berna aborda as dificuldades para se reconhecer a mídia ambiental como instrumento indispensável para polemizar questões ambientais/ Leia: http://jornalismoambiental.org.br/1161/democratizacao-da-informacao-ambiental-e-fundamental.html); portanto ressalto a ineficiência dos serviços prestados que deixam de atender ao cidadão, por meio de uma gestão integrada, a qual gerencia propostas, trabalhos e projetos educativos que viabilizem a economia de água, energia,o reaproveitamento de resíduos sólidos (plástico, papel, vidro, etc.) para trazer qualidade de vida para nossas cidades.
Como educadora e proponente de um novo repensar político e pedagógico, convidei minha avó Julieta, uma mulher guerreira, mineira, cidadã de 87 anos, contribuinte, que teve a honra de aprender a ler e a escrever em apenas 47 dias de aulas numa fazenda localizada em Santa Maria/MG. Toda essa trajetória de vida foi motivo de curiosidade para dialogarmos sobre os problemas socioambientais que assolam o planeta Terra. Esse diálogo familiar foi bastante produtivo e ajudou-me a perceber a relevância da educação ambiental que deve ser ensinada para as pessoas que não tiveram e continuam sem acesso ao ensino formal como deveria; saliento também que essa perspectiva educacional foi e é assegurada pela Constituição Federal e pela Legislação Ambiental no Brasil.
Iniciamos o bate-papo sobre as questões ambientais que afetam o homem, e a vovó, ao ser questionada, de fato, reconheceu a pobreza e a violência social como sendo um dos maiores vilões do planeta Terra, e claro, o homem é e faz parte do meio ambiente, por isso, tornando-se um dos reféns desses acontecimentos; E, nesse sentido, ela destacou também as enchentes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, como sendo um dos desastres ecológicos que mais ferem os direitos humanos e os direitos da Terra.
Conversamos sobre o consumo desenfreado, desencadeado pelos dias atuais, e a vovó verificou a gravidade do acúmulo de resíduos sólidos descartados de qualquer forma nas cidades brasileiras,constatando o conforto material referente às máquinas de lavar roupa, carros bonitos, etc. que utilizamos para o nosso dia-a-dia, como sendo uma agravante que propicia a despreocupação, a falta de zelo e a ignorância frente aos problemas (desmatamentos, poluição do ar, da água, etc.) que ocorrem no meio ambiente por falta de justiça ambiental.
Apesar das dificuldades e barreiras que comprometem a comunicação ambiental para os cidadãos brasileiros, como, por exemplo, ter acesso às visitas dos agentes ambientais para receber os folhetos, os jornais, e informativos apropriados para tratar de temas como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a economia de água, a economia de energia, etc. a vovó Julieta sente-se motivada e feliz em doar, há mais de 40 anos,seus restos de papéis, suas garrafas de plásticos, suas caixas de papelão para os catadores que sobrevivem dessa atividade como meio de vida social; inclusive, foi gratificante reconhecer esse trabalho de formiguinha que pode e deve ser feito por todo cidadão brasileiro.
A diálogo com a vovó Julieta teve o propósito de gerar conhecimentos pedagógicos para área de educação ambiental,a qual deve ser discutida e implementada junto às universidades e faculdades brasileiras; entretanto considero sua vasta experiência um caso político a ser estudado e ouvido pelo órgão gestor da educação ambiental ( Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Educação) e por todas as instituições que prestam serviços sociais e ambientais para cidadão brasileiro.
Meditando nessa missão de contrariar o capitalismo perverso, confio no potencial dos órgãos públicos e de suas pesquisas que atestam o valor da educação ambiental para o campo acadêmico e para o cidadão brasileiro, por isso desejo que os profissionais diversos e os governantes reúnam recursos financeiros e os compromissos de trabalhos para dar continuidade ao fortalecimento das políticas que carecem ser apercebidas, criticadas, compartilhadas e construídas por todos nós.
Fonte: Jornal Meio Ambiente.
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